sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011



PARA AMPLIAR OS DESENHOS CLICAR EM CIMA DELES.

sábado, 25 de dezembro de 2010

SÃO SILVESTRE PIRATA INTERNACIONAL DE MONSANTO UM ÊXITO A REPETIR.

Tendo em conta as inúmeras Corridas de São Silvestre existentes lancei no Fórum do Mundo da Corrida a ideia que seria interessante organizar-se uma São Silvestre num percurso fora da estrada, pois há muitos atletas que não se revêem nas tradicionais corridas em alcatrão e gostariam de fazer algo diferente.
Na minha ideia pensava nos inúmeros corredores de provas de montanha em trilhos, que se sentem bem mais motivados quando correm em plena comunhão com a natureza.
Era uma ideia a ser agarrada por algum organizador de provas e a ter lugar num futuro próximo, quem sabe no próximo ano, pensava eu. Mas vieram as surpresas e que surpresas!
No dia 16 do presente mês (pouco tempo depois de eu ter exposto a minha ideia), Luís Miguel (um amante incondicional das corridas fora da estrada) agarra a ideia e lança a proposta de uma São Silvestre “Pirata” no Parque Florestal de Monsanto, a realizar na noite de 23 de Dezembro
Nesse mesmo dia, Alexandre Duarte (Alex) adere à ideia e o Luís Parro e Peregrino começam a estudar o percurso e o Luís Miguel lança o primeiro logótipo da prova. Continuamos no dia 16 e já há 7 “inscritos” para a São Silvestre Pirata.
Dia 17, Orlando Duarte sugere a alteração da partida para o Parque de Campismo de Monsanto, visto ter obtido autorizarão da direcção do referido Parque.
Assim passa a haver um local seguro para deixar as viaturas, balneários com duche e um pequeno salão com mesas para o convívio e ceia no final.
Ceia final, porque logo no lançamento da iniciativa Luís Miguel propôs que se fizesse a mesma, com base no que cada participante pudesse trazer e que seria repartido por todos. A essa ideia juntou-se a, generosa, oferta do Orlando Duarte, e família, de trazerem caldo verde para todos.
Dia 18, aquele tímido encontro / treino de amigos já tem 18 “inscritos”!
Depois, foi uma avalanche na adesão de atletas, nas colaborações espontâneas entre vários amigos para “organizarem” o evento.
Até houve dorsais (num evento sem qualquer classificação!) feitos pelo Luís Parro.
Na noite gélida (houve quem falasse que estavam 3 graus) do dia 23 de Dezembro, 80 corredores fizeram história ao participar naquele que deve ter sido o maior treino / convívio entre amigos em Portugal ao alinharem na 1ª Edição da São Silvestre “Pirata” Internacional de Monsanto.
No final até houve direito não a um mas sim a dois diplomas de participação! Um criado pelo Orlando Duarte, e outro criado pelo Alex, para além de uma ceia com caldo verde e inúmeras iguarias partilhadas entre todos.
Foi uma autêntica Festa de Natal de gente que ama correr.
Infelizmente, embora tenha estado na génese que deu origem a este evento, não pude estar presente mas fica para o ano.
Penso que está iniciativa abre novas perspectivas para a corrida em Portugal e mais iniciativas do género podem surgir.
Eventos, desta natureza, são um bom complemento às provas “oficiais” e demonstram como, de forma absolutamente espontânea, descontraída e a custo quase zero, se pode criar algo que seja do agrado de todos.
Conseguir reunir, em tempo recorde, 80 atletas dispostos a correr numa noite gélida em Monsanto, é um feito digno de registo, tanto mais que toda a divulgação foi feita por meio informáticos e pelo passar da palavra entre amigos.
É claro que há coisas a melhorar nesta iniciativa, mas tendo, em conta a maneira como ela foi criada, não se podia pedir mais. Ela superou todas as expectativas.
Uma sugestão que deixo é que para o ano sejam criados 3 grupos de atletas para diferentes andamentos, cada qual guiado por um conhecedor profundo do percurso.
Pela satisfação com que demonstraram com a realização da São Silvestre Pirata Internacional de Monsanto penso que é iniciativa para continuar, mas sempre com o espírito descontraído que está edição teve.
Penso que o seu sucesso abre as portas a que mais “piratarias” venham a surgir!
Uma última palavra para a madrinha da corrida Célia Azenha, a súper madrinha Analice Silva e o súper padrinho Fernando Andrade, nomes grandes da corrida em Portugal, a que a simpatia dos “organizadores” da iniciativa quiseram juntar o nome do padrinho Jorge Branco!
As fotos aqui apresentadas são da autoria de Ana Soraia, filha do Orlando Duarte, a quem agradeço.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS EM TEMPOS DIFÍCEIS.

É de bom-tom nesta época desejar boas festas e um bom ano a todos os amigos.
Estamos em plena quadra Natalícia muito já pensam e preparam a Festa do Natal, enquanto a publicidade, particularmente a televisiva, nos bombardeia com as mais variadas propostas consumistas para todos o géneros e gostos.
Se por um lado seria uma atitude de grande indelicadeza não desejarmos boas festas e um bom ano a todos os amigos que nos honram com a sua companhia, por outro, e face à situação em o País se encontra mergulhado, não conseguimos formular esses votos sem tecermos algumas palavras mais.
Portugal atravessa uma grande “crise” que toca a quase todos.
Uma crise provocada por aqueles que nunca têm “crise”
Esta tão falada, e sentida crise, não é algo que tenha nascido por geração espontânea, mas sim devido a longos anos de políticas erradas, tanto a nível nacional como internacional.
Uma sociedade virada para o lucro fácil, para as actividades económicas especuladoras, uma sociedade em que a riqueza está concentrada na mão de muito poucos, uma sociedade em que se destrói o aparelho produtivo nacional e se ficou dependente de terceiros, em que se vendeu ao desbarato empresas publicas, vitais para a economia nacional e em que cada vez mais se desinveste no estado social.
Enfim toda uma série de conjunturas que nos levaram ao estado em que nos encontramos, mas que têm origem na maneira com que somos governados e nas alternâncias de quem está no poder, que nada muda em termos efectivos com vista a termos um Portugal mais justo, próspero, igualitário e fraterno.
Por tudo isto os nossos votos de boas festas e feliz ano novo não podem ser meras e banais palavras de circunstância mas um incentivo a que não se deixem abater sejam quais foram as contrariedades que se lhes deparem pela frente e lutem para mudar este estado de coisas.
Nós o corredores, sabemo-nos superar e nunca vacilamos perante as contrariedades. Temos que saber aplicar toda essa força e determinação para transportarmos a força da corrida para luta diária por um mundo melhor.
UM BOM ANO A TODOS OS AMIGOS. UM ANO EM QUE POR MAIORES VICISSITUDES QUE SE ATRAVESSEM NO NOSSO CAMINHO, SAIBAMOS LUTAR CONTRA ELAS DE CABEÇA ERGUIDA E DETERMINADOS.
Neste quase virar de ano deixamos um “presente” a todos os amigos que seguem este espaço. Aqui fica uma foto que é o espelho de toda a magia da corrida. Uma foto que é também um hino aos novos e luminosos dias que virão certamente, quanto todos nós juntarmos as nossas forças para corrermos no sentido certo, no sentido da justiça, da paz, da igualdade e da fraternidade, no sentido de um mundo novo e melhor.
A foto em questão foi obtida no Trail Nocturno da Lagoa de Óbidos e a sua autora é Rita Brandão filha do corredor Marinho Brandão.
Jorge Branco

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CAMPEONATO DA EUROPA DE CORTA-MATO 2010, AÇOTEIAS

Aqui foi a emoção à distância, através da transmissão da TV, com grandes resultados dos nossos atletas, com especial destaque para a competição feminina, com as brilhantes vitórias de Jéssica Augusto e da Selecção Nacional.
EVB

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

UM POUCO DE HISTÓRIA SOBRE A ORGANIZAÇÃO DE PROVAS EM PORTUGAL.


Começámos a participar em provas nos inícios da década de 80, por isso somos testemunhas da tremenda evolução que as mesmas sofreram deste essa altura, no que diz respeito à parte técnica da sua organização.
Para além de praticantes de corrida também prestámos colaboração, embora modesta, em várias provas, o que nos dá uma visão mais profunda dos bastidores das mesmas e como tudo foi mudando.
Nos inícios da década de 80 não havia chips, nem recurso a meios informáticos e tudo era feito manualmente.
Basicamente o atleta passava a meta, entrava no “funil”, entregava o dorsal e o mesmo era espetado num espeto (passe a redundância).
O espeto (ainda hoje muito usado em provas de dimensões menores) e o dorsal, eram a base de tudo para a elaboração das classificações.
O espeto era um arame grosso, pontiagudo numa extremidade e atarraxado numa base metálica, na outra ponta (ver foto que documente este texto).
Os dorsais eram aí espetados e depois a classificação era elaborada mediante a retirada desses dorsais, sendo conferido a que atleta, escalão e equipa pertenciam os mesmos.
Nos dorsais mais elaborados já havia na parte de trás os dados indicativos do atleta (nome, clube e escalão) tornando mais fácil e rápida a elaboração da classificação.
Mas nos primeiros tempos eram dorsais feitos a cartolina, manualmente, em noites de trabalho voluntário, e apenas continham o número do atleta, o que obrigava a consultar uma listagem, para ver a que atleta correspondia o número do dorsal.
Claro que essas listagens, e mesmo as classificações, eram feitas com recurso às “velhinhas” máquinas de escrever, pois outro equipamento não existia.
Mas sendo os dorsais feitos em cartolina, ou (e isto já era um avanço) impressos em papel absolutamente normal, era frequente o atleta chegar a meta sem dorsal, devido ao suor ou à chuva. Muitas vezes os dorsais, pura e simplesmente, desfaziam-se!
Como classificar um atleta sem dorsal?! Nesses tempos de pioneirismo havia sempre folhas de papel e caneta nas mesas dos “funis”. Atleta sem dorsal, perguntava-se-lhe o número, caso ele se lembrasse, era só escrever o mesmo numa folha de papel e metê-lo no espeto em substituição do dorsal.
Em caso do atleta não saber o número, perguntava-se o nome, clube e escalão e metia-se uma folha com esses dados no espeto.
Face à fragilidade dos dorsais, havia quem levasse fita-cola e tesoura para as provas e reforçavam-se os quatro cantos do dorsal (onde levam os alfinetes) de modo a tentar acabar a prova com o dorsal intacto!
Mas e a cronometragem? Com se fazia? Não se atribuíam tempos aos atletas?
A cronometragem era feita mediante a colocação de dois elementos da organização na linha de meta um com o cronómetro e outro com as folhas de papel, onde ia escrevendo os tempos à medida que os atletas cortavam a meta!
O colaborador da organização com o cronómetro, ia dizendo os tempos dos atletas à medida que cruzavam a meta e o outro elemento registava os tempos na folha de papel.
Depois, no secretariado da prova, era “só” casar os tempos dos atletas com os dorsais tirados do espeto, tudo pela ordem de chegada.
Não era tarefa nada fácil e exigia grande prática, este sector da cronometragem.
Depois começaram a surgir cronómetros com um rolo de papel, em que bastava carregar num botão cada vez que um atleta cruzava a meta para registar esse tempo. Um grande avanço, que facilitava muito as classificações.
As provas começaram a crescer e os funis a ficarem curtos e a não dar vazão aos atletas chegados.
Como fazer para escoar os atletas e não se formarem filas atrás da linha da meta, de modo a todos passarem a meta a correr?
Foi para resolver estas situações que surgiram as provas com funis duplos, triplos ou mais e os “grandes maestros” que comandavam este delicado sector.
Como funcionava tudo isto?
Em teoria era simples! Por exemplo numa prova com três funis, distribuíam-se os espetos pelas mesas, devidamente numerados e por ordem.
No caso de três funis, é evidente que o terceiro espeto estaria no terceiro funil e o quarto espeto no primeiro funil, pois os funis eram abertos sucessivamente e por ordem.
A abertura e fecho dos funis eram feitos mediante um sistema com uma corda e era aqui que actuava o tal “maestro” que orquestrava com mestria esta zona.
Para “complicar” as coisas muitas vezes eram dados diplomas numerados e esses tinham que ser distribuídos por ordem pelas mesas e isso obrigava a um rigor extremo no controle dos atletas que entravam em cada funil!
Voltando ao exemplo de uma prova com 3 funis, podia-se escalonar os diplomas em series de 100 e já se sabia que no terceiro funil estariam os diplomas correspondentes aos atletas que chegavam na casa das três centenas e os atletas da casa das quatro centenas entrariam no primeiro funil (depois de se dar a “volta” aos três funis).
Confusos? Agora imaginem o que era uma prova com grande número de atletas chegados, controlar isto tudo, contar os atletas de modo a que só entrasse num determinado funil o numero estipulado, fechar rapidamente um funil e abrir outro. Enfim um trabalho bem complicado a pedir gente com muita prática!
Houve também outros métodos de classificação que não implicavam o dorsal mas sim o recurso a um cartão que continha todos os dados dos atletas.
De uma forma básica e o mais sucintamente que conseguimos explicar, foi esta a forma que se usava para elaborar classificações no princípio da corrida a pé em Portugal nas chamadas provas abertas a todos.
Na actualidade ainda se usa o espeto em provas de pequena dimensão, mas tudo o resto, no que diz respeito as classificações, é apoiado por meios informáticos, tornando a as classificações bem mais fáceis e rápidas de elaborar.
Uma das primeiras grandes evoluções na organização das provas em Portugal (antes da chegada dos chips) foi implantada na Meia Maratona de Lisboa, mediante o recurso a um código de barras impresso no dorsal e a leitura do mesmo através de uma “pistola scanner”, o que fazia com que a classificação do atleta chegado fosse imediatamente tratada informaticamente.
Depois chagaram os chips às grandes provas e tudo ficou mais simplificado, mas mesmo assim não deixou de haver batoteiros, como aqueles que levam dois chips nos sapatos!
Mas este texto vai longo (talvez longo demais) e esse sector do controle dos atletas durante o percurso das provas fica para uma próxima oportunidade. Mas podemos perguntar, se alguém ainda se lembra de uma prova em o controlo dos atletas se fez com recurso a agrafadores?!
Esperamos ter-mos contribuído para dar uma noção aos corredores mais recentes, de como tudo era feito nos primórdios. Esperamos, igualmente não termos sido atraiçoados pela memória e sido, dentro do possível, rigorosos nas explicações que demos.
Aproveitamos para lançar um desafio aos amigos organizadores que andam “nesta vida” há muitos anos: venham aqui contar as vossas histórias e “aventuras” na organização das provas. Este espaço, como sempre, é vosso!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

MARATONA A SALTAR PASSEIOS!

Na maratona deve-se correr pela chamada linha ideal de corrida (como, aliás, em qualquer prova de estrada) pois é assim que a prova foi medida e evita-se correr metros a mais.
Em Lisboa houve algumas originalidades nesta matéria com se pode ver nestas duas fotos tiradas no Cais de Sodré.
Ate o marcador do ritmo das três horas “foi enganado” e levou com ele um grupo de atletas a saltar o passeio de modo a irem para a faixa correcta.
Que falta fez, ali naquela zona, um elemento da organização e uma melhor sinalização do percurso!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ANALICE SILVA


Analice Silva, 66 anos (quase 67).
Maratonista e ultra maratonista.
Uma referência para todos os corredores portugueses e não só.
Uma lenda viva, e bem viva, do nosso desporto.
O Último Quilómetro presta-lhe uma singela homenagem com esta foto, obtida por um dos nossos colaboradores, em plena 25ª Maratona de Lisboa.

domingo, 5 de dezembro de 2010

25ª MARATONA DE LISBOA – ALGUMAS PRIMEIRAS NOTAS DE DOIS ESPECTADORES ATENTOS E INTERESSADOS.

Antes mais uma saudação muito especial a todos o que acabaram a prova pois, independentemente das suas prestações atléticas, todos são vencedores.
Uma palavra também para os que, por uma razão ou outra, não conseguiram terminar a prova: há que levantar a cabeça, ver o que correu mal, corrigir isso e seguir em frente para outra!
Deixamos também aqui um abraço especial para aqueles amigos mais chegados que concluíram hoje os míticos 42,195 km.
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Como espectadores atentos da prova, na zona do Cais do Sodré, não queremos deixar de anotar uma certa confusão naquela zona, quanto a sinalização do percurso e ausência de elementos da organização.
Quando os atletas iam no sentido de Belém não havia qualquer indicação da faixa de rodagem que deveriam tomar e deu-se o caricato de haver atletas a entrar numa faixa e outros a optar por outra.
O próprio marcador de ritmo das 3 horas entrou na faixa errada, saltando depois o passeio e levando consigo um grupo de atletas.
Também de notar que a falta de elementos da organização no local teve como consequência que inúmeros transeuntes atravessavam a estrada distraidamente, quase chocando com atletas em prova!
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Depois de algum tempo no Caís do Sodré, deslocámo-nos para a Praça do Comércio.
Um facto que estranhámos, foi a ausência do abastecimento dos 35 quilómetros e da própria indicação da distância.
Pelo mapa da prova ficámos com a ideia que ele se situava entre o Cais do Sodré e a Praça do Comercio. Algum nos pode esclarecer? Será que aconteceu o mesmo que no ano passado ou seja falta o abastecimento dos 35 quilómetros para os atletas menos rápidos?
Na Praça do Comércio deparámos com outra situação:
Inúmeros atletas atalhando pelo meio da praça em vez de contornarem a mesma!
Sabemos que naquela altura já eram atletas de fim de pelotão mas uma maratona, e qualquer prova, deve pugnar pela verdade desportiva.
Se é de condenar os atletas que tomam estas atitudes (embora na situação de cansaço em que muitos se encontravam até se pode compreender) mais condenável é atitude da organização que permite estas situações, não colocando ali uma fita.
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Foi isto que nos foi dado a observar em apenas dois pontos do percurso.
Pensamos que uma organização com 25 anos não se devia permitir a estas falhas, que espelham algum descuido.
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Nota: afinal os 35 quilómetros encontravam-se ligeiramente antes do Cais do Sodré e não entre esta praça e a Praça do Comércio conforme vem assinalado no mapa da prova.
A explicação para esta mudança pode ser lida num comentário a este texto, aqui deixado gentilmente pelo Fernando Andrade, ao qual agradecemos.
Sendo assim, não houve problemas com o abastecimento dos 35 quilómetros, tendo a organização corrigidos os erros do ano passado em relação a esta situação, o que é de louvar.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MARATONA DE LISBOA


O ÚLTIMO QUILÓMETRO saúda todos aqueles que vão participar na Maratona de Lisboa, desejando-lhes uma óptima prova.
Pedimos desculpa aos demais participantes mas queríamos deixar aqui uma saudação pessoal a dois amigos da blogosfera corredora que julgamos plenamente justificada:
Henriqueta Solipa: esta atleta veio dos ginásios para a estrada e aí descobriu o prazer de correr em liberdade!
Pode não ter a preparação mais adequada para enfrentar a maratona mas sobra-lhe vontade e determinação. Temos a certeza que esta sua primeira experiência será um êxito e lhe abrira as portas para novos sonhos e novas maratonas com outra consistência de treino e outros resultados.
Alexandre Duarte: maratonista experiente, que depois de passar pelas incertezas de uma lesão grave num joelho, que o levou a uma intervenção cirúrgica, prepara-se para correr de novo os míticos 42,195 quilómetros. Que seja a primeira de muitas maratonas desta sua “nova vida” como corredor!
BOA PROVA A TODOS!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

OI BRASIL!

Quando nos lançámos nesta aventura de criar um blogue nunca pensámos em atravessar o Atlântico e chegar ao Brasil!
Mas, aos poucos, tivemos o prazer de ser seguidos e comentados por blogues do grande país irmão.
Nós próprios começámos a seguir blogues do Brasil e, a pouco e pouco, a entendermos melhor a realidade da corrida no Brasil, que para nós era totalmente desconhecida, para além dos craques.
Na curta duração deste blogue podemos dizer que sentimos orgulho em já termos amigos virtuais do outro lado do mar, que comentam e seguem com muito interesse este blogue.
Pensamos que esta troca de experiências é muito interessante para todos e vamos aprendendo com as realidades e as diferenças de cada um.
Mas por mais que haja realidades diferentes une-nos uma grande paixão em comum, a corrida.
Este texto é para agradecer a vossa amizade, a vossa presença no nosso blogue, é para dizermos o quanto nos sentimos enriquecidos e honrados em os ter aqui.
De Portugal para o Brasil um enorme abraço com muitos quilómetros de felicidade, mais mesmo que o mar que nos separa e une.

domingo, 21 de novembro de 2010

TRAIL, MONTANHA E TRILHOS – POLÉMICAS!

FOTO TRILHOS DE MONSANTO - EVB/UK



Quando começaram a surgir as primeiras provas de montanha em Portugal (numa época em que era “pecado” inserir qualquer subida no traçado de uma prova!), elas eram pura e simplesmente isso, de Montanha e pronto!
Passados que são 28 anos sobre a primeira edição da velhinha (mas sempre jovem!) Manteigas - Penhas Douradas, temos um vasto, diversificado e rico calendário de provas de montanha a nível nacional.
Valeu o esforço, heróico, daqueles pioneiros (na altura, muitas vezes chamados de malucos!) sendo de realçar que alguns desses homens, que deram os primeiros passos para a implementação das provas de montanha em Portugal, ainda hoje se encontram no activo (e de que maneira!).
Com a descoberta pelas novas gerações de corredores, do prazer da Corrida em Montanha em Portugal, e com o surgimento de novas e pujantes organizações e organizadores, como é óbvio, começou a importar-se a designação de TRAIL, para nos referirmos às provas de montanha e muitos organizadores usam mesmo essa palavra inglesa na designação das suas provas.
Na nossa modesta opinião a língua Portuguesa é demasiadamente rica para termos que importar palavras estrangeiras, quando não há necessidade.
Dirão alguns que é uma designação internacional, retorquiremos nós que sujeitarmo-nos a esse tipo de globalizações linguísticas (ou outras, mas isso é outra assunto!), é estar a diminuir a nossa cultura e identidade, como povo independente e soberano.
Dirão outros, que provas de montanha são algo muito generalista e que o “trail” é um tipo de percurso com características próprias.
De acordo que uma prova de Montanha pode ser em estrada ou em trilhos e o “trail”, que julgamos poder ser traduzido por trilhos, aliás como fizeram alguns organizadores de provas em Portugal (e até há uma expressão muito Portuguesa para determinados trilhos: caminhos de cabras!).
Não vamos querer que as provas comecem todas a chamar-se trilhos disto ou daquilo. Seria quase tão funesto com a proliferação do nome de “trail” nas provas. Mas apenas pedimos que usem a imaginação e respeitem a língua de Camões, deixemo-nos de importações linguísticas, só por estarem na moda!
E já agora, não haverá na língua Portuguesa nada para traduzir o “Free Running”? Vamos continuar por aí, a usar termos estrangeiros, para nos dar um “certo ar”?
Eu, como sou português, tenho orgulho em falar e escrever na língua de Fernando Pessoa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

2ª EDIÇÃO DOS TRILHOS DE CASAINHOS – UMA PROVA COM ALMA!

Vivemos tempos conturbados, em que se incentiva o individualismo e egoísmo, tentando que cada um apenas olhe para si próprio, sem qualquer participação no colectivo ou seja na sociedade em que nos inserimos.
Foi neste cenário que o
Sporting Clube de Casainhos; uma colectividade eminentemente popular de uma simpática localidade da Freguesia de Fanhões / Loures se propôs lançar os Trilhos de Casainhos.
Só podemos apoiar uma iniciativa destas, lançada por gente que corre contra ventos e mares para montar a “sua” prova com dedicação e carinho.
Foi com muito agrado que estivemos na 2ª edição dos Trilhos de Casainhos.
Antes de mais queremos salientar o facto de não se ter tratado apenas de uma prova mas de corridas para todos os escalões e que, começando nos Benjamins e acabando nos Trilhos de Casainhos propriamente ditos, tivemos seis partidas distintas, não faltando, até, a clássica caminhada.
Se no ano anterior a prova principal teve uma escassa participação de vinte sete atletas, julgamos que este ano esse número deve teve ter triplicado.
Falando em termos de organização, é mais que justo referir antes de mais a extrema simpatia de todos os envolvidos, sempre prontos a resolver tudo com solicitamente e da melhor forma.
Não é fácil organizar uma prova, ao contrário do que muitos “críticos” que andam por aí pensam, mas nunca estiveram por dentro de um evento desta natureza.
Tendo em conta tratar-se apenas da segunda edição e ser gente, ao que julgamos, não muito dentro destas “andanças” podemos considerar a prova bem organizada.
Algumas coisas ainda podem ser ajustadas e afinadas mas isso vem com tempo e a experiência.
Deixamos aqui algumas, pequenas, sugestões, nesse sentido.
Secretariado / entrega de dorsais:
Ainda está um pouco confusa a entrega de dorsais. Pensamos que no futuro poderá haver mais fluidez nesse sector. É claro que a extrema simpatia dos envolvidos tudo resolveu de forma exemplar e um número não muito elevado de atletas facilitou. Mas talvez seja um sector a estudar melhor numa próxima edição até pedindo alguns conselhos a quem já tenha muito “calo” na matéria.
Marcações do percurso:
Consideramos o percurso muito bem marcado, com o recurso a fitas, pequenas placas, escuteiros em vários pontos e até indicação dos quilómetros e apenas podemos referir dois aspectos que podem vir a ser melhorados:
Tivemos dificuldades numa bifurcação, pois não havia nenhuma indicação. Convêm rever bem as marcações para evitar estas situações.
Outro ponto que notámos, foi ausência de fitas em longos troços do percurso.
Podemos estar a correr num percurso sem cruzamentos e não haver perigos de enganos mas há sempre a parte psicológica e não vermos qualquer sinalização durante algum tempo deixa-nos preocupados e ansiosos.
Sabemos o quanto é complicado marcar e desmarcar um percurso mas mais algumas fitas seriam sempre bem-vindas!
Mas não podemos deixar de considerar a marcação do percurso muito boa e com umas ligeiras melhorias ela ficar excelente.
Quanto ao percurso que nos foi “servido” naquela bela manhã de confraternização desportiva, do ponto vista estritamente pessoal gostámos muito. É claro que a lama “ajudou” bastante!
Por norma não criticamos percursos, porque isso é algo que faz parte do gosto subjectivo de cada um.
Pensamos que a riqueza das provas de Montanha está na variedade dos percursos e cada um terá as suas preferências.
Felizmente em Portugal já vamos tendo provas para todos os gostos e ninguém se pode queixar!
Claro que umas vão ser sempre mais ao nosso jeito que outras!
Não podemos deixar de referir o excelente almoço que nos foi servido no final e o imenso convívio que ele representou,
Pensamos que o Trilhos de Casainhos tem tudo para se firmar no panorama das provas de Montanha em Portugal.
Pensamos que por motivos logísticos, que se prendem com o almoço, a prova não ponderar crescer muito mais em número que atletas, a não ser que se termine com o almoço final, o que seria uma pena.
Esperemos poder voltar para o ano a esta excelente prova e que os Casainhos se tornem uma prova de referência para todos os que amam correr fora do alcatrão.
Ficam aqui algumas fotos. Foram feitas pelo nosso repórter de serviço, que também alinhou na caminhada. Desta vez não temos os atletas mais rápidos mas sim o que tiverem mais tempo para apreciar as belas paisagens da região!
Obrigado a todos o que trabalharam na organização desta prova. Podem contar com este modesto blogue para vos apoiar em tudo que estiver ao nosso alcance.
Classificações aqui.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

OS “VENCEDORES” DA 7ª MARATONA DO PORTO

O Último Quilómetro não quer deixar de saudar todos os que concluíram a 7ª Maratona do Porto.
Independentemente das prestações atléticas de cada um, todos os que terminam uma maratona são vencedores.
Queremos deixar também uma palavra para os que não conseguiram, por uma razão ou outra, terminar os mágicos 42,195 Km. Desistir nem sempre é um sinal de fraqueza mas sim de inteligência, quando se traduz numa avaliação correcta das nossas possibilidades no momento e dos riscos para a saúde de tentar continuar.
Para os que ficaram pelo caminho o nosso abraço na certeza que na próxima vez cortarão a meta.
Dos inúmeros relatos que lemos na blogosfera corredora, queremos deixar aqui o de um atleta estreante na maratona, Filipe Fidalgo, do Blogue CORREDOR DE DOMINGO, não por ser melhor ou pior que os outros, mas por nos ter emocionado e ser, na nossa modesta opinião, uma descrição fiel, emotiva, e detalhada do que é acabar uma maratona.
PARABÉNS A TODOS!
Resultados e fotos da 7ª Maratona do Porto aqui.

domingo, 7 de novembro de 2010

18 KM ODIVELAS / LOURES / ODIVELAS OU UM POVO, NOVAMENTE, AMARGURADO


O Vídeo que pode ser visualizado em baixo, reporta-se a uma prova “clássica” da corrida a pé, da década de 80, os 18 Km Odivelas-Loures–Odivelas (com o nome erradamente trocado no vídeo).
No pequeno filme caseiro, criado para fins pessoais e de fraca qualidade, devido as conversões a que teve de ser sujeito para passar a digital, podemos assistir a edição de 1986.
Muito dos corredores veteranos que aparecem no filme já não estarão entre nos infelizmente, mas queremos chamar a atenção para o “jovem” Armando Aldegalega que continua a correr, e muito, passados todos estes anos.
Quanto aos jovens que aparecem na imagem não sabemos quantos se terão tornado bons atletas e quantos correrão na actualidade.
Sabemos sim, que essa imagem de jovens atletas a correr numa prova de 18 quilómetros é algo que não se vê nos dias hoje, por culpa de um regulamento absurdo por parte da Federação Portuguesa de Atletismo.
Na altura as provas populares eram um “viveiro” de novos talentos e, como as imagens comprovam, os jovens acabavam a sua prova em perfeitas condições e felizes, coisa que talvez não aconteça nos dias de hoje, em distâncias bem curtas, em que acabam por correr em esforços demasiadamente elevados para a sua idade...
Quanto a esta problemática da proibição dos juniores estarem impedidos de correr provas de fundo, o Professor Mário Machado considerou um erro gravíssimo em entrevista concedida a este bloque e que pode ser lida aqui.
Um aspecto que se destaca neste filme é enorme adesão popular à prova bem espelhada na quantidade de público presente.
Hoje, as provas quase não têm público. Porque será?
Pessoalmente, temos uma opinião muito própria sobre o assunto.
Pensamos que nos inícios da década de 80 o 25 de Abril ainda estava muito presente nos espirito das pessoas (embora com os seus mais nobres ideais já derrotados) o que fazia com que as pessoas ainda tivessem alguma esperança no futuro e se sentissem parte de um colectivo onde podiam participar muito para além de serem meros espectadores.
Ainda não imperava o individualismo, fruto do cinzentismo dos tempos actuais e as pessoas gostavam de sair a rua, quer fosse para se manifestarem, quer fosse para assistir a uma corrida.
Ainda era um pouco daquela alegria dos ventos de Abril, em que as pessoas se sentiam vivas e participativas nos destinos do seu País.
Com todos estes anos de políticas erradas, de destruição das condições de vida das pessoas, das lavagens ao cérebro televisivas, com a perda da esperança em dias melhores, quem é que se preocupa ou interessa em ir ver “uns malucos” a correr?
As pessoas ficam-se pelo “velhinho” futebol, como espectadores de bancada ou de sofá, porque esse sempre nos foi servido em doses maciças, como analgésico da realidade.
Penso que voltámos a ser um povo triste, oprimido e descrente, que se fechou, novamente, nas sua concha e tenta, desesperadamente, sobreviver sem grandes esperanças no futuro.
Imagens como as do Odivelas – Loures – Odivelas só serão vistas de novo, quanto novos ventos não soprarem em Portugal e as pessoas se sentirem novamente donas e senhoras do seu destino e com direito ao futuro!
Evidentemente que ainda há provas com forte assistência popular, mas isso dá-se em situações em que a prova é vista como uma festa anual de determinada localidade e as pessoas habituaram-se a acarinhá-la ano após ano.
Entre outros exemplos vem-me sempre a memória a noite mágica da Corrida das Fogueiras, em Peniche, onde os mais velhos nestas andanças podem matar saudades das provas antigas e os mais novos podem sentir o que é uma prova apoida por um povo feliz (no caso de Peniche, feliz por uma noite com a sua “festa”).


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MARATONA DO PORTO

O ÚLTIMO QUILÓMETRO saúda todos aqueles que vão participar na sétima edição da Maratona do Porto, desejando-lhes uma óptima prova e lançando-lhes um desafio: venham aqui contar-nos como foi a vossa aventura nos mágicos 42,195 Km, enviando-nos os vossos relatos / fotos para teixeirajb@gmail.com

domingo, 31 de outubro de 2010

18ª CORRIDA DO MONGE

Despretensiosamente aqui ficam algumas fotos da 18ª Corrida do Monge, realizada hoje, dia 31 de Outubro, fotos feitas por um dos caminheiros em prova.
Umas das mais antigas provas de montanha em Portugal viu, nesta edição, serem feitas algumas alterações ao seu percurso, que foram muito do agrado dos amantes deste tipo de provas, pois trouxeram outro grau de dificuldade técnica à prova, mas também mais diversão e prazer.
Até o São Pedro acabou por colaborar, poupando-nos à chuva, que nunca caiu durante a prova.
Recomendamos a todos os que gostam de desafios diferentes e comungam o prazer de correr em pleno contacto com a natureza, a participação na edição do próximo ano desta prova. E não se esqueçam que também existe uma caminhada para os menos preparados, ou menos afoitos a estas aventuras ou que “já não têm pernas”, mas que querem continuar a participar!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

RB RUNNING


A esmagadora maioria dos corredores portugueses não têm treinador, o que faz com que muitos atletas se guiem pelos conselhos de outros amigos corredores ou até imitem os treinos dos companheiros de corrida.
Esta maneira de treinar, um tanto às cegas, faz com se cometam grandes erros, se evolua muito mais lentamente do que era possível, possa ocasionar estagnação na progressão no treino e o consequente abandono do mesmo por desmotivação e até ter com consequência o aparecimento de arreliadoras lesões em resultado dos erros cometidos nos treinos.
Quando participámos em dois Centros de Treino organizados pela Revista Spiridon, com vista à maratona, realizados no início da década de 80, pudemos constatar o quanto é benéfico é o treino organizado e orientado por profissionais experientes na matéria.
Passados todos estes anos, ainda recordamos com foi importante a participação nesses centros de treino, que para além de nos proporcionar o treino mais adequado, deu-nos ensinamentos para toda a vida, para além do excelente convivo e motivação proporcionados pelo treino colectivo do qual nasceram grandes amizades que hoje ainda perduram.
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Quando tivemos conhecimento do RB RUNNING lembrámo-nos dos velhos tempos do Centro de Treino Para a Maratona e quanto é importante para os atletas este tipo de projecto.
O RB RUNNING é um projecto encabeçado pela Rita Borralho (umas das melhores e mais experientes maratonistas portuguesas de sempre, uma Grande Senhora do atletismo, com uma carreira e experiência invejáveis, não só como corredora mas também com treinadora) e é uma excelente mais-valia para todos os corredores.
O treino acompanhado por profissionais experientes é um excelente investimento que os corredores de todos os níveis podem fazer com vista a obter os melhores resultados desportivos e a tiraram mais prazer dos seus treinos.
Não importa as capacidades atléticas de cada um, todos saem beneficiados com o treino planificado e apoiado por treinadores experientes.
Mas para falar sobre o RB RUNNING nada melhor que trazer aqui o depoimento de um corredor que se encontra inserido nesse projecto e viu a sua forma melhorar imenso com o acompanhamento dado pela Rita Borralho ao seu treino.
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Recebi à dias através do meu blog “corredordatreta.blogspot.com
”, um “desafio” muito interessante feito pelo caro Amigo bloguista Jorge Branco.
O “desafio” proposto foi escrever umas palavras sobre a minha experiência de treino com a Rita Borralho e o RB Running para, de alguma forma, poder passar o meu ponto de vista sobre o treino “acompanhado”.
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Aparentemente simples, pensei eu.
Mas o facto é que, como todos os bons “desafios” não é fácil.
E já vou explicar porquê.
Não é fácil porque há sentimentos e experiências que as palavras só podem tentar descrever.
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Para simplificar, vou contar um pouco a minha história.
Corro à 4/5 anos e tenho, pelo que me é dado a ver entre os meus amigos, um percurso clássico para “corredor da treta”. Nunca tinha corrido na vida e por um conjunto de circunstâncias (saúde, peso, idade etc.) decidi começar.
Foi uma aventura! Fazia 1 km e voltava para trás a andar.
Passado uns tempos já fazia 3 kms.
Foi nessa altura que (... lá está a dificuldade em arranjar as palavras certas, mas sei que quem corre me vai entender perfeitamente) “apanhei o bichinho”. Queria mais e mais...
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5kms, 10 kms e faço as primeiras provas, sempre e só pelo desafio de perceber os meus limites, de os tentar atingir e depois superar (é assim para todos nós, certo?).
Com um amigo, decidi fazer a 1ª meia maratona... e aqui comecei a treinar de forma mais “sistemática” e regular.

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Tentei perceber o que podia fazer para melhorar, falando com amigos, pesquisando em sites e lendo revistas e livros.
Fiz umas poucas de meias maratonas (umas melhores e outras nem por isso...).
Para mim treinar era correr e quanto mais melhor.
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Entretanto decido fazer a 1º Maratona acompanhado por dois amigos (Octávio e Alex).
Arranjo um plano em Excel, “afino” aquilo para mim ... o Octávio faz o mesmo.
Como tínhamos o mesmo objectivo, seguimos junto o plano religiosamente.
Objectivo cumprido. Maratona concluída!
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Por esta altura o Alex já só me dizia “deixa-te de tretas e aparece para treinares com a Rita (Borralho) e os RBs”, “Experimenta e depois logo falamos ...”.
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E eu só pensava “... não tenho andamento para isso... isso é muito à frente para um corredor da treta como eu...”.
Mas ele falava-me da Rita com tamanha admiração e respeito que eu comecei a ficar curioso... e com vontade de experimentar.
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Entretanto decido (ou melhor decidimos todos porque fomos novamente os 3) fazer outra Maratona. Encho-me de coragem e vou conhecer a Rita.
Em boa hora o fiz!
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Tive a sorte, porque nos dias de hoje é uma sorte, de poder passar a conviver com uma Senhora com um “S” enorme.
Comecei a treinar com os RBs, fui falando com a Rita sobre o que pretendia, que objectivos tinha para a corrida em geral e para aquela Maratona em particular.
Fez-me um Plano, mas ... dizendo-me sempre para olhar para ele como um processo dinâmico (“não te preocupes que vamos ajustando em função da tua forma” “sente o corpo e depois logo segues o plano”). Tudo novidades para mim que só pensava que em que ritmo ia correr, como ia conseguir aguentar etc.
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Comecei a sentir-me física e mentalmente cada vez mais preparado.
Acompanhamento, ajuda, dicas, pequenas (grandes) conversas, incentivos (e algumas “palmadinhas”) e eu sempre a melhorar.
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Aposto que se eu continuar a descrever tudo o que passei naquela fase, ficam a pensar a mesma coisa que eu pensava quando o Alex me falava da Rita... “mas este tipo está tontinho ou quê? Só fala na Rita isto, Rita aquilo ... “
Por muito que eu escreva (e eu avisei no inicio que não ia ser fácil) sobre os ganhos que senti por ter a sorte e o privilégio de ser acompanhado pela Rita, não vou conseguir descrever tudo...
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Os treinos, as dicas, a ajuda, os incentivos e penso poder dizer sem ser presunçoso, a amizade que recebi da Rita, só são possíveis pela sua enorme experiência nacional e internacional, o que lhe permite dar-nos no local exacto e no momento certo tudo o que necessitamos para acreditar que se vai conseguir atingir o objectivo.
Exemplo: Sempre me disse (pessoalmente, por email etc.) ...” Vamos conseguir!” Vamos, entendem?, nunca me disse “vais”.
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A tudo isto juntem o convívio com um grupo de Amigos (porque é disso que se trata),que apoia e incentiva constantemente e temos o RB Running!
Estamos perante um daqueles casos raros em que 1(o atleta) + 1 (Rita a treinar) + 1 (restantes RBs) é muito mais que 3!
Quanto mais? Venham fazer uma experiência e depois logo me dirão quanto.
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Tudo isto traduziu-se em quanto em termos de melhorias de tempo? (só vou escrever sobre isto porque sei que no fim todos pensamos assim e gostamos de ver o nosso esforço recompensado ... em menos minutos corridos).
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Não que seja o mais importante para mim, mas “pulverizar” o meu melhor tempo nos 10kms, ter de me segurar para não bater o meu tempo à meia maratona (... porque estava em treino naquela prova e já só faltavam 15 dias para a Maratona) e retirar 40 minutos (... quarenta) ao tempo que tinha feito na minha 1ª Maratona só tem uns “culpados” ... a Rita Borralho e os restantes RBs!
O Alex, por exemplo, retirou 22 minutos ao tempo que tinha na Maratona (e retirar 22 minutos ao tempo anterior, é obra). Graças a quem? Perguntem-lhe...
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Por isso caros Amigos corredores e não só, deixo uma sugestão.
Serão bem recebidos, por isso percam a vergonha e venham experimentar.
Para não terem desculpas de que não sabem como fazer aqui ficam alternativas.
Enviem email à Rita para
ritaborralho@gmail.com
Ou então nos dias de provas, não hesitem e falem com algum RB (basta olhar para as camisolas...).
Se quiserem podem esperar pelo fim da prova vão-me ver a chegar, depois é só deixarem-me recuperar o fôlego e conversamos.
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Boas Corridas para todos,
António Alves
“corredor da treta”

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

30 ANOS AO CORRER DO TEJO.


Jorge Branco (de barba) no final da Corrida do Tejo em 1981

O ser humano rege-se por datas e números, pelos significados e recordações que nos trazem nesta vida que afinal é tão efémera
A trigésima edição da Corrida do Tejo é um desses números, mágicos, da minha vida, plenos de recordações mas também cheios de futuro.
Quando na manhã de 7 de Junho de 1981 me propunha correr os 9,2 quilómetros que separavam Algés da Câmara Municipal de Oeiras tinha 21 anos, participava na minha segunda prova e tudo cheirava a novo para mim no mundo da corrida.
Naquela manhã de Junho, em Algés, não perspectivava nada para a minha carreira desportiva, limitava-me a estar ali feliz por saborear a minha segunda prova.
Não poderia adivinhar que 30 anos depois havia telemóveis, net, computadores e essa “coisa” chamada de blogue onde viria a escrever sobre esses longínquos 30 anos, agora que tenho meio século de existência neste cantinho do sistema solar.
Quis o destino que o meu padrasto fosse assistir a prova (só deve ter assistido a duas até hoje) e que me tirasse uma foto com máquina emprestada.
Não poderia adivinhar que aquela foto feita por um fotógrafo improvisado (nem hoje com o advento e a facilidade da fotografia digital ele possui máquina e se dedica a essa arte) se tornaria num documento histórico sobre o desenvolvimento da Corrida a Pé em Portugal e Corrida do Tejo em particular.
Volvidos estes 30 anos seria fastidioso fazer aqui um grande balanço da minha vida a calcorrear estradas e caminhos deste Portugal tendo como locomoção apenas as minhas pernas.
Posso dizer que tive a evolução normal de um corredor, passando pela fase da mania da competição e das melhoria das marcas, até aos dias de hoje em corro pelo prazer simples que isso me dá e os únicos desafios em que me envolvo é o correr feliz.
Nunca fui um corredor de fazer muitas provas, antes pelo contrário, mas julgo que atingi os meus objectivos como atleta e que eles se podem traduzir nas minhas modestas 3 Horas 10 minutos e 27 segundos nos mágicos 42,195 quilómetros da maratona e no meu 5º lugar nas 12 Horas de Vila Real de Santo António, com a marca de 101,650 km. em 1987.
Não posso deixar também de referir que ajudei, modestamente, na organização de várias provas, exercendo as mais variadas tarefas, o que me deu um perspectiva dos bastidores das provas, que é tão útil na hora de avaliar e criticar, sempre pela positiva, as organizações.
Aos 50 anos não me sinto velho! Sinto é que já corro há muitos anos e isso dá-me a tranquilidade necessária para olhar a corrida a pé de forma diferente e sorrir.
Posso dizer que todos estes meu 30 anos de corredor foram sempre feitos tendo com pano de fundo o Tejo, pois sempre treinei perto do grande rio, por isso o título deste texto.
Não podendo enumerar todos os amigos que fiz ao longo de todo este tempo, posso dizer que eles foram o melhor de tudo durante a minha vida como corredor.
Aqui fica um abraço fraternal a todos eles não esquecendo os amigos recentes que a blogosfera corredora me trouxe.
Mas como 30 anos de Corrida merecem ser dedicados a alguém, opto por fazer uma dedicatória a quatro pessoas que, infelizmente, já não estão entre nós:
Ao Professor João Coutinho, que lançou em mim a semente do gosto pelo desporto e pela corrida em particular.
Á minha avó por tudo, sem ela este fundista não existiria.
Ao atleta Francisco Pedro, tragicamente falecido na recta da meta dos 20 quilómetros de Almeirim, porque ao contrário do que os médicos lhe disseram não acreditou que o seu coração de maratonista o pudesse trair.
Ao Sálvio Nora, um exemplo de como se deve estar no mundo da corrida e da vida, um exemplo de humanidade e cidadania. Um homem que nos deixou tão cedo quando tinha tanto para nos dar e que tanta falta nos faz
Dificilmente terei mais 30 anos de Corrida, mas se o conseguir prometo que os relatarei da forma que a tecnologia da altura mo permitir.
Corram!
Lutem pela vossa felicidade e pela dos outros!
Um abraço a todos.
Jorge Branco (Corredor da Liberdade)


Jorge Branco, no final do treino, no dia da 30ª edição da Corrida do Tejo
Aguardando a passagem da 30ª Corrida do Tejo.

domingo, 24 de outubro de 2010

CORRIDA DO TEJO - 30 ANOS

A esquerda na imagem (camisola branca) o Professor Mário Machado

No dia 7 de Junho de 1981 participámos na primeira edição da Corrida do Tejo.
Volvidos 30 anos, a primeira coisa que nos apraz dizer é que foi uma aposta ganha, o lançamento da Corrida Para Todos em Portugal, pese embora o muito que ainda falta fazer, sobretudo no apoio aos atletas em matérias como a medicina desportiva ou a existência, em locais de grande frequência de atletas, de treinadores que ajudem na orientação dos mesmos e sejam pagos pelo Estado (um investimento no desporto é uma mais valia, que implica poupanças noutras áreas, como a da saúde).
Do nosso ponto de vista pessoal foram 30 anos gratificantes e dos quais queremos falar mais detalhadamente, proximamente.
Optámos pela não participação na prova, até por não concordámos muito com o rumo que ela tem tomado nos últimos anos. Também será assunto que abordaremos proximamente.
Mas estamos felizes por volvidos estes 30 anos continuarmos a correr e na véspera da prova termos “despachado duas corridas do Tejo” ou seja, feito um treino de 20 quilómetros.
Aqui fica uma primeira foto da prova, que é também uma homenagem ao homem a quem todos os corredores portugueses muito devem, o director da Revista Spiridon, Professor Mário Machado.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PERDI OS TRÊS AOS 21 (km)




Por: Filipa Vicente
O sonho comanda a vida e inspirada pelos bons exemplos que me rodeiam desde que comecei a correr cedo pensei em aumentar a fasquia, ir mais longe. O sonho de correr uma Meia-Maratona surgiu cedo, depois de duas provas de 14 e 15km e muitas de 10km, com os olhos postos na primeira Maratona. Fazendo justiça à cidade que acolheu os meus primeiros passos na corrida, estreei-me na invicta onde também farei os 42km em 2011.
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O melhor das provas é o convívio seja antes, durante ou depois da prova por isso o ponto alto, a meu ver, foi a pasta-party organizada pelo Vítor e pela Ana em sua casa para três estreantes (eu incluída) e um outro atleta amigo. Desta prova irei recordar a alegria de ver o Vasco vir buscar-me, o leite-creme da Ana, a alegria do Miguel ao terminar a sua primeira prova (e logo uma Meia) e do aniversariante Zé Nando, que recebeu como prenda de anos os primeiros 21km. Não é para todos..
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O treino tinha sido demasiado irregular para encarar a prova com um espírito que não fosse o de sacrifício, tinha a plena consciência que quando chegasse à altura H as pernas iam doer, os joelhos iam doer, e apenas a força de vontade me podiam fazer avançar nem que fosse a passo. E por isso encarei o touro pelos ditos. Tinha estabelecido como objectivo mínimo 2h30, imprimi uma cábula para as passagens ao quilómetro e respeitei o corpo.
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Confesso que achei muita fruta conseguir tirar cerca de 4 minutos em cada quilómetro ao que tinha estabelecido, 1min ali, 1min acoli... pensei “bem, quando as coisas ficarem feias, tenho margem para abrandar”. A minha maior surpresa foi ver o Miguel e o Zé Nando zarpar em direcção à Ponte D. Luís e só os voltar a ver quase no retorno na Afurada. Pelo caminho até lá ia recebendo as palavras de apoio de todos os Porto Runners, destaco a Isabel que ia treinar e espero um dia conseguir acompanhar, brinda-me sempre com a sua simpatia e um apoio caloroso desde o primeiro dia. E vi claro os quenianos passarem a toda a velocidade.
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Não conhecia a zona da Afurada, era primeira vez que ali passava, mesmo a correr deu para apreciar a paisagem com toda a envolvência majestosa do Douro. Feito o retorno e passados os 10km com pouco mais de 1hora, vieram os primeiros lamentos, os joelhos estavam a perguntar-se por quanto mais tempo iria manter a corrida. Pela segunda vez na Ponte D. Luís senti o tabuleiro abanar atrás de mim, pensei que fosse eu a ceder, felizmente a sensação passou logo.
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E então veio uma dúvida de “moura”, mas qual delas é a Ponte do Freixo (perto de um segundo retorno, o final)? Como as dores estavam em crescento por esta altura, parecia não mais acabar, fiquei a saber qual era claro... e fixei-a bem, para saber no próximo ano seja nos 21 ou nos 42.
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O marcador dos 15km foi como uma chicotada, são mais 6km, distância que “facilmente” percorrida em qualquer treino mas que, naquele momento, parecia irrealmente distante. Meia dúzia de segundos a passo cada 1,5km ou no máximo 2km, no paralelo do Túnel e da Ribeira já praguejava com todas as palavras do dicionário. Chegou o limite da dor e o momento em que a mente tinha de mandar avançar, pensei por vários momentos se conseguiria ultrapassar esse limite... com muito boas recordações como a minha primeira Family Race, os 15km na Corrida das Festas, a leveza com que fiz a Corrida da APAV e das Novas Oportunidades. Todos esses sucessos fizeram-me acreditar que aquele era o teste para que me tinha preparado, “go hard or go home”.
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O Vasco veio-me buscar aos 18Km, animado depois de bater a sua melhor marca com 1h32. Nestes momentos este apoio vale quase um par de pernas ou pelo menos um último fôlego. Vejo os pórticos no Fluvial, as pernas ainda cedem mas aceleram ligeiramente. E vejo como sempre a Conceição Grare que vem sempre atrás buscar atletas vir à minha procura!!! Como estava acompanhada, tenho a certeza que terá ajudado e muito alguém mais atrás que naquela altura precisava de uma campeã assim. Para lhe fazer companhia o jovem Diogo, filho do Vasco corria também ao meu lado.
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A Lina (esposa) empunhava a câmara logo no primeiro provavelmente para a foto da meta que não vi ninguém mais tirar, fixei a meta e vi o cronómetro, ia conseguir menos de 2h30. Pensei “Está feita” já procurando os companheiros de luta e pegando no telemóvel para tranquilizar a família e amigos próximos “viva, dorida mas feliz”.
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Agradecimentos
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• Ao Vítor pela inspiração e por ter acabado por me incitar a começar a correr para não mais parar, para se acompanhar um Atleta (com A grande) tem de se conhecer pelo menos um pouco pelo que passa, os bons e os maus momentos.
• À Ana, pelo espectacular acolhimento que recebo sempre que vou ao Porto, e desta vez pela fabulosa pasta-party e sobretudo pelo leite-creme. Estende-se também ao Vítor, ao Gonçalo e ao Francisco.
• À família Pereira, pelo delicioso abastecimento no início da semana e pelos bons momentos, não fiz carga de hidratos mas fiz de mimos. É desses momentos que me lembro quando as pernas não querem correr.
• À minha Mãe por ser minha Mãe e ao meu Pai por me picar (21km? Não achas isso muito??? Obrigada, Pai, de carro é pouco de facto...).
• Ao Pedro pelo apoio e por me ter ido buscar a Santa Apolónia, quem me viu descer as escadas sabe o valor que isso tem. “Ai Jesus, que eu atiro-me daqui a baixo e dói menos, carago!!!”
• E a todos os que me dedicaram uma palavra de apoio ao longo de toda esta jornada.
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Em especial para o “Último Quilómetro”:
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O meu último quilómetro (e alguns antes) foi percorrido com o Vasco Baptista, que conhecera na noite anterior na pasta-party, e tinha-me ido buscar ao quilómetro 18 depois da fantástica marca de 1h32, o seu melhor tempo. Devagarinho foi comigo até à meta com palavras de apoio, onde se juntaram os incentivos da Lina, da Conceição e do Diogo. Embora tivesse corrido sozinha até ali, aqueles últimos 3 km valeram pela prova toda. Ao Vasco que se vai estrear no próximo dia 7 de Novembro nos 42km, desejo as maiores felicidades e tenho a certeza que o veremos muito mais tempo a correr sempre com prazer.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

BIFES? NÃO OBRIGADO!

Confesso que não tenho nada contra a comida vegetariana.
Penso que a alimentação vegetariana pode até ser excelente e ter óptimos resultados a nível da saúde, embora implica bastantes conhecimentos do ponto de vista nutricional, de modo a não se entrar em desequilíbrios alimentares.
Mas este meu texto não visa falar sobre esse tipo de alimentação ou dos seus prós e contras, até porque pouco sei sobre o assunto.
Gostaria, até, que algum adepto desse tipo de alimentação um dia escrevesse um texto sobre a mesma para o “Último Quilómetro” (bem como alguém que fosse entendido em Macrobiótica) mas isso são outras águas.
Conforme já disse, não tendo nada contra alimentação vegetariana mas devo confessar publicamente que não sei viver sem uns bons bifes, umas boas costeletas, umas febras na brasa, umas “sardinhas de Salvaterra” (entremeada grelhada como é aqui conhecida na região, reportando-se esse nome à Vila de Salvaterra de Magos).
Também sou muito apreciador de peixe (e até “pratico” muito mais desse género alimentar que da carne, pois julgo ser mais saudável), bem como de outros géneros alimentares que julgo proibidos no regime vegetariano, como por exemplo, o leite ou os ovos.
Enfim, se eu podia ser vegetariano? Podia, mas não era a mesma coisa!
Embora não abdicando dos pecados da carne (e de outros) há alturas em que um sujeito se torna vegetariano à força!
É assim como alguns políticos da nossa praça (alguns, porque há políticos honestos e se as pessoas não votassem mais do mesmo outro galo cantaria!). (Mas somos um povo que, ou fazermos sempre asneira e depois choramos ou então a lavagem cerebral é muito forte! Mas isto são outros “contos”) que quando se vem “apertados” pela proximidade de um acto eleitoral, desatam a prometer o que sabem de antemão que não vão cumprir.
Eu também, face ao aperto da situação, prometi tornar-me vegetariano sem ter a mais pequena intenção de cumprir tal promessa!
O que leva um homem a prometer renegar um “belo” bife com batatas fritas e um ovo a cavalo assim de repente (para alem de termos de pagar as “crises” dos bancos alemães e outros senhores, que na verdade nunca têm crises, e cada vez nos sobrar menos dinheiro para bifes)?
Pois meus amigos, se em pleno treino, no meio do campo, de repente se virem a correr ao lado de uma enorme manada de bois, que olha para nós, com cara de poucos amigos, separados apenas por uma frágil cerca, vão ver se não prometem logo que se vão tornar vegetarianos!
Não sei se os bois entenderam, mas eu disse-lhes imediatamente: tenham calma que eu juro que me vou tornar vegetariano! Nunca mais como um bife!
É claro que não cumpri a promessa! O pecado da gula é terrível!
Agora vivo com dois problemas muito complicados: Cada vez que como um bife (felizmente, ou infelizmente, cada vez menos tenho acesso a esse pecado) o prazer da degustação de semelhante manjar é assombrado pela visão da manada de bois olhando para mim. O outro problema reside no medo (ou melhor pânico) de que os bois descubram a minha traição. É que eu quero continuar a correr pelo campo sem problemas!
Resta-me a “esperança” de que a continuar esta política (des)governativa dos últimos tempos (diria anos) o meu acesso a carne se veja reduzido a zero podendo eu cumprir, à força, a minha promessa aos bois! Veremos é se irá haver ao menos dinheiro para as hortaliças!
Jorge Branco

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

“CORRIDAS” DE SALTOS ALTOS PARA SENHORAS.


Depois de já ter lido, aqui há uns tempos, uma notícia sobre o assunto a leitura de um blogue alertou-me para proliferação, por esse mundo fora, de corridas de saltos altos dirigidas a senhoras.
Para ser curto nas palavras e objectivo acho esta nova moda algo absolutamente abjecto e que só serve para fazer perigar a saúde das senhoras e transformar as participantes em tais inventos em animais de um qualquer circo da idade média para gáudio dos ditames da moda.
Não querendo entrar pela via das explicações científicas para as quais não tenho competência mas afirmo, sem medo de ser desmentido, que o uso de saltos altos são totalmente contraproducentes a nível da saúde e podem trazer consequência graves e permanentes se o seu uso for prolongado por longos anos.
Penso que a “moda” dos saltos altos é uma “ditadura” a que as mulheres se sujeitam fruto da sociedade em que vivemos que pretende impingir determinados padrões de falsa beleza como sendo sagrados,
Evidentemente que quando falo de saltos altos me refiro a determinados tipos de saltos que, devido à sua altura, e não só, transformam a maneira com se apoiam os pés (ou melhor se deviam apoiar) no solo em algo que é completamente contrario as leias biomecânicas no que toca à locomoção do ser humano, provocando uma andar completamente contra natura, com as tais graves consequências para saúde atrás referidas.
Se já acho profundamente errado que as mulheres se sujeitem a essa tirania dos saltos altos no dia-a-dia enleadas na teia das campanhas de marketing que nos roubam a capacidade de pensar e nos fazem renegar a saúde e o bem-estar em favor de pretensos padrões de beleza que mais não são que falsidades, então promover corridas de saltos é algo de perfeitamente inqualificável.
Provavelmente as senhoras que são atraídas para esses eventos nem são corredoras habituais pois estas últimas sabem o quanto pode ser perigoso correr com tal tipo de calçado e dificilmente querem arriscar-se a uma lesão ou a uma queda grave como é documentado na foto que ilustra este texto.
Mas na sociedade em que vivemos não será difícil imaginar que esta moda vai começar a ter por de trás o dinheiro de muitas empresas interessadas em campanhas de marketing sem escrúpulos e qualquer dia haverá prémios monetários (se já não os há) para as vencedores e esta prática circense (no sentido do circo que remonta à idade media) estará perfeitamente banalizada!
Sabemos que em primeiro lugar devem ser as mulheres a oporem-se a esta prática pura e simplesmente não alinhando nela mas também julgamos que a sociedade deve ter regras que nos protejam destas coisas quanto somos bombardeados por publicidades falsas e não temos capacidades de discernimento.
Falando do caso de Portugal em particular somos da opinião que um evento destes enquadrando-se legalmente dentro do que é uma corrida (embora como já o vimos não tenha nada a ver com essa pratica) deve carecer das autorizações que a realização de uma prova necessita mas como não se enquadra dentro das normas de saúde e segurança que uma prova tem que ter deve ser pura e simplesmente ser negada a autorização para sua realização!
Como sabem toda a prova é obrigada a ter um seguro que cubra os acidentes com os atletas na mesma. Face a perigosidade, que se reflecte no número de quedas, haverá alguma companhia de seguros em Portugal disposta a fazer um seguro para a eventual realização de um evento destes?
Enfim esperemos que este evento abjecto não tenha vindo para ficar e que se invista na corrida como prática saudável e não se transforme a mesma numa actividade circense (no pior sentido da palavra) para gáudio de alguns e enriquecimento de outros à custa das mulheres.

O original da foto aqui publicada encontra-se aqui

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A QUARTA MOSQUETEIRA DA BLOGOSFERA CORREDORA PORTUGUESA.


Como todos nós sabemos os Três Mosqueteiros eram na realidade quatro.
Quando escrevemos o texto “TRÊS MOSQUETEIRAS DA BLOGOSFERA CORREDORA”, referíamo-nos exactamente a três activas participantes da blogosfera que aborda a Corrida para Todos.
Por lapso, ou falta de atenção, deixámos de fora a quarta mosqueteira.
Hoje vimos reparar o erro e juntar “ALÉM DO VIRTUAL” (Ana Paula) aos nomes de “MARIA SEM FRIO NEM CASA” (Ana Pereira), “HENRIQUETICES” (Henriqueta Solipa), “ESPRAIAR” (Susana Adelino).
Agora, sim, temos as três mosqueteiras que na realidade são quatro!
A Ana Paula, pedimos desculpa pelo lapso e a todos que ainda não conhecem a quarta mosqueteira aconselhamos uma visita, urgente, ao seu blogue!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

MAU TEMPO PROVOCA CANCELAMENTO DE PROVA NO PORTO.

Conforme se pode ler na nota que aqui transcrevemos na íntegra a “Corrida Saúde Cuf” (Porto 3/10/2010) viu a sua realização adiada devido ao mau tempo.
Na nossa longa ligação a corrida é a primeira vez que temos conhecimento de uma prova anulada devido a condições meteorológicas adversas embora provavelmente tal já tenha acontecido.
Embora não estando a par da situação que se viveu no Porto a nível meteorológico para quem, como nós, já vez provas (incluindo a Maratona) em condições climatéricas extremamente adversas, é algo estranho uma situação como a que se viveu no Porto.
Será que se justificou mesmo este adiamento ou que ele é fruto dos novos tempos, em que se pretende proporcionar uma prova nas melhores condições, de modo a atrair um determinado nível de “clientes” que não estão habituados a correr com mau tempo, nomeadamente os frequentadores de ginásios e os praticantes ocasionais de corrida e caminhadas?
Face às implicações que o adiar de uma prova tem, tal medida não será pior que realizar a mesma mesmo com “mau tempo”?
Enfim, uma série de questões que deixamos aqui em aberto e para as quais muto gostaríamos de contar com a opinião, avalizada, dos amigos corredores da zona do Porto que testemunharam as condições atmosféricas na manhã em que estava prevista a realização da prova.
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Caros amigos do desporto com saúde.
O dia de hoje foi marcado pelo mau tempo, o que levou ao adiamento da prova de atletismo “ Corrida Saúde Cuf”. Tal como vós, lamentamos que o tempo não nos tenha deixado organizar. Os responsáveis do Instituto e do Hospital Cuf vão agendar nova data, para assim podermos levar a efeito a corrida e caminhada. Esperamos que da próxima esteja melhor tempo.
As inscrições são válidas para a próxima data.
Saudações desportivas
Luís Jesus

O QUILÓMETRO MUSICAL

A música acompanha o treino de muitos corredores, ajudando-os a ir buscar uma motivação extra para enfrentar os quilómetros, tantas vezes corridos solitariamente.
Aqui, no Último Quilómetro, resolvemos criar este espaço onde vamos colocando canções que fazem parte do nosso gosto pessoal e que por uma razão ou outra nos marcaram / marcam.




terça-feira, 28 de setembro de 2010

NÃO, NÃO SOU O ÚNICO!

Venho serena e calmamente caminhando pela rua nesta pacata Vila Ribatejana.
Já se começa a sentir algum agradável fresco, de fim de tarde, nesta semana em que o Verão se vai despedir de nós.
Volto de mais uma operação de logística a caminho de casa.
Isto da operação de logística é porque às vezes há que dar ênfase às coisas e tornar o banal em algo especial. Na verdade tratou-se de uma rotineira ida a farmácia, que também se poderia descrever como uma saída para comprar drogas (a língua Portuguesa é muito traiçoeira segundo dizem)!
Bem voltemos ao princípio e eu absorto nos meus pensamentos quando atrás de mim oiço qualquer coisa como tchu, tchu, tchu.
Senti-me estremecer dos pés a cabeça!
Estaria errado?
Os meus apurados ouvidos de fundista de longa data estar-me-iam a trair? Será que eles também acompanharam o lento processo de falência (não fraudulenta como muitas que há por ai) das minhas pernas?
Será que posso dizer que não estou só, finalmente?
Não quis olhar para trás. Não quis fazer o que tantas vezes me fazem.
Pareceram anos aqueles segundos até ser ultrapassado por um jovem corredor que me disse boa tarde!
ATÉ QUE ENFIM! Apeteceu-me começar a cantar: “NÃO, não sou o único!” (mas abstive-me de o fazer para não quebrar vários vidros e evitar uma crise na industria leiteira, pois a vacas da região poderiam deixar de dar leite durante alguns meses!).
Eu, o único alienígena corredor deste planeta (desta Vila quero dizer) encontro outro colega “extra terrestre”.
Com o meu olhar clínico tentei logo fazer uma avaliação do modo de deslocação do veículo ou seja, do estilo de corrida, para tentar perceber de que tipo de “extra terrestre” se tratava. Ainda dei uma olhadela ao tipo de equipamento e lá tirei as minhas conclusões (que muitas vezes saem erradas, pois quem me vê a correr deve pensar estar na presença de um velhinho que fugiu dum lar da terceira idade e não de alguém que já foi meio atleta!).
Só quase a chegar a casa é que me lembrei que aquele “boa tarde” se deve ao facto de eu levar uma camisola que dizia nas costas, e de forma bem visível, CORRIDA DA LIBERDADE.
Também o meu colega corredor deve ter pensado: “NÃO, NÃO SOU O ÚNICO!”
Esperemos por mais outro contacto do terceiro grau e que se estabeleça diálogo já que a nossa língua é universal!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

QUILÓMETRO GASTRONÓMICO - PANQUECAS DE FARELO


Filipa Vicente
Nutricionista

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Os cereais de farelo de trigo (All Bran, Fiber One ou semelhantes) são uma excelente fonte de fibra para um pequeno-almoço saciante e com energia duradoura, mas o seu sabor é desagradável e são pouco apelativos. Por isso experimente estas panquecas para revolucionar o seu pequeno-almoço.
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Ingredientes para 2 a 3 Panquecas
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150g de flocos de farelo ( cerca de 15 colheres de sopa)
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35g de farinha
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1 ovo
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Uma pitada de fermento (opcional)
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180ml de leite magro ou meio-gordo
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1 colher de sopa de mel
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Preparação
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1. Misture numa tigela os flocos um pouco triturados, a farinha e o leite, bata o ovo lá para dentro.
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2. Aqueça uma frigideira pequena ou média untada com 1 colher de chá de azeite que deve espalhar bem com papel de cozinha. Baixe para lume brando.
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3. Deite a mistura no centro e espalhe de forma homogénea inclinando a frigideira. Deixe cozinhar 2 a 3 minutos, vire cuidadosamente e deixe cozinhar mais alguns minutos.
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4. Sirva com 1 colher de sopa de mel por cada 2 panquecas.
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Informação nutricional total
585Kcal; 21g Proteína; 14g Gordura; 99g Hidratos de carbono (10g Açúcar) e 68g Fibra.
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Qual a porção certa para si?
Um homem de 60 a 70Kg, precisa de cerca de 45-60g de hidratos de carbono num pequeno-almoço. Por isso esta receita daria para 2 doses.