quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MARATONA DO PORTO – ESCLARECIMENTO SOBRE O SISTEMA DE CRONOMETRAGEM

Transcrevemos aqui, na íntegra, um mail que recebemos da firma Modiplace referente ao sistema de cronometragem usado na Maratona do Porto.
Erradamente escrevemos que o sistema de cronometragem usado na referida prova era igual ao que vai ser usado na Maratona de Lisboa quando na realidade tal facto não é verdadeiro.
O nosso pedido de desculpa aos intervenientes neste processo e aos nossos leitores.
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Boa tarde,
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Venho pelo presente, e após ter lido o que publicou no seu blogue pedir que realize um pequeno esclarecimento aos seus leitores.
O sistema que realizou o apuramento de tempos na 8ª Maratona do Porto foi o sistema de cronometragem Metadigital. Um sistema de cronometragem totalmente desenvolvido em Portugal, que tem por parceiros a Federação Portuguesa de Jet Ski, a Maratona BTT de Portalegre, a Run Porto, entre outros.
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Por uma questão de honestidade informativa, peço-lhe que rectifique a notícia que inseriu no seu blog, o Metadigital não será o sistema de cronometragem da Maratona de Lisboa, mas sim a Chip Timing, uma empresa Brasileira.
Convido-o a visitar o nosso site por forma a conhecer o nosso sistema, bem como as potencialidades do mesmo.
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Agradeço antecipadamente.
Atentamente,
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Selma Fonseca Fernandes
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Dir. Marketing
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modiplace, Lda
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Nota: Foto de Paulo Pires retirada do Facebook ao qual pedimos desculpa pelo abuso.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MARATONA DE LISBOA NOVO SISTEMA DE CRONOMETRAGEM

A cronometragem da 26ª Maratona de Lisboa será assegura pelo sistema Chip Timing.
Aqui deixamos uma imagem sobre este sistema que retiramos da pagina da
MARATONA SEASIDE DE LISBOA 2011, 26ª EDIÇÃO.
Informação mais detalha sobre este sistema de cronometragem pode ser encontrado na referida pagina onde, inclusive, se pode ver um vídeo sobre o assunto.


domingo, 27 de novembro de 2011

A CORRIDA NUMA REDOMA DE VIDRO

Há pouco tempo dei voz a um protesto da população da vila onde vivo à qual encerraram a extensão do centro de saúde obrigando-a a deslocar-se a uma vila vizinha que dista 10 quilómetros e para a qual nem sequer há transportes.
Num aparte posso acrescentar que se tratar de uma população maioritariamente idosa, com muito e graves problemas de saúde e fracos recursos e essa vila para onde querem obrigar as pessoas a deslocarem-se também tem médicos em número muito deficiente.
Ao dar voz ao protesto desses meus conterrâneos usei, entre outros meios, o “mural” de um grupo sobre corrida no Facebook.
Ao tomar esta atitude fui criticado por dois elementos do referido grupo que disseram tratar-se de um grupo onde apenas se falava de corrida.
Dizia um dos membros, e passo a citar: “Fazer desporto é uma das poucas coisas em que todos somos indivíduos livres de todas as etiquetas sociais.”
Outro participante afirmava: “Este não é de todo o lugar indicado uma vez que é um Grupo dedicado à corrida (como o nome indica), elo que todos temos em comum independentemente dos factores exteriores (políticos, sociais, ideológicos, etc.)...”
Por estes comentários fica-se com a ideia que a corrida é um mundo à parte, assim uma espécie de terceira dimensão sem qualquer ligação com a sociedade onde vivemos, estamos inseridos e com a qual interagimos.
Para já e à partida se a população da localidade onde vivo tem imensas dificuldades no acesso à saúde (um direito constitucionalmente consagrado) eu também tenho e isso afecta-me como corredor e muito.
Claro que em vez de expressar o descontentamento e a luta de uma população inteira poderia ter escrito que não tinha acesso aos cuidados de saúde e que isso me afectava como corredor mas sou um ser solidário e essa atitude egoísta de apenas olhar para o meu umbigo quando há gente com problemas mais graves que o meu nunca fez nem fará o meu género.
Mas o mais grave nestes comentários é quererem transformar a corrida num mundo idílico “livres de todas as etiquetas sociais” e “um Grupo dedicado à corrida (como o nome indica), elo que todos temos em comum independentemente dos factores exteriores (políticos, sociais, ideológicos, etc.)”...como escreveu outro participante do grupo que já tinha citado anteriormente.
Quer dizer, nós corredores somos todos iguais!
Os problemas do mundo exterior não nos afectam!
Eu desempregado de longa duração tenho as mesmas condições para praticar a corrida que um quadro superior de uma empresa!
Eu que tenho tremendas dificuldades em conseguir uma consulta médica e quanto ao acesso à medicina desportiva não o tenho nem em sonhos (!) teria a mesma segurança para treinar dos que tem acesso a esses serviços.
Vamos transformar a corrida numa “coisa” para nos adormecer da realidade em que vivemos? Para “ópio” do povo já temos o futebol e mais umas tantas coisas (infelizmente muitas) não vamos transformar a corrida em mais uma delas!
Eu sou corredor há mais de 30 anos, mas um corredor que não se fecha numa redoma de vidro, um corredor que liga a vida com a corrida e a corrida com a vida pois elas são um todo e complementam-se.
A corrida faz parte da sociedade em que vivemos, interage com ela e todos os problemas que a sociedade atravessa têm influência no nosso desporto preferido.
A corrida não é um mundo fechado em si próprio e muitas vezes serve para apoiar causas solidárias como é exemplo determinadas provas,
Já houve provas para apoiar determinado partido ou coligação numas eleições, há provas organizadas por sindicatos e partidos políticos.
Não a corrida não é um mundo à parte! Querer discutir o nosso desporto favorito sem o inserir na sociedade que nos rodeia é um absurdo, e pura demagogia.
Sou corredor de fundo mas não vivo numa redoma de vidro nem tenho medo de inserir o desporto dentro da sociedade que nos rodeia.
Infelizmente nem na corrida somos todos iguais!
Fica aqui um vídeo sobre a luta das populações de Muge e Granho pelo direito à saúde!
Como corredor e como ser humano tenho direito a algo que está constitucionalmente consagrado.
Com ser solidário que julgo ser não luto em termos individuais mas sim em termos colectivos por isso a minha luta é a luta das gentes do Muge e do Granho tão ou mais necessitadas que eu!
Corram, sejam felizes, mas não se esqueçam da sociedade “lá fora”, senão quando deram por isso pode ser tarde!
Jorge Branco



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

UM REPÓRTER CORREDOR NOS TRILHOS DE CASAINHOS

Quando se corre em montanha o espirito é outro totalmente diferente das vulgares corridas em estrada como pode ser documentado na foto da chegada de Paulo Soares na 3ª edição dos Trilhos de Casainhos.
Este atleta não se coibiu de transportar mais umas algumas gramas de peso de modo a poder captar as belas imagens durante aquela desafiante competição.
Não temos o grato prazer de conhecer o atleta em questão mas se o mesmo ler este texto, ou algum amigo dele, informamos que teríamos todo o gosto em divulgar aqui as fotografias e/ou o vídeo efectuado por aquele repórter corredor.
Todas as fotos da 3ª edição dos Trilhos de Casainhos podem ser vistas aqui.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011

LISBOA MARATONA DAS 7 COLINAS

É um dado adquirido que muitas das grandes maratonas internacionais atraem milhares de participantes, não só do país onde a prova se realiza mas de todo o mundo.
O que está na base desse fenómeno? O que cria esse vertente de turismo de desportivo que faz milhares de pessoas deslocarem-se de longe para correrem os míticos 42,195 km?
Diríamos que são maratonas com “alma”, maratonas que se integram plenamente na região onde decorrem e mostram o melhor que essa região tem, revelando precisamente o que um turista “normal” pretende ver ao visitar essa zona.
No caso de Lisboa temos uma maratona feita com todo o mérito mas num percurso atípico e de costas voltadas para a alma da cidade.
Pensamos que não vale muito a pena tentar fazer uma maratona plana em Lisboa, mesmo que tal seja possível. Quem queira uma maratona para bater recordes pessoais já tem excelentes ofertas no calendário internacional!
O que temos em Lisboa? O que encanta quem visita a cidade que me viu nascer?
Temos os bairros populares como Alfama, a Mouraria, a Graça, o Castelo, a Lapa, o Bairro Alto, Alcântara, a Madragoa, só para dar alguns exemplos.
Temos os miradouros com vistas únicas como são o caso da Senhora do Monte, de Santa Luzia, de São Pedro de Alcântara, de Santa Catarina.
Temos as 7 colinas de Lisboa que conjuntamente com o Tejo e aquela luminosidade tão própria a tornam na cidade branca, como a designou o cineasta suíço, Alan Tanner, no seu belo filme homónimo.
Uma maratona em Lisboa, para ser única, para se firmar no calendário turístico desportivo em que se integram as grandes maratonas internacionais não pode fugir das suas 7 colinas e dos seus bairros típicos, das suas ruas estreitas, das suas vielas!
Vão dizer: mas isso sobe, isso é duro! Sobe, sim senhor, mas não é duro! É o preço a pagar para se poder correr uma maratona com um percurso único no mundo, um percurso de rara beleza.
Não seria uma maratona para tempos, para grandes atletas internacionais mas seria uma maratona para o grande número de corredores que por esse mundo fora procuram provas com percursos únicos, em que ainda se torne mais gratificante ser maratonistas, em que o cansaço seja inferior à beleza que os olhos desfrutam!
Uma maratona para ser feita calmamente, para desfrutar, em que seja dado um tempo máximo para a terminar, que se coadune com a tipologia da prova e permita aos menos rápidos chegar ao fim sem problemas.
Uma maratona em Lisboa tem que “molhar” os pés no Tejo, subir aos mais altos miradouros da cidade, “perder-se” nas vielas, ter o som do fado e o cheiro da sardinha assada (não ficava nada mal um arraial com sardinhas assadas no final)!
Outro aspecto que temos de ter em conta é que ao levar a maratona para o interior de Lisboa, para o seu “coração”, e ao retirar a prova dos grandes e atípicos eixos viários, ela certamente será mais fácil de realizar em termos de trânsito e terá uma moldura humana muito mais envolvente pois muitos desses bairros mais típicos ainda são “aldeias” dentro da cidade grande onde as pessoas são muito mais participativas em relação a tudo o que se passa na sua comunidade.
Claro que tinha de haver todo um trabalho anterior à prova, de divulgação da mesma nos bairros por onde ela passaria, teriam de ser contactadas juntas de freguesia e clubes locais, de modo a estudar e criar uma grande interacção entre a população e a prova.
Nestes tempos de crise (criada por aqueles que nunca tem crises) vir aqui falar de um projecto destes parece ser coisa de loucos! Mas para se criar riqueza (pelo menos honestamente!) tem que se investir e trabalhar muito até se obter o retorno. Sabemos o quanto um grande evento desta natureza poderia ser uma mais-valia para a cidade.
Não se cria uma grande maratona internacional em dois ou três anos, é um trabalho de investimento e paciência e saber ter as pessoas certas no comando projecto.
Aqui fica esta nossa ideia, um tanto ou quanto visionária, mas temos a certeza que é algo que resultaria plenamente embora com muito trabalho e investimento aplicados mas temos gente em Portugal que já demonstrou ser capaz desta hercúlea tarefa, assim haja alguém com visão, e dinheiro, para uma “aventura” desta natureza.
Para finalizar, e não sendo intenção deste texto dar qualquer sugestão sobre do percurso desta eventual maratona mas sim lançar um ideia geral sobre o espírito da mesma, não podemos deixar de afirmar que o nosso sonho é que esta prova tivesse como ponto de partida a Praça do Comércio e a linha de chegada o Castelo de São Jorge! É um sonho que nem sequer sabemos se seria exequível do ponto de vista técnico.
Aqui fica lançada a ideia para dar a Lisboa a maratona que ela merece! Uma maratona com alma verdadeiramente alfacinha!

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*Nota: Este texto é dedicado a um amigo meu, que há uns bons anos comungou comigo o sonho de fazer uma prova de montanha em Lisboa e ao amigo João Lima que me incentivou a publicar no blogue a ideia alinhavada num e-mail trocado entre ambos*

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PARA A HISTORIA DA CORRIDA EM MONTANHA EM PORTUGAL

Para grande satisfação de todos os amantes deste tipo de provas, na actualidade temos em Portugal um bem variado leque de corridas em Montanha para todos os gostos e aptidões físicas.

Da velhinha Manteigas - Penhas Douradas ao Ultra Trail da Serra de Freita vai todo um mundo de propostas aliciantes para os que amam correr em contacto com a natureza e desafiar-se a si próprios em percursos que não há muitos anos seria um “escândalo” serem apresentados como próprios para correr (ainda nos lembramos do tempo em que as organizações ostentavam, orgulhosamente nos panfletos das provas PERCURSO PLANO, como se as subidas fossem um pecado e o planeta terra uma imensa planície!).

Mas se nos últimos anos se deu um forte impulso no aumento das provas de montanha em Portugal; que muitos designam por TRAIL, mas nós, fieis à língua de Camões, chamamos de montanha e nesse termo englobando todas a múltiplas variáveis que este género de competição tem, a magia da corrida em montanha em Portugal começou há muitos anos atrás.

Aquela que é a considerada, muito justamente, a mãe das corridas de montanha em Portugal, o Manteigas – Penhas Douradas, teria a sua primeira edição em 1983. Desafio inusitado e “brutal” para a época de em apenas 12 quilómetros subir de uma altitude de 700 metros para acabar aos 1500 metros. Isto é, subir 800 metros em apenas 12 quilómetros!

Na origem desta prova esteve o, na altura, jovem fundista António Matias, profundo conhecedor da região da Serra da Estrela que depois de participar no mítico Luchon – Súper Luchon, prova de montanha nos Pirenéus organizada pelo saudoso medico e maratonista francês Jaccques Turblin, autor de livros que foram autênticas bíblias para gerações de corredores, veio de lá tão encantado com o novo desafio em que participou que se lançou na aventura de fazer algo semelhante em Manteigas.

Foi um mero e feliz acaso que levou o jovem fundista António Matias a essa prova em França, juntamente com o seu amigo António Correia, mas foi a partir dai que nasceu o seu amor pela montanha, que tanta influência teve na implementação da modalidade em Portugal.

Pese embora no dia a seguir à prova o jovem António Matias tenha escrito num postal enviado a familiares: “é mais fácil de escrever o que não me dói do que o contrário!”, a paixão pela corrida em montanha tinha nascido!

Se o Manteigas – Penhas Douradas foi o começo de tudo, a grande implementação das provas de montanha em Portugal deu-se em 1995 com o nascimento do Terras de Aventura e a elaboração do primeiro circuito de provas de montanha o DESAFIO 95 1ª TROFÉU DE CORRIDA EM MONTANHA.

As imagens que acompanham este texto pertencem a uma pequena brochura onde são apresentadas todas as provas do DESAFIO 96 – 2º TROFÉU DE CORRIDA EM MONTANHA.

Nele se encontra a descrição de cada prova, com todas as indicações referentes às mesmas, incluindo o gráfico com a altimetria, para além do regulamento geral do circuito de montanha.

São onze as provas desse circuito de montanha em 1996 (tivemos a felicidade de correr 10 dessas provas) e onde se encontra a já clássica na altura 12 km Manteigas Penhas – Douradas, o Contra Relógio da Serra de Sintra já com 3 edições, e a Corrida do Monge na sua quarta edição.

A título de curiosidade podemos referir que na altura já havia participação de caminheiros mas eram designados por TURISTAS, à semelhança do que acontecia em provas de montanha no estrangeiro, nomeadamente na Suíça se a memória não nos atraiçoa.

Os “TURISTAS” percorriam percurso alternativos de menor dificuldade e quilometragem, à semelhança do que acontece nos dias de hoje, com excepção da TRANSESTRELA, que era percorrida em duas etapas, repartidas por dois dias em um fim-de-semana, onde a quilometragem e o percurso eram os mesmos.

Nesse ano de 1996 seriam percorridos na TRANSESTRELA cerca de 52 km no somatório das duas etapas (aproximadamente 30 km num dia e os restantes no dia seguinte) pelo que ser TURISTA nessa prova também não era tarefa fácil!

Curiosamente tivemos o prazer de participar como “turista” na primeira edição da TRANSESTRELA em 1995 e como atleta na segunda edição em 1996 e muito francamente nem sabemos qual o ano em que o “empeno” foi maior, mas o prazer que retirámos daquela grande aventura foi igual nos dois anos ou seja enorme!

Aqui fica a nossa modesta contribuição para a história da montanha em Portugal, escrita sem nenhumas pretensões e dentro do que a nossa memória o permite.

Se nunca experimentou correr em montanha venha dai! O único “perigo” que lhe pode acontecer é ficar viciado!










segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CORRIDA DO MONGE – COMUNICADO


Transcrevemos aqui um comunicado da Comissão Técnica de Corrida em Montanha da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada referente à 19ª edição da Corrida do Monge.

Qualquer assunto relacionado com este comunicado deverá ser enviado para a entidade responsável pelo mesmo, razão pela qual este texto não aceita comentários..A classificação da referida prova pode ser consultada aqui.

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COMISSÃO TÉCNICA DE CORRIDA EM MONTANHA

Data: 4.11.2011

Assunto: 19ª CORRIDA DO MONGE – SERRA DE SINTRA

Reunida a Comissão Técnica de Corrida em Montanha da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, para análise dos factos ocorridos na 19ª CORRIDA DO MONGE – SERRA de SINNTRA, disputada no passado dia 30 de Outubro de 2011, deliberou:

a) Considerando que o percurso competitivo estava balizado de acordo com o ponto 10.2.5.,alínea b), do Regulamento de Competições de Corrida em Montanha da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada;

b) Considerando que a Organização da 19ª CORRIDA DO MONGE – SERRA DE SINTRA cumpriu com odisposto no acima referido Regulamento de Competições de Corrida em Montanha no que diz respeito à colocação de marcas indicadoras de quilómetros, desde o km inicial;

c) Considerando que a marca dos 5 km estava colocada, de forma perfeitamente visível, 2 metros após o cruzamento onde parte dos atletas concorrentes tomaram um caminho errado, voltando à esquerda no cruzamento e desprezando essa mesma marca e outras indicadoras do caminho correto;

d) Considerando que um número significativo dos concorrentes à 19ª CORRIDA DO MONGE SERRADE SINTRA cumpriu o trajeto proposto pela Organização, quer os que circulavam nos primeiros lugares bem como os que competiam a meio ou na cauda do pelotão e que, por esse motivo, não deverão ser prejudicados pelo erro, involuntário, ocorrido por parte dos atletas que seguiram marcas erradas nas proximidades dos 5 km de competição.

1 – Decide esta Comissão homologar os resultados registados na meta, sendo atribuído o tempo então registado até ao 119º classificado;

2 – Aos concorrentes chegados após o 119º posto, quer tenham alcançado a meta pelos seus próprios meios quer através dos meios colocados no terreno pela Organização para o resgate dos concorrentes que tomaram uma opção diferente do percurso competitivo, deverá ser atribuída a classificação ex-aequo, não lhes sendo atribuído tempo pela sua participação na 19ª CORRIDA DO MONGE – SERRA DE SINTRA;

3 – Para efeitos do Circuito Nacional de Montanha 2011 serão atribuídos pontos segundo o lugar obtido na classificação geral individual e coletiva. Aos atletas classificados para lá do 119º lugarda geral individual será atribuída a pontuação, ex-aequo, respeitante ao lugar obtido na geral e escalões;

Recomenda ainda esta Comissão que a Organização da 19ª CORRIDA DO MONGE – SERRA DE SINTRA questione as entidades responsáveis pela autorização da realização de eventos desportivos na serra de Sintra quanto à ausência de comunicação junto do organizador, o que permitiu que dois eventos desportivos – Corrida em Montanha e BTT – da responsabilidade de duas entidades diferentes, tivessem lugar, em simultâneo, na mesma área geográfica e utilizando, em parte, os mesmos trilhos, com evidente confusão causada aos participantes de ambos os eventos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

8ª MARATONA DO PORTO

O ÚLTIMO QUILÓMETRO saúda todos aqueles que vão participar na oitava edição da Maratona do Porto, desejando-lhes uma óptima prova.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A MINHA OPINIÃO SOBRE O SUCEDIDO NA 19ª CORRIDA DO MONGE

Aqui fica o que me apraz dizer sobre os tristes acontecimentos ocorridos na 19ª Corrida do Monge, de 30 de Outubro de 2011.
Esta é a minha opinião, meramente pessoal, que apenas tem a legitimidade de ser escrita por um pioneiro na participação em provas de montanha em Portugal, quer como atleta quer como modesto colaborador em organizações das mesmas.
Uma constipação “atirou-me” para os caminheiros na edição deste ano, mas conto festejar a vigésima Corrida do Monge a correr na bela Serra de Sintra e conto com vocês todos para me acompanharam nessa festa!
Jorge Branco
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Tanto quanto me foi possível apurar o que aconteceu foi que os 5 quilómetros da prova coincidiram com a travessia de uma prova de BTT, que partia e chegava de Colares.
Alguns atletas seguiram as fitas do percurso da Corrida do Monge, pois dois ou três metros após o cruzamento onde se deu o engano encontrava-se a placa dos 5 quilómetros.
Infelizmente muitos atletas não viram ou não ligaram à referida placa dos 5 quilómetros, o que é perfeitamente normal, e voltaram à esquerda no referido cruzamento pois o mesmo estava marcado no chão para os praticantes de BTT.
Com toda esta situação estragaram-se duas organizações, pois vários concorrentes da BTT também seguiram as fitas da Corrida do Monge e foram parar ao Rio da Mula e só deram pelo erro quando se depararam com o corta-fogo.
Nas críticas que são feitas ao sucedido ninguém fala nas responsabilidades do Parque Natural Sintra-Cascais, ou das entidades responsáveis pela autorização destes eventos, que devem ter uma efectiva acção de controlo e fiscalização das actividades que se realizam nas áreas debaixo da sua jurisdição, o que não foi o caso.
Não quero com isto dizer que estas entidades sejam responsáveis por verificações de marcações de percurso, como é evidente. Mas são responsáveis pelas autorizações que dão, verificando que eventos se realizam numa determinada data, quais os percursos dos mesmos e evitar que eventos paralelos possam vir a criar problemas como os sucedidos.
Para quem não sabe, a organização deste tipo de eventos carece de autorização por parte de várias entidades e o cumprimento de um determinado número de regras, que têm de ser respeitadas. No caso de se tratar de Parque Natural as exigências ainda são maiores e a obtenção de autorizações mais complicadas.
Não se compreende que quem organiza tenha de cumprir uma série de condicionantes e que quem autoriza não verifique o que autorizou!
Já alguém viu serem autorizadas duas provas de estrada em simultâneo com percursos que se cruzam?! Quando isso aconteceu foi o desastre... e porque uma delas meteu-se “à má fila”.
Soluções para está situação há várias e a primeira, mais segura e mais correcta, passa por não dar autorização a provas em simultâneo em que haja cruzamentos de percursos que possam criar estas situações.
Outra das soluções, é a entidade responsável pela autorização das actividades alertar os organizadores das mesmas para o facto de haver dois eventos em simultâneo, de modo a eles poderem estudar os percursos e precaverem-se contra situações como as tristemente ocorridas no Monge.
O que aconteceu no Monge era muito fácil de ser resolvido e é ridículo estar aqui a apontar soluções quando na organização da prova estava gente com uma experiência enorme na matéria.
Agora, por maior experiencia que tenha uma organização não pode adivinhar da realização de outro evento em simultâneo se não for informado do mesmo.
Nenhuma colectividade, de cariz eminente popular, investe todo o seu trabalho de voluntariado num evento desta natureza para depois ver tudo ser destruído por um acontecimento inesperado e que ultrapassou de todo a organização.
Espero que os corredores compreendam o sucedido e não criminalizem uma organização que de todo não o merece e voltem a estar de novo no Monge, para a vigésima edição daquela que é uma das mais antigas e carismáticas provas de montanha em Portugal. Isto digo eu, como simples praticante e amante da modalidade, que sabe distinguir, julgo eu, o trigo do joio!
Na organização da Corrida do Monge encontra-se gente que vive o amor pela corrida em montanha com ninguém, com décadas de saber e experiência, e que também sofrem quando vêm todo trabalho ruir e quando, ainda para mais, são alvo de críticas que de todo não merecem.