Hoje venho aqui fazer a defesa
duma peça de mobiliário muito mal-amada e da qual muita gente diz cobras e
lagartos: o sofá!
Quando se fala de sofá vem
logo aquela frase: os desportistas de sofá como se o “desgraçado” do sofá
tivesse culpa da ociosidade de algum tipo de gente que não segue aquela máxima
porque sempre me orientei: o desporto é como o sexo, é muito melhor praticar
que ver!
Não o sofá não tem
absolutamente culpa nenhuma e é mesmo uma peça fundamental do treino, pelo
menos do meu treino é!
Se não fosse o sofá, os vários
que já passaram pela minha vida, não teria atingido nada do que consegui na
minha modesta carreira de corredor de fundo!
Eu sou apaixonado pelo sofá!
Treinar bem implica também o repouso.
Sem ciclos de treino intenso seguido de recuperação o treino não é absorvido
pelo corpo e caminha-se para estados de fadiga crónica e para as lesões. É
dentro desta teoria básica, mas fundamental do treino, que entra em cena o meu
amigo sofá!
Há lá coisa melhor que depois
de um daqueles brutos treinos longos, recuperar esticado no sofá a ler um
livro, dormitar ou mesmo ver um qualquer programa de televisão?
Há lá melhor que depois de um
treino longo com chuva, vento e frio recuperarmos no quentinho do nosso sofá a
ouvir a chuva cair lá fora?
E depois de termos feito um
grande prova, conquistado um grande objectivo, há lá coisa melhor que voltar
para o nosso querido sofá? E que bem que lá se está a saborear a nossa vitória!
Posso mesmo dizer que nos
momentos piores e mais difíceis das provas foi a visão, idílica, do meu amigo
sofá que me fez seguir em frente pois sabia que ele estava à minha espera e só
era merecedor dos seu “carinhos” se cortasse aquela meta!
Como já disse atrás eu amo o
sofá e quer afirmá-lo aqui publicamente!
È uma tremenda injustiça o que
dizem dele!