domingo, 28 de dezembro de 2014

QUILÓMETROS OU TEMPO?

Quando começámos a correr, em 1980, como é sabido o GPS não era coisa sequer sonhada e mesmo os relógios com cronómetro ainda estavam muito longe de ser algo banal, e os que havia eram metálicos, pesados e nada amigos da humidade e da chuva (muitas vezes tinham que ser “ressuscitados” com recurso ao ar quente proveniente de um secador de cabelo!).
Quando começámos a correr a melhor e mais exacta medida que tínhamos para medir o treino efectuado era a duração do mesmo em minutos.
Começámos a treinar no Estádio 1º de Maio em Lisboa com o “grande” objectivo de conseguir correr 15 minutos seguidos (!) e com os olhos postos naquele senhor já de uma certa idade (50 e picos anos!) que todos os dias corria a sua horinha no INATEL, o senhor João.
Alcançaríamos os sonhados 15 minutos de corrida continua, festejaríamos a nossa primeira meia hora de corrida, a nossa primeira hora de forma exuberante e um dia até participaríamos numa prova cujo objectivo não era percorrer determinada distância no menor tempo possível mas sim percorrer a maior distância possível em determinado tempo. No caso teríamos 12 horas para percorrer o máximo do quilómetros que fossemos capazes o que no nosso caso pessoal se cifrou nuns simpáticos 101,650 km.
Por tudo isto deste os longínquos anos 80 do século passado que para nós o treino de corrida se cifra em minutos e não em quilómetros. Sempre pensamos em tempo e nunca em quilómetros embora pelo andamento que sabemos que vamos imprimir façamos a correspondência entre quilómetros e tempo.
Antes dos GPS o cálculo dos quilómetros efectuados era algo sempre muito sujeito a erros embora com a prática e o recurso a treinos em pista, a alguns percursos aferidos e a provas, esses erros nos cálculos se fossem reduzindo.
Hoje com o recurso a GPS quando vamos correr uma hora, por exemplo, sabemos com precisão quase perfeita os quilómetros que percorremos nesse intervalo de tempo. Mas fruto de anos a planificar treinos com base na carga horária, a planificar ciclos de treino com base na carga horária, para nós ir correr é sempre ir fazer determinado tempo de corrida e nunca x km embora agora com o recurso ao GPS tal seja possível com uma exactidão que se não ronda os 100% não anda lá longe.
Só um vez por outra quando nos propomos fazer uma corrida mais longa é que determinarmos o treino por quilómetros, se, por exemplo, queremos trabalhar treinos longos de 20 km então é bem possível que usemos o GPS para percorrer essa distância quilométrica com exactidão.
Provavelmente se fossemos da geração que começou a correr com GPS talvez que todo o nosso treino e objectivos tivessem começado em torno dos quilómetros, correr um km seguido, dois quilómetros e por ai fora. Provavelmente hoje quando saíssemos para um treino disséssemos que iríamos correr determinados quilómetros e nunca determinados minutos. Mas a verdade é que nós somos de uma geração em que tudo se centrava em torno do tempo de corrida embora sempre fazendo os cálculos dos quilómetros percorridos nesses espaço de tempo de forma mais ou menos exacta mas sempre sujeita a falhas.
E os leitores deste blogue correm em função do tempo de corrida ou dos quilómetros?

sábado, 27 de dezembro de 2014

PARA BEM DE TODOS

(Retirado do Facebook da Revista Spiridon)

Nota da redacção do UK:
Obviamente que se está a falar em provas de estrada pois em relação aos trilhos a regra de ouro, absolutamente obrigatória, é não deitar nenhuma espécie de lixo para o chão de modo a não poluir a natureza. No trail todos os restos de abastecimentos são transportados por nós até ao próximo posto de controle ou meta! E quem assim não agir não é digno de fazer provas de trail!