quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O FIM DO MUNDO!


Tem-se falado numa profecia Maia que agenda o fim do mundo para 21 de Dezembro de 2012.
Quem se der ao trabalho de pesquisar na Net pode encontrar vários argumentos que deitam por terra esta teoria e apenas a título de exemplo podem clicar aqui.
No nosso ponto de vista não acreditamos que o mundo acabe a 21 de Dezembro e fazemos questão de correr nesse dia! Se o mundo acabar nada melhor que nos finarmos estando a fazer uma das coisas que mais amamos: correr!
Aliás já somos versados em fazer actividades ligadas com a corrida em dia de catástrofes anunciadas!
Em plena década de 80 fomos convidados para ajudar na organização de uma prova no dia em que corria o boato que ia haver um sismo em Lisboa e a prova era precisamente em Lisboa!
Esse boato teve tanta intensidade que a filha de um amigo nosso, com grandes responsabilidades na organização da referida prova, disse ao pai, na sua ingenuidade de criança, querer ir ver o terramoto!
Aí desse lado, quem é que vai correr no dia do Fim do Mundo faz favor de pôr o dedo no ar!
Sabemos que muitos irão participar em mais um edição da São Silvestre Pirata de Monsanto (Lisboa). Um evento sem fins competitivos onde conviver é a palavra de ordem.
Já agora um aparte: aconteça o que acontecer a 21 de Dezembro uma certeza ninguém me tira: nessa data o meu amigo João Lima já será Maratonista!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

RAMPA DO COZIDO

A Rampa do Cozido (Parque Florestal de Monsanto - Lisboa).
Vídeo gentilmente cedido por António Correia.
Para aceder ao vídeo clique aqui.

sábado, 24 de novembro de 2012

OUTROS TEMPOS, OUTRAS MANEIRAS DE ESTAR NA CORRIDA.

Ao ver a maneira como os corredores interagem uns como os outros, a maneira como anda esta corrida, nestes tempos globalizados, nestes tempos da Net, não posso deixar de fazer comparações com a década de 80, quando comecei a minha ligação com a corrida a pé.
Na década de 80 o corredor era um ser muito mais isolado e solitário dentro do mundo da corrida e a informação era muito mais escassa e difícil de obter.
As poucas ligações que havia entre corredores limitavam-se a quem corria através de pequenos clubes ou amizades que se estabeleciam nos locais de treino mais frequentados como (e dando os casos de Lisboa, que era o que eu conhecia) o Estádio Universitário, o Estádio 1º de Maio, do Inatel, e o Estádio Nacional.
As informações mais técnicas sobre corrida, os métodos de treino, as últimas novidades, eram dadas basicamente pela Revista Spiridon que se lia, avidamente, de dois em dois meses. Lá havia uma ou outra troca de conhecimentos com outros corredores, mas como os contactos entres os amantes da corrida eram muito mais escassos a informação circulava muito mais devagar.
Hoje tudo isto mudou radicalmente e com os blogues, Facebook, fóruns e outros suportes que a Net tem. A informação e troca de opiniões entre corredores passou a ser quase instantânea fazendo-se muitas amizades virtuais (e algumas depois tornam-se em grande amizades reais).
Qualquer corredor com um blogue acaba por se tornar assim como quase uma figura pública da corrida e todos sabem a sua forma actual, capacidades atléticas, sonhos e projectos.
Por esta via da Net acaba por haver uma grande solidariedade e troca de experiências e acabamos por dar connosco a abrir, ansiosamente, o blogue daquele amigo (que até podemos não conhecer pessoalmente) para sabermos como lhe correu determinada prova ou o projecto em que estava muito empenhado.
Damos connosco a sentirmos alegria com os sucessos dos outros e tristeza quando as coisas correm menos bem. Acaba por haver toda uma comunidade de corredores que se entreajudam mutuamente.
Estamos convencidos que esta comunidade virtual é muito benéfica para a corrida, que se trocam muito mais facilmente expêriencias e ensinamentos, que os corredores se sentem muito mais apoiados e que em particular é muito mais fácil aos novatos do nosso desporto favorito darem os seus primeiros passos.
Claro que nem tudo é um mar de rosas neste mundo de corredores virtuais: a informação transmitida é muita mas nem sempre tudo o que se transmite tem qualidade e rigor científico e circula muita informação errada. Têm sempre que se comparar as informações transmitidas com a experiência de quem as transmite, de modo a filtrar a informação e saber aproveitar o que é verdadeiramente válido.
Depois não podemos pensar na Net como uma verdadeira panaceia para todos os males, onde se descobre e sabe tudo.
Ainda não há muito tempo chegou-me um mail, meio desesperado, de um atleta veterano que andava com problemas como os seus treinos e não obtinha respostas dos seus colegas de treino que pouco o escutavam e apenas lhe diziam para ir á Net.
Não conhecendo esse amigo pessoalmente (que viu em mim alguém que o poderia eventualmente ajudar devido a coisas que leu escritas por mim) tentei transmitir-lhe alguns conceitos básicos sobre a corrida e o treino dizendo-lhe logo que não era treinador de atletismo, nem nada que se parecesse, e até disponibilizando-me para lhe tentar arranjar uma ajuda de alguém que fosse profissional na matéria.
O certo é que esse amigo descobriu através dos conceitos básicos que lhe transmiti os erros que estava a fazer nos treinos e com a sua correcção os seus problemas começaram a desaparecer!
Esse amigo que me “tocou à porta” teria visto o seu problema resolvido bem mais rapidamente se os amigos dele “perdessem” algum tempo a escutar o seu problema e a ajudar a ver onde estavam os erros no seu treino, em vez de o “despacharem” para a Net, como sendo a solução milagrosa para tudo!
Sim, não podemos pôr de parte o contacto humano e o saber escutar o outro, em troca de um mundo virtual!
Outra coisa que se perde um pouco com os blogues e com o Facebook é uma certa privacidade pessoal, mas na verdade quem quiser continuar a ser um corredor anónimo só tem de não se expor nesses meios.
Pessoalmente confesso que ainda me estou a habituar a essa exposição mediática, que é algo estranha para quem vem dos tempos “obscuros” da década de 80!
Confesso que embora goste dessa exposição e me sinta bem com o carinho com que sou tratado e com os incentivos que recebo, às vezes ainda sinto algumas saudades do tempo em que se ia uma prova e só se era conhecido por um muito escasso grupo de amigos, que por uma ou outra razão se cruzavam com os nossos treinos.
Depois, o acto de expor objectivos publicamente, divulgar todo o trabalho que se tem desenvolvido para os alcançar e depois expor o resultado final ou seja como correu a prova, depende muito da natureza de cada um.
Lembro-me que quando fiz a minha primeira maratona, não disse a ninguém que andava a treinar para esse objectivo.
A nível familiar só o sabia o meu tio Egas, que estava a treinar para o mesmo objectivo, e os amigos, só aqueles que comigo treinavam no Centro de Treino para a Maratona, organizado pela revista Spiridon, estavam a par do meu projecto de correr os 42,195 km.
Sentia-me a treinar para o meu projecto “secreto”, sem perguntas nem pressões.
Lembro-me de chegar a casa depois de concluir a maratona e o meu avô me perguntar: quantos km tinha tido a prova de hoje e lhe ter respondido com a aparente maior das naturalidades (e disfarçando um enorme orgulho): 42,195 km, ao que o meu saudoso avô respondeu: mas isso é a Maratona, és doido!
Se me voltar a nalgum grande projecto a nível da corrida (e essa possibilidade está cada vez mais longe) ele vai ser, novamente, secreto e só anunciado depois de concluído. Enfim, manias!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O SENHOR DIRECTOR


Muitas vezes brinca-se com a imagem do “senhor director” como sendo alguém que pouco ou nada faz e sem grandes competência do ponto de vista profissional.
Dirigir, ou coordenar algo para usarmos um termo mais correcto, é tarefa que implica grandes conhecimentos e uma enorme capacidade no tocante às relações humanas.
Não se pode (ou não se devia) coordenar nenhuma equipe sem se estar perfeitamente dentro de todo o trabalho que essa equipe desenvolve e sem ter um grande capacidade para gerir recursos humanos.
Dirigir não é mandar cegamente mas sim saber, também, escutar toda um equipe e em conjunto encontrar as melhores soluções para um trabalho mais produtivo.,
Infelizmente a imagem dada por muitos maus profissionais colou-se com a figura do “senhor director” mas há directores nas mais variadas áreas que são profissionais muito competentes, empenhados e trabalhadores.
Nas nossas provas, que tanto gostamos de correr fim-de-semana após fim-de-semana, também temos a figura do director ou seja aquele que é responsável por toda a equipe técnica de uma prova. Se quisermos também podemos dar-lhes um nome mais pomposo e chamar-lhe o director técnico (nome usado nas grandes organizações).
Ser director de uma prova pode variar muito em função da dimensão da mesma: podemos ter o director de uma pequena prova que é um autêntico “faz tudo” e até o vermos a acartar grades para montar o “funil”, ou o director de uma grande prova em que ai o trabalho é efectivamente mais de coordenação de toda uma vasta equipa.
Mas seja de uma grande e profissional prova ou de uma pequena organização de um clube local os directores de provas, no que concerne à corrida, tem que ser gente com uma grande capacidade de trabalho, não terem problemas em exercerem a sua actividade sobre forte pressão, serem o mais possíveis imunes ao stress, terem um elevada dose de sangue frio perante problemas inesperados e de última hora que possam surgir e contarem com uma boa capacidade de improviso para resolverem, em cima do acontecimento, qualquer contra tempo que se lhes atravesse no caminho.
Quem está a ler estas linhas e nunca colaborou na organização de uma prova pode achar estranho e exagerado o que aqui escrevemos mas quem já esteve do outro lado do “palco” sabe do que falamos!
Coordenar a organização de uma prova exige tudo o que aqui referimos atrás.
Ao longo de todos estes anos que levamos de ligação com a corrida já a assistimos (ou soubemos) das mais inusitadas situações que só não causaram grandes prejuízos no decorrer de uma prova precisamente porque na coordenação da mesma estava gente com uma capacidade e experiencia enorme para resolver os problemas surgidos.
E mesmo quando não se consegue resolver de todo uma situação tem que se ter a capacidade de não entrar em desespero, ver as coisas pelo lado do mal menor e levantar a cabeça.
Este texto é a nossa homenagem a quem coordena provas, sejam elas da que dimensões forem, a nossa homenagem aos directores das provas.
Normalmente os directores das provas só são lembrados quando algo corre mal (na maioria das vezes até sem culpa dos mesmos) mas ninguém se lembra deles na centenas e centenas de provas que se vão realizando e em que ninguém tem razões de queixa.
As três fotos que ilustram este texto mostram, precisamente, três directores de provas de dimensão radicalmente diferente, no exercido das suas funções:
O Professor Mário Machado de olhar atento na chegadas dos atletas (e pelo relógio pode ver-se que o primeiro já tinha chegado há muito tempo...) numa das edições da Meia Maratona de Lisboa, Professor António Matias, do Terras de Aventura, antes de mais uma Corrida do Monge a trabalhar numa “secretária” improvisada e Fernando Andrade a correr ao meu lado mas nas suas funções de director da segunda mais antiga meia maratona Portuguesa, São João das Lampas.
A escolha destas fotos prendeu-se apenas com o facto de elas fazerem parte do nosso arquivo e serem ilustrativas do texto aqui escrito. São estes os rostos que aqui representam todos os directores de provas em Portugal mas poderiam ser outros.

 
  

terça-feira, 13 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

FILMES DE ANTÓNIO CORREIA NA MARATONA DO CÍRCULO POLAR ÁRCTICO


Uma selecção de imagens capturadas por António Correia (ao qual agradecemos o ter-nos enviado estes vídeos) durante a sua recente participação na edição de 2012 da Maratona do Círculo Polar Árctico, em Kangerlussuaq, Gronelândia.







terça-feira, 6 de novembro de 2012

9ª. MARATONA DO PORTO – Por António Belo


     No passado dia 28 de Outubro, depois do interregno de 4 anos, voltei a alinhar na maratona do Porto. Para quem já completou mais de meia centena, poderia ser apenas mais uma, mas, apesar da experiência acumulada, as provas, principalmente as mais longas, têm sempre algo de novo, se não for o percurso será a meteorologia ou qualquer outro pormenor.
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     A lista de inscritos, pela primeira vez em Portugal, rondava os dois milhares e a feira, instalada no edifício da Alfândega, estava bem composta, quer de locais de venda e divulgação quer de visitantes, embora a hora a que cheguei já se aproximasse do fecho. Mesmo assim, ainda tive oportunidade de subir ao piso 2 para apreciar a interpretação de 3 fados, numa sala que merecia estar mais composta. Parece que passamos um pouco ao lado destas importantes “ofertas”.
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     Vamos à corrida! A manhã fresca, embora ventosa, não arrefecia os ânimos dos que se propunham palmilhar 15 ou 42 kms, pois o local de partida, junto ao pavilhão Rosa Mota, só não contemplava a caminhada de 6 kms.
A parte inicial já era conhecida, passagem pela Rotunda da Boavista e Avenida até ao Castelo do Queijo (Praça Gonçalves Zarco), virando à direita em direcção a Matosinhos, percurso novo e com algum empedrado, regressando, pelas mesmas ruas, à referida praça, onde os participantes da Corrida da Família viraram à esquerda, enquanto os da maratona seguiram em direcção à ponte D. Luís, passando junto aos restaurantes da Ribeira. Na outra banda, sempre junto ao rio, ida e volta até à Afurada, também ali com o menos agradável empedrado. No regresso ao Porto, na saída da ponte, um desvio rumo ao Freixo e regresso em direcção à meta instalada no Parque da Cidade.
Neste percurso de ida e volta, que desagrada a alguns dos participantes, só não se repetiu a zona da Ribeira mais chegada ao rio.
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     Os tempos obtidos não foram os melhores, pois o vento, de frente e de lado (quando está pelas costas não se dá por ele!) sempre teve alguma influência. Mas é assim, a beleza dos caminhos junto ao mar e ao rio, requer algo em troca. 
    O número de atletas que cortaram a linha de chegada (1668) foi, mais uma vez, o mais elevado em maratonas realizadas entre nós.
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    Como o tempo registado teve em consideração o relógio, e não o “chip”, gastei 3 horas e 22 minutos daquela bonita manhã para concluir a maratona, enquanto o vencedor necessitou, apenas, de 2 horas, 12 minutos e 14 segundos.
Foi mais uma agradável jornada desportiva, onde não faltou alguma animação musical, ao longo do percurso, quer através de grupos ou de simples aparelhagens.  
     Os abastecimentos, pela minha zona, estiveram à altura, não só em quantidade como em variedade, o mesmo não acontecendo com os que correram na casa das 5 horas, onde a água, tão preciosa, aos 25 kms, já não estava disponível.   
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    Os aplausos da assistência limitaram-se quase exclusivamente, como é hábito entre nós, aos familiares dos participantes e aos atletas que optaram por ficar de fora, ainda assim, a zona da meta apresentava um “funil” de gente entusiasmada, certamente os participantes na caminhada e corrida da família, que não se cansou de aplaudir quem já estava a escassos metros do objectivo. 
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De louvar, sempre, que uma instituição de solidariedade social (ADFA) foi contemplada com 50 cêntimos de cada inscrição!
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      Apesar das pequenas falhas, a corrigir em 2013, aqui ficam os parabéns à organização.

domingo, 4 de novembro de 2012

O SABOR DA FRATERNIDADE


Depois de um raio ter inutilizado aqui o computador portátil da “redacção” do Último Quilómetro e do nosso computador de secretaria começar a avariar ao ponto de qualquer tarefa, das mais simples mesmo, implicasse uma autêntica guerra de nervos a situação começou a ficar mesmo “preta” aqui na redacção.
Os “cortes orçamentais” inviabilizavam a compra de uma nova maquina, o conserto do portátil foi orçado num valor que para além de sair totalmente fora das nossas possibilidades nem sequer era compensatório tendo em conta o preço de um equipamento novo.
A reparação do fixo (que já conta quase dez anos de bons serviços prestados) implicava a remoção do mesmo e ficarmos privados de meios informáticos por tempo indeterminado.
Estávamos nós neste impasse, e tento cada vez mais dificuldade em desenvolver qualquer trabalho que implicasse o uso do computador, quando nos bateu à porta a solidariedade!
Nestes tempos conturbados e egoístas temos de confessar que ficamos espantados quando a solidariedade nos entrou pela redacção a dentro sorridente e fraterna.
Agora e graças a uma daqueles amigos que como cantava o Zeca Afonso são AMIGOS MAIORES QUE O PENSAMENTO temos aqui um computador montado por alguém que entendendo do assunto e com muito engenho e fraternidade nós consegui arranjar uma máquina em que tudo flui com tanta naturalidade que até estranhamos.
Não agradecemos porque as coisas melhores da vida como a solidariedade, a fraternidade ou o amor não se agradecem, retribuírem-se!