segunda-feira, 28 de março de 2011

MOMENTOS “DRAMÁTICOS”


Quem anda nisto da Corrida apenas como participante nas provas, nunca tendo dado uma mãozinha nos bastidores da sua organização, nem imagina o que isso é e as aflições por que se passa às vezes, devido a situações completamente inesperadas. Ficam aqui exemplos de histórias trágico cómicas, mas que na altura não tiverem assim tanta graça!
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Quando começámos a participar em provas o abastecimento era dado em copos de plástico, depois veio a era das garrafas. “Escalados” para ajudar no abastecimento de uma maratona, o esquema que estava montado era um restaurante junto do abastecimento a fornecer a água para esse mesmo abastecimento. Tal tinha sido combinado previamente com o dono do restaurante. Naqueles tempos não havia cá essa “coisa” das bebidas isotónicas! Água torneira, copos de plástico e pronto! O que aconteceu foi o restaurante não abrir e termos que ir buscar água, já nem sei onde, com um “jericam”, e rapidamente antes que começassem a passar os corredores! .
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Depois vieram as garrafas de plástico mas não se davam fechadas aos atletas. Tinham que se entregar já abertas! Então, igualmente numa maratona, as garrafas que estavam no abastecimento pelo qual éramos responsáveis pura e simplesmente não se conseguiam abrir! Ainda hoje estamos para saber se o patrocinador resolveu despachar algum lote de garrafas defeituosas! Depois de algumas unhas partidas e grande aflição, acabámos por usar uma chave do carro para abrir as garrafas! E no final, ficávamos também com as mãos cheias de unhadas dos atletas, na sua ânsia de obterem o precioso liquido!
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A meta tinha um pórtico, em que a estrutura era feita com andaimes de modo a que os atletas passassem por baixo e por cima havia uma plataforma onde se encontravam os cronometristas (ainda não havia chips, nem informática!). Na edição do ano anterior, isto funcionou perfeitamente e a tal estrutura foi montada apenas por um técnico com ajuda de um colaborador da organização. No ano seguinte os técnicos que vieram montar a tal estrutura pura e simplesmente não se entenderam com aquilo e deixaram a mesma pessimamente mal montada, em equilíbrio precário sem qualquer hipótese de ser usada! Teve que se meter o pórtico da meta para o lado e usar um automóvel com os cronometristas sentados no tejadilho! .
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Uma vez houve um carro da organização que teve um furo em plena maratona e outro (igualmente numa maratona) que partiu a caixa de velocidades! Na substituição do pneu batemos o recorde de rapidez, digno de mecânicos da Fórmula Um!

Enfim alguns episódios que são bem o espelho das múltiplas coisas que podem acontecer na organização de uma prova e que são de todo incontroláveis por mais cuidados que se tenham. Por isso fazemos sempre uma crítica com espírito construtivo quando avaliamos a organização de uma prova. É que conhecemos o outro lado, o cansativo, mas também fascinante, dos bastidores!

quarta-feira, 23 de março de 2011

PETIÇÃO ALBERTINA DIAS REENVIADA COM 2513 ASSINATURA

*Original deste texto no blogue JoaoLima.net*

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A Petição Albertina Dias foi hoje reenviada aos seus destinatários, agora já com 2.513 assinaturas, após ter sido enviada pela primeira vez há 2 semanas exactas (ler artigo aqui).
Como não foi recebida qualquer resposta de qualquer das entidades, o que julgamos ser de elementar justiça pelo elevado número de signatários, foi assim reenviada.
Como habitualmente, mal haja qualquer informação relevante será de imediato publicada aqui e no blog
JoaoLima.net

terça-feira, 22 de março de 2011

“A PONTE A PÉ”


A PONTE É NOSSA!
Com este título a Spiridon, nr. 23, de Julho / Agosto de 1982, iniciava a reportagem sobre a primeira prova que teve como cenário a travessia da Ponte 25 de Abril.
Uma organização conjunta do Ginásio Clube Português e da Revista Spiridon, que levou 1706 atletas a fazerem parte da história da corrida em Portugal, ao serem os primeiros a atravessar a “ponte á pé”.
Dezasseis anos após a sua construção a ponte abriria as suas “portas” aos atletas.
Não foi um caminho fácil de percorrer até ser obtida a autorização para a realização da prova, o que só aconteceu escassas semanas antes da realização da mesma, obrigando a organização a um trabalho “relâmpago”.
Mas foi a tenacidade desses pioneiros que permitiu dizer “a ponte é nossa” e lançar a pequena semente que germinaria na magnífica meia maratona, e caminhada, que tem com cenário a Ponte 25 de Abril nos dias de hoje.
O Último Quilómetro orgulha-se de ter estado entre esses 1706 pioneiros que atravessaram a ponte a correr nesse dia 20 de Junho de 1982.

CTT Prova de Deficientes Motores em Cadeira de Rodas


Noticia divulgada pela ANARC - Associação Nacional de Atletismo em Cadeira de Rodas.
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Realizou-se no passado dia 20 de Março a 21.ª edição da Meia Maratona Internacional de Lisboa, prova competitiva e considerada a prova mais rápida de Portugal nesta distância (21.097 metros), com partida em Algés e meta em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém.
A prova “CTT prova de deficientes motores em cadeira de rodas”, contou com 30 atletas de vários países. Esta prova é autorizada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes Motores (ANDDEMOT), estando por isso incluída no seu calendário nacional.
A ANACR, esteve presente com 3 atletas, no escalão masculino, escalão esse que mais uma vez foi ganho pelo Suíço Marcel Hug, com o tempo de 45’13, seguido do Francês Alain Fuss, com mais 1 segundo e a encerrar o pódio um português, Alberto Baptista, com o tempo 48’03.
No sector feminino as 3 primeiras foram atletas suíças sendo que a mais rápida foi Sandra Graf, com 51’17, em segundo lugar Manuela Schar, com 53’47 e em terceiro Sandra Hager, com 1h00’21.
Os atletas da ANACR, foram três: Alexandrino Silva, a quem uma vez o azar lhe bateu à porta quando à passagem pelo paralelo se envolveu num choque com outro atleta tendo que parar para desprender as cadeiras que após o embate ficaram presas, fazendo assim perder algum tempo a ambos os atletas, mesmo assim o Alexandrino conclui a prova com o tempo 48’23 6º lugar da geral, 2º melhor português, Mário Trindade, terminou com 1h17’15, e Helder Fernandes, com o tempo de 1h21’14.
Para ver as fotos da prova visite o site: AMMAGAZINE.COM
Para consultar as clasificações visite o site da ANACR

domingo, 20 de março de 2011

PROFESSOR MÁRIO MACHADO – O AMIGO DOS CORREDORES


O homem que vê nesta foto, de olhar atento à passagem dos atletas, é uma figura sobejamente conhecida de todos os corredores: Professor Mário Machado, director da Revista Spiridon, aqui na função de director técnico da Meia Maratona de Lisboa.
Como se pode ver pelo relógio o primeiro já tinha passado há muito tempo mas o Professor continua no seu posto de olhar atento a todo o bom desenrolar da prova.
Este homem, avesso a protagonismo, é sem sombra de dúvidas o maior responsável por todo o desenvolvimento que a corrida teve em Portugal até aos dias de hoje.
Figura reconhecida a nível internacional, director técnico de uma das melhores meias maratonas do mundo, precisamente a de Lisboa, técnico de atletismo de grande gabarito, o Professor Mário Machado é antes de mais um amigo dos corredores, quer eles sejam grandes atletas de topo ou simples corredores de fim pelotão.
O Professor mantém toda a atenção na prova com o mesmo empenho que há mais de 30 anos divulga a corrida para todos, com o mesmo empenho que passou noites em claro a fazer dorsais à mão ou a cortar quadrados de esponjas quando organizar uma prova ainda era uma grande aventura.
Hoje estando em funções numa das meias maratonas mais prestigiadas a nível mundial, amanhã podendo estar a ajudar na mais modesta e humilde das provas, a sua atitude será a mesma: respeito pelos atletas e empenho para que tudo corra bem do primeiro ao último classificado.
Como já dissemos este homem é avesso a protagonismos e exposições mediáticas, tememos até que se melindre connosco por o trazermos para a ribalta e o colocarmos na boca de cena. Mas estamos tão fartos de ver incompetentes chegarem-se a frente, porem-se em bicos dos pés e colher os louros que não merecem, que não resistimos e arriscamos a escrever este texto.
Afinal escrever, como correr são actos carregados de emotividade e por vezes alguma emotividade tem que transbordar para o papel.
Senhor Professor, o Último Quilómetro pede-lhe desculpa mas hoje deixamos as luzes da ribalta para si!
FOTO EVB/UK

NA MAIS BELA MEIA MARATONA DO MUNDO!


Egas Branco
Fotos

sexta-feira, 18 de março de 2011

AMIGOS NA FEIRA DESPORTIVA DA MEIA MARATONA DE LISBOA.


JOAQUIM ADELINO – OS SONHOS ADIADOS

Com o título de OS SONHOS IMPOSSÍVEIS, Joaquim Adelino dava conta, no seu blogue, do grave problema de saúde que atravessa e que o impossibilita de participar em mais provas este ano.
Quando nos aventurámos a criar um blogue sobre a corrida nada entendíamos sobre o assunto e estávamos longe de sonhar que a “Blogosfera Corredora” é uma família fraterna de amigos, em que todos se preocupam uns com os outros.
Mesmo não conhecendo muita gente pessoalmente, acabamos por nos conhecer através do que cada um escreve nos respectivos blogues e sentimos as alegrias, tristezas e problemas de cada um como sendo também um pouco nossas.
Foi a coisa mais bonita que nos trouxe a feitura deste blogue: o conhecer uma série de amigos e fazermos parte desta grande família.
O Joaquim Adelino é um daqueles amigos que tivemos o prazer, e a honra, de conhecer pessoalmente e com o qual nos identificamos muito, não só pela sua postura desportiva, como pela sua maneira de encarar e estar na vida, que se assemelham muito com a nossa.
Nesta hora de infortúnio do grande amigo Joaquim Adelino não podíamos deixar de vir aqui dar-lhe um grande, solidário e fraternal abraço.
Amigo Joaquim Adelino ao contrário do que escreveu no título do seu texto não são sonhos impossíveis mas sim sonhos adiados!
FORÇA COMPANHEIRO!

segunda-feira, 14 de março de 2011

O CORREDOR DE PROXIMIDADE


Muito se tem falado no policiamento de proximidade, o policia que faz o giro pelo bairro conhecendo, melhor que ninguém, a realidade em que se movimenta.
Também podemos dizer que a nível da estrutura governativa as autarquias exercem um poder de proximidade.
São as Juntas de Freguesia que se encontram mais perto do cidadão e que melhor conhecem os problemas e anseios de uma comunidade.
Então nas pequenas localidades isso é notório. Todos conhecem o presidente da Junta e o abordam, sempre que necessário, na rua no café ou até lhe vão bater a porta de casa!
Infelizmente as autarquias tem cada vez menos competências e capacidades e possibilidades de intervir em muitas das questões que afectam os munícipes.
Igualmente preocupante é o facto de quererem reduzir as Juntas de Freguesia a coberto não se sabe bem de quê a não ser que o esvaziamento do poder local interesse aqueles que menos se preocupam com os problemas e anseios das populações mas que tem sempre a boca cheia de palavras bonitas como democracia, ou regionalização
Nas pequenas localidades do interior as pessoas tem cada vez menos serviços, reduziram os correios, os transportes são escassos ou praticante inexistentes, o acesso a saúde é cada vez mais uma miragem, qualquer serviço se encontra longe e as Juntas de Freguesia acabam por ser o único elo de ligação e apoio de uma população muitas vezes envelhecida!
Mas o que é que tudo isto tem ver com a corrida e com o titulo tão estranho deste texto?
Acontece que depois de viver e treinar na cidade grande (Lisboa) “exilei-me” numa simpática vila Ribatejana onde vivo há mais de 20 anos.
Aqui considero-me um “corredor de proximidade”.
Um corredor de proximidade porque só conhecido pelos vizinhos, sou interpelado durante o treino com comentários de incentivo, muitos vezes tratando-me pelo nome.
Correr aqui para alem de ser muito bom em termos ambientais e de percursos de treino é algo completamente diferente em termos de calor humano se comparado com o corredor anónimo que percorre as ruas de qualquer grande cidade.
Tem um sabor especial ser saudado por um grupo de trabalhadores agrícolas que. por breves instantes, deixam de lado o seu trabalho para olharem o corredor que passa e um deles um gritar. Aperta contigo Jorge!
Tem outro sabor e outra cor no final de um treino ser saudade por um velho amigo que andou comigo ao colo, na minha infância: Eh campeão!
É por tudo isto, e muito mais, que me considero um corredor de proximidade.
Um corredor inserido na sua comunidade, conhecido e estimado, que mesmo correndo sempre sozinho se sente sempre acompanhado.
É por tudo isto que me considero um filho adoptivo da Lezíria Ribateja e aqui venho deixar um abraço fraternal a esta terra e suas gentes que conheço desde a minha infância e onde me consigo sentir tão livre e feliz.

quinta-feira, 10 de março de 2011

PETIÇÃO POR ALBERTINA DIAS ENTREGUE

Foi ontem entregue a petição por Albertina Dias, com 2096 assinaturas (e continuam a afluir os que dão o nome a esta causa).
Em face de tão expressiva manifestação de solidariedade constatamos que os atletas não esquecem os seus campeões mas que também foi conseguido sensibilizar outros sectores da sociedade, não ligados ao atletismo, para esta justa causa.
Como já afirmámos daremos aqui todas a informações sobre as respostas que esta petição terá por parte das entidades oficiais.
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Entretanto deixamos aqui um excerto de uma notícia publicada no blogue JoãoLima.net:
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Para já, há a notícia que a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto assinou na semana passada um contrato com 34 antigos atletas de alto rendimento (onde se inclui a Albertina), os quais irão receber a partir de Abril, e durante 4 anos, um subsidio de reintegração de 687 euros.
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Este subsidio estava previsto desde 1993 mas só agora viu a luz (!) e destina-se a quem permaneceu um mínimo de 12 anos no alto rendimento.
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Recorde-se que os atletas de alta competição, para lograrem uma carreira que possibilite os resultados que alcançam, perdem os anos onde se consolida um emprego, daí a necessidade de reintegração, que vem, segundo palavras de Laurentino Dias, restituir a dignidade e fazer justiça.
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Este subsidio já é uma ajuda mas, recorde-se, o que Albertina Dias quer é trabalhar, pois ela sempre foi uma mulher de nunca virar a cara à luta."
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Julgamos que este subsídio é de toda a justiça mas achamos que o mais importante é ajudar na integração dos atletas numa carreira profissional, onde possam ser aproveitadas as competências que tiveram como atletas de topo. No fundo o que Albertina Dias quer é tão-somente um trabalho digno, onde todo o seu brilhante passado desportivo e a sua experiência sejam valorizados e utilizados em prol da comunidade.

terça-feira, 8 de março de 2011

DUAS MIL ASSINATURAS SOLIDÁRIAS, POR ALBERTINA DIAS


Ao serem ultrapassadas as duas mil assinaturas na petição de solidariedade com Albertina Dias, o “Último Quilómetro” quer agradecer a todos os que deram o nome por esta justa causa e colaboraram na sua divulgação.
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O nosso sincero agradecimento a cada um dos que assinaram a petição e a divulgaram.
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Uma saudação muito especial ao João Lima do blogue “
JoãoLima.net” que foi o autor da petição e connosco embarcou, desde a primeira hora, nesta causa solidária com um generoso empenho.
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Um agradecimento profundo ao site “
Correr Por Prazer”, a “Atletismo Magazine Modalidades Amadoras”, à revista Spiridon e ao “Fórum do Mundo Corrida”, por terem contribuído, empenhadamente, na divulgação desta causa.
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Atingidas as duas mil assinaturas julgamos que é chegada a hora de enviar a petição às entidades a quem a mesma se dirige (Federação Portuguesa de Atletismo, Instituto do Desporto de Portugal, Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto).
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Mas não vamos adormecer sobre esta causa: aguardaremos a resposta das entidades envolvidas, tentaremos saber junto de Albertina Dias o evoluir, real, da situação e só descansaremos quando for feita justiça para com esta grande campeã.
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A todos os que deram o nome por esta causa prometemos mantê-los informados através deste blogue e de outros que colaboram com esta causa.
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Entretanto a
petição contínua disponível para ser divulgada, assinada e crescer ainda mais.

terça-feira, 1 de março de 2011

MAIS DE MIL ASSINATURAS DE SOLIDARIEDADE COM ALBERTINA DIAS


A petição Albertina Dias, já ultrapassou as mil assinaturas.
A força desta petição traduz a justeza da mesma e que os Portugueses não esquecem os seus antigos campeões, exigindo que sejam tratados com a mesma dignidade com que representaram Portugal.
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Para lerem, assinarem e divulgarem a petição cliquem aqui.
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Se quiserem ver, ou rever, como Albertina Dias se sagrou Campeã Mundial de Corta Mato em 1993, acedam ao blogue JoãoLima.net