segunda-feira, 23 de março de 2015

Rock'n'Roll VODAFONE Meia Maratona RTP prova CTT Deficientes Motores em Cadeira de Rodas

Notícia ANACR
VÍDEOS UK / Egas Branco
Rock'n'Roll VODAFONE Meia Maratona RTP prova CTT Deficientes Motores em Cadeira de Rodas

Alexandrino Silva melhor Português.

Realizou-se ontem mais uma edição da Rock'n'Roll VODAFONE Meia Maratona RTP prova CTT Deficientes Motores em Cadeira de Rodas, onde estiveram presentes 17 atletas, dos quais 9 eram Portugueses.


O atleta Alexandrino Silva da ANACR, foi o português mais rápido, concluindo a distância em 51'48, ficando em 5º lugar da classificação geral.

A prova foi ganha pelo atleta Espanhol Rafael Botello, que terminou com 47'39, o segundo lugar foi também para outro atleta Espanhol, Jordi Madera com o tempo de 47'40, a fechar o pódio ficou o atleta Suíço Tobias Lötscher, com o tempo de 48'02.

Na classe T52, o mais rápido foi o presidente da ANACR, Mário Trindade, que completou a distância em 1h15'04, Hélder Mestre, também atleta da ANACR, completou a prova com 1h33'36.

Classificações clique aqui

domingo, 22 de março de 2015

sexta-feira, 20 de março de 2015

VIP’S

Sabemos que anda para ai uma muito falada bolsa VIP que tem algo a ver com finanças e com aquela frase de um livro, muito célebre, de George Orwell: todos os animais são iguais mas uns são mais iguais que os outros.
Confessamos a nossa ignorância em VIP’S que é coisa nunca fomos nem temos pretensão a ser.
Mas “prontos”, se nunca fomos VIP já fomos o NÚMERO UM, como atesta a foto que ilustra este texto.
Era o tempo em que “um bando de malucos” começou a correr por caminhos “impróprios” para tal prática numa actividade que chamava na altura de Provas de Montanha e hoje se designa por Trail, nuns quantos coices à língua de Camões.
Era o tempo da descoberta, despreocupada, das montanhas para correr, de outros desafios que não o cinzentismo da estrada sempre igual, da descoberta do correr em comunhão com a natureza enfrentando os desafios que ela nos oferece.
Uns tempos tão despreocupados que a amizade de um organizador até permitiu transformar um modesto corredor de pelotão no número um, num misto de brincadeira e fraternidade.
Deve ter sido das raras provas em que o primeiro chegou em último!
Mas já fui o número um!

Na foto antes da partida da 2º edição do Cross da Serra do Açor, na Aldeia do Piódão, em 4 de Maio de 1997.

terça-feira, 17 de março de 2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

CARLA ANDRÉ

Carla André na SIC no passado dia 5. 



sábado, 7 de março de 2015

PEQUENAS “TRAGÉDIAS” DE UMA PRIMAVERA ANUNCIADA!

Na semana que está prestes a findar já cheira a primavera por estas bandas ribatejanas. Dias límpidos de sol e céu azul, temperaturas que já sobem a valores muito agradáveis para quem veio de um inverno particularmente frio e mesmo o arrefecimento nocturno passou para valores muito mais aceitáveis.
Os 11 graus que tem feito de temperatura mínima, por estes dias fez-me ir buscar os calções, encostar as luvas, gorro e corta-vento às “boxes”.
Camisola de manga curta, camisola de manga comprida, calções e siga umas corridinhas (outros tempos, outra idade e outro andamento daria mesmo para correr equipado como no verão!).
Hoje levanto-me para mais uma corridinha. No programa uns miseráveis quarenta minutos, bem calminhos, que amanhã é dia de passeio maior!
Dia de sol, pássaros a cantar, tudo normal mas, eh lá!, parece que está mais fresco.
Oiço o noticiário das 7 da matina na rádio: 9 graus em Lisboa, ora isso deve dar aqui uns 7 numa conversão prática mas nem sempre muito certa.
Lá vou eu para os 40 minutos campestres mas... e com que roupa?
Bolas, vou manter o mesmo equipamento! A primavera está a bater à porta e não quero andar para trás em termos de roupa!
Sim, pronto sinto algum fresco nas pernas mas a coisa faz-se.
Mas... e as mãos? Pois... e a mãos!
Começam a gelar-me as mãos. Lá vou abrindo e fechando os dedos para ver se a situação melhorava. São 40 minutos, não deve haver azar  de maior!
Não, não deve haver azar de maior, que ideia!
Começo a ter dores enormes nas mãos, a ficar com as mesmas dormentes, a lembrar-me do Filipe Torres nos Abutres (ora toma para não seres parvo, aqui tens uma pequena amostra do que ele passou!).
Lembro-me da “técnica”, de emergência, do Carlos Cardoso e começo a correr com as mãos nas nádegas (pois, vão se rindo!). Mas o estradão de terra batida está mais um “buracão” de terra batida, cheio de regos de tractores, altos e baixos, buracos e até numa zona despejaram entulho das obras, enfim faz-me falta pelo menos um braço para manter o equilíbrio enquanto corro! Então corro à vez com uma mão nas nádegas, debaixo dos calções, mas não por muito tempo que aquilo não dá jeito nenhum!
Entretanto mudo de direcção e passo a apanhar com um vento bem fresquinho de frente e as mãos meio roxas, a doerem que se farta, e como que encortiçadas!
Começo a temer não ter sensibilidade suficiente, nem força nas mãos, para abrir o portão da minha casa no regresso.
Mudo novamente de direcção, deixo de ter o vento de frente, tenho até algum calor a nível do tronco e das pernas, as mãos melhoram ligeiramente mas estão longe, muito longe mesmo, de estarem bem!
Lá chego a casa, consigo entrar na mesma (!), visto rapidamente um velho blusão que deixo sempre pendurado à entrada do portão nos dias frios e meto as mãos nos bolsos.
Desta já me safei ou talvez não!
O começo do duche quentinho é uma tortura! Com a reacção ao calor da água a mãos ainda doem mais, dá uma comichão enorme, e a sensibilidade é quase inexistente! Pegar no frasco do champô é uma tarefa complicada e usar o sabonete nem se fala!
E como uma “desgraça” nunca vem só o sabonete já só é um pedaço pequenino que custa imenso a agarrar com os dois cepos que tenho no lugar das mãos! E ir ao armário buscar um sabonete novo e desembrulhar o mesmo é tarefa impossível de se fazer naquele estado.
Mas a poder de água quente lá se recuperam umas mãos “normais” e tudo entra nos eixos!

Nunca tive tantas saudades de umas luvas!

segunda-feira, 2 de março de 2015

TELEMÓVEIS, CORRIDA E SOCIEDADE

O telemóvel é algo cada vez mais presente na nossa sociedade, e não falamos em mundo porque há povos que estão a anos-luz, para não dizer séculos, da nossa forma de vida num mundo tão globalizado mas com tantas, e gritantes, diferenças.
O telemóvel mais que aquele aparelho maravilhoso que nos permitia estar contactável em todo o lado, libertando-nos das grilhetas do telefone fixo, tornou-se num autêntico faz tudo, sendo indispensável à nossa vida diária.
Mas quando falamos em indispensável voltamos ao início deste texto pois povos há que desconhecem por completo o telemóvel e muitos outros conceitos do mundo civilizado até, pasme-se, o dinheiro e conseguem viver sem todas essas coisas consideradas como dados adquiridos no, pretensamente, mundo civilizado. Provavelmente até vivem mais felizes, mais em harmonia com a natureza e numa sociedade mais justa que a nossa mas isto é outra conversa.
Mas se o telemóvel nos veio libertar das amarras do telefone fixo por um lado, veio-nos prender por outro! O normal para início de qualquer conversa para telemóvel não é o como estás mas sim o onde estás!
Parece que deixamos de ter vida própria e somos obrigados a estar sempre contactáveis em qualquer lugar, a qualquer hora.
Confessamos que sempre nos fez confusão aquelas pessoas que expõem toda a intimidade da sua vida em grandes, prolongadas e sonoras conversas em transportes públicos, em restaurantes e sem contar com a tremenda falta de educação que é atender os telemóveis em cinemas, teatros, concertos, etc.
No uso que fazemos do telemóvel temos sempre o cuidado de quando queremos ter uma conversa mais prolongada e pessoal faze-lo quando a pessoa está no recato da sua casa e no restante o telemóvel serve para recados urgentes e rápidos em que é mesmo vantajoso poder contactar a pessoa em qualquer lado.
Também na corrida o telemóvel veio revolucionar tudo, para já com as suas funções “faz tudo” pode ser usado para ouvir musica, controlar o treino, fazer fotos e vídeos etc.
Temos que admitir que a nível da segurança, quer em treinos em locais mais inóspitos e complicados, quer em provas de trail longo (em muitas o seu uso já é obrigatório) o telemóvel faz toda a diferença. Também admitimos que receber e responder a mensagens de amigos em trails longos, e mesmo fazer uma ou outra chamada, pode ajudar muito a vencer a dureza dos trails e a reduzir a angústia de quem está preocupado com a forma como se está a desenrolar a nossa prestação e se estamos em segurança. Quanto à capacidade de tirar belas fotos e vídeos é algo de que gostamos muito pois sem isso não teríamos a blogosfera corredora cheia de relatos de grandes provas de trail, acompanhadas de belas fotos (pese embora uma pequena máquina digital represente um peso quase insignificante no equipamento de um corredor de trail e tenha outra qualidade sempre superior à câmara de um telemóvel). Já o uso do telemóvel para controlar o treino confessamos que preferimos o uso de um relógio com GPS e quanto a ouvir musica no treino é algo que nunca nos seduziu.
Começámos a correr no início da década de 80 do século passado sendo na altura corredores urbanos e o conceito que havia de segurança a nível de treinos longos era levar dinheiro, nomeadamente uma nota, nos calções a fim de apanhar um transporte de volta para casa em caso de problemas com o treino!
Confessamos que nunca o fizemos! Maratonistas e ultra maratonistas sempre adoraram a sensação, única, de estarmos longe de casa e termos que voltar, fosse como fosse, tendo apenas por base as nossas pernas.
Quando vivíamos em Lisboa dizíamos, para algum desespero de familiares e amigos, que se a “coisa” desse para o torto nos deitaríamos para o chão e alguém haveria de chamar o 112! Mas sempre voltámos ao ponto de partida em treinos curtos ou longos! Às vezes não foi fácil!...
Ao virmos viver aqui para o Ribatejo adoptámos outra teoria, para grande desespero e angústia da minha companheira, se houver azar esperamos que passe algum tractor e pedimos boleia!
Aqui para nós que ninguém nos ouve temos de confessar que há locais em que esse tal tractor iria demorar uma eternidade a passar se é que passava!
Mantivemo-nos fieis as estas teorias, nada aconselháveis a nível de segurança, durante muito tempo e sempre longe de levar um telemóvel para o treino!
Para nós correr é um acto solitário, libertário, um tempo só nosso em que cortamos o cordão umbilical com o mundo e que seria estragado se houvesse qualquer possibilidade de contacto com esse mesmo mundo!
Para nós o que faz o corredor de fundo é também o isolamento, o depender de apenas e tão somente de ele próprio!
Mas depois de muitos anos a sentir as angústias da minha mulher comecei o ano passado a levar telemóvel no bolso dos calções em corridas longas! Para o efeito uso um pequeno e leve aparelho, daqueles absolutamente básicos, e que apenas tem a função de fazer e receber chamadas! Vai sempre desligado e esquecido no bolso dos calções e só será usado no caso de uma verdadeira emergência coisa que, obviamente, espero não vir a acontecer!
Confesso que pese embora a minha relutância em relação a telemóveis em treinos esta é a medida mais sensata até porque mesmo o terreno por aqui sendo pouco técnico, acidentes acontecem e já que há tecnologia que pode ser usada nesses casos então que se use! Lembro-me de uma vez ter torcido um pé num treino em Lisboa, num parque, e ter voltado para o balneário (no INATEL) ao pé-coxinho e o que me valeu era ser perto. Ora se me acontece um azar desses por aqui e longe de casa o telemóvel pode mesmo ser útil
Está é a minha relação com o telemóvel e os treinos: desligado no bolso dos calções e só em treinos longos (ou se algum dia participar num trail longo).
Penso que é um conceito muito diferente da “cena” que vi um dia na Corrida das Lezírias, em plena subida da ponte de Vila Franca de Xira: um participante mal tinha fôlego para enfrentar a subida a correr e ainda atendia o telemóvel e dizia, ou esforçava-se por dizer, Olha, vou aqui na Corrida das Lezírias a subir a ponte de Vila Franca! Definitivamente uma “cena” dessas não faz a minha “praia”!

E vocês amigos leitores desde blogue que tiveram a paciência de chegar ao fim deste texto (!) qual é a vossa relação entre o telemóvel e a corrida? Sempre contactáveis e com o aparelho ligado? Desligado e em treinos mais longos? Usam-no para ouvir música no treino? Socorrem-se do aparelho para controlar o treino? etc., enfim contem-nos tudo!