Vivendo em pleno Ribatejo
temos óptimas condições para as nossas corridas em trilhos em plena comunhão
com a Natureza e bem longe da poluição e dos automóveis.
Mas embora com excelentes
condições para a prática da corrida a zona tem poucas subidas dignas de um
amante das corridas de montanha / trail.
As melhores subidas só estão
acessíveis em treinos longos e mesmo assim não têm comparação com quem viva em
zonas mais montanhosas como é evidente.
Uma forma de colmatar a falta
dessas subidas é o Cabeço de Montalvo que fica quase à porta de casa.
O Cabeço de Montalvo trata-te,
digamos assim, de uma duna gigante embora seja uma má comparação até porque no
seu cimo o piso é compacto e julgamos que pouco tem a ver com uma duna embora a
suas encostas tenhas zonas de areia solta bem típicas de uma formação desse
tipo.
Enfim a melhor definição para
o Cabeço de Montalvo é mesmo essa de ser um cabeço!...
Deixando a ciclovia e a via
pedonal, que agora também cá temos disso (conforme as imagens documentam),
atravessa-se uma estrada asfaltada e dizemos adeus ao alcatrão.
Primeiramente em plano, depois
com uma subida polvilhada de alguns seixos rolados chegamos a uma zona plana
junto da linha férrea que liga o Setil a Vendas Novas (e que foi,
criminosamente desactivada no que concerne ao serviço de passageiros isolando
ainda mais as povoações e privando-as de um acesso rápido à Linha do Norte, o
que possiblitava uma deslocação a Lisboa, por exemplo, muito rápida).
A partir dessa zona plana
podemos atacar uma subida que nos leva ao cimo do Cabeço de Montalvo de onde
teremos uma bela vista da vila de Muge, um pouco do Rio Tejo e mesmo, lá muito
ao fundo. a nossa capital de distrito a bela cidade de Santarém.
Embora de dimensões algo
reduzidas o Cabeço de Montalvo permite criar circuitos que bem explorados e
trabalhados darão um bom apuro de forma no que toca a enfrentar subidas de
provas de montanha / trail.
Nada terá a ver com um
verdadeiro treino de montanha mas será uma excelente ajuda embora se tenha de
enfrentar a monotonia de um pequeno circuito que implica várias repetições do
mesmo.
Outra das alternativas é em
vez de fazermos a referida subida que nos leva junto da linha férrea subirmos o
Cabeço de Montalvo directamente da sua base e assim enfrentaremos uma rampa bem
inclinada e em areia solta bem ao estilo de uma duna.
Enfim variantes para criar um
circuito estilo “rompe pernas” não faltam, assim haja força.
Nas cercanias do Cabeço de
Montalvo encontra-se um percurso que é, seguramente, o que há por aqui mais
parecido com uma prova de trail.
Claro que muito longe dos
percursos mais radicais de trail, mas é o que temos na zona e sempre ajuda
alguma coisa a quem quer treinar para essa vertente fascinante da corrida.
Também se vêm algumas imagens
ilustrativas do começo desse percurso nos slides que ilustram este texto.
Confessamos que o ultimamente
não o temos usado e por isso há necessidade de abrir um túnel num silvado que
se vê na fotos, porque senão cada treino que façamos por ali vai implicar
gastos em litros betadine!