terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O ÚLTIMO “BANHO” DO ANO!

Há quem tenha a mania de alinhar na “tradição” de tomar um banho de mar no primeiro dia do ano. Esta prática tem-se alastrado também no seio dos corredores e alguns juntam-se, no primeiro dia do ano, num treino que acaba num banho de mar.
Só uma vez na nossa vida de corredores alinhámos na prática dessa “tradição” ainda ela não se tinha estendido aos corredores: o Egas e eu fomos fazer num treino na Costa da Caparica que acabou comigo a dar um mergulho nas águas, frias do Atlântico.
Confesso que não é moda que me seduza muito essa do banho de mar no primeiro dia do ano!
Mas este ano finalizei o mesmo com o que se pode chamar de: O ÚLTIMO “BANHO” DO ANO!
Não fui a qualquer praia dar um mergulho no mar e limitei-me a ir fazer a minha corridinha debaixo de uma boa chuvada com uma amostra de vento.
Nós, corredores de fundo, não necessitamos de ir dar um mergulho anual a 1 de Janeiro para provarmos que somos gente de têmpera.
Mulheres e homens da corrida de fundo fazem o seu treino diário quer as condições atmosféricas estejam a roçar a perfeição para a prática do nosso desporto preferido ou estejam em sentido oposto do que se considera ideal para a prática da corrida.
Embora o que se considere ideal para a prática da corrida varie muito com os gostos de cada um, pois eu confesso que até me é bastante agradável um bom “banho” durante o treino e se juntar algum vento a “coisa” fica perfeita! Claro que não sou adepto desse tipo de treino em permanência mas alguns são muito bem vindos!
Neste último dia de 2013 a minha saudação vai para os meus “irmãos” corredores de fundo que todos os dias saem para a estrada e para os trilhos adaptando o treino às condições atmosféricas mas nunca fugindo do treino em virtude dessas mesmas condições atmosféricas. Esse é o verdadeiro espírito do corredor de fundo!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

CONTO DE NATAL OU TALVEZ NÃO...

As melhores prendas que podemos receber (ou dar) são as que implicam uma grande carga de carinho, ternura, amizade e amor.
De nada importa receber uma prenda se ela não tiver implícitos os sentimentos atrás mencionados.
Muito para além para além do valor da prenda em si o que conta, efectivamente, são os sentimentos envolvidos no acto de a receber e a dar.
E um gesto de carinho, uma palavra amiga no momento mais difícil, um sorriso, um abraço, um beijo, podem ser grandes “presentes” mesmo que não tenham qualquer valor quantificável em termos monetários.
Outras prendas que nos enchem a alma são aquelas que damos a nós próprios, digamos assim, com que nos mimamos!
Também as prendas que oferecemos a nós próprios podem não ter qualquer valor material mas ter um grande significado.
Podemos dar como prenda a nós próprios o conseguir concretizar qualquer objectivo / sonho.
Para nós corredores pode ser a participação numa determinada prova “especial”, atingirmos uma determinada marca, corremos uns determinados quilómetros etc, etc.
Neste natal oferecia a mim próprio uma prenda especial. Não a pendurei na árvore de Natal, não a comprei num qualquer centro comercial, mas “embrulhei-a” com carinho.
Como a vida é feita de avanços e recuos, de ciclos, este natal ofereci a mim mesmo uma muito modesta meia hora de corrida que me soube pela vida!
Tendo o velho hábito de sempre correr no dia Natal, no Ano Novo e nos dias dos meus anos e encontrando-me em fase de readaptação do esqueleto ao treino depois de uma paragem, forçada, entre Setembro e Novembro esta meia hora foi o meu treino especial de Natal que acabou por ter o mesmo sabor e cor que outros treinos longos feitos em Natais passados.
O senão deste treino foi o Pai Natal e o Menino Jesus não acharem nada ortodoxo eu ir correr no dia de Natal e meteram um cunha ao São Pedro para ele me dar um prenda de Natal “à maneira”.
Mas o São Pedro já deve andar cansado de me tentar convencer a não correr no dia de Natal (ainda recordo o Natal em que ele me brindou com chuva e vento gelados durante as duas horas e trinta que resolvi desafia-lo) e apenas me deu um banho gelado mesmo no começo do treino e uma parede de vento nos quinze minutos da segunda metade do treino.
Até o São Pedro anda forreta! Ou talvez tenha gastado o mau tempo todo ontem (dia 24) a pensar que eu iria correr!
Sim estou convencido que todo o mau tempo que fez era o presente do São Pedro para mim mas azar dele (e meu, que teria adorado treinar com aquela belo “presente” do Santo) ontem, na planificação das minhas modestas corridas, era dia de repouso!
Hoje quando eu saí para o treino o Santo estava cansado, desmotivado e já com poucas “munições” por isso, e por mais que o Pai Natal e o Menino Jesus lhe pedissem: ou Pedro, pá, trama o treino daquele gajo que não acredita na gente! o mais que ele consegui arranjar foi um duche gelado e uma parede de vento coisa pouca para um descrente muito teimoso como eu!

sábado, 21 de dezembro de 2013

UMA CONDESSA NO TREINO!

Na pacatez desta terra, em que poucas coisas acontecem e eventos públicos são uma raridade, a inauguração de uma estátua é algo de grande importância!
Não querendo entrar no debate que nos leva a questionar o merecimento da estátua por parte da homenageada, nem da utilidade de uma junta de freguesia se juntar a essa homenagem, e até gastar dinheiros públicos com a mesma quando a vila está votada ao abandono, o que é facilmente constatável por todos, temos que admitir que essa estátua nos dá imenso jeito!
Não, não somos monárquicos, somos republicanos até à medula! Não temos um pingo de sangue azul, orgulhamo-nos de nos correr nas veias um sangue bem vermelho!
Estamo-nos nas “tintas” para homenagens a uma monarquia bafienta.
Não somos de vénias, nem servilismos e muito menos defendemos a caridadezinha praticada, seja por senhores feudais, seja por “tias chonés”.
Queremos é justiça social, um mundo mais igualitário e fraterno para todos.
Mas lá que a estatua à Condessa não sei das quantas (para mais esclarecimentos vejam as fotos que aquilo não é nome que se transcreva!) nos dá mesmo muito jeito lá isso dá!
Colocada, estrategicamente, mesmo quase no começo, e final, das nossas corridas o busto da Graziela (para nós é tão somente a Graziela) vem quebrar imenso a solidão de quem tantas vezes parte para a sua corrida matinal sem ver vivalma!
Agora podemos dizer: bom dia Graziela escasso tempo após darmos as primeiras passadas na nossa corrida e no final da mesma dizemos sempre um até amanhã.
Em treinos mais inspirados a Graziela até nos responderá e poderá mesmo piscar-nos o olho como podem ler aqui.
Outra grande vantagem é que vamos poder passar junto do único jardim aqui de Muge que se vai manter devidamente cuidado pois o executivo da Junta de Freguesia não vai querer ofender condes e viscondes e deixar a Graziela no meio de um ervaçal!
Bem na verdade Muge até é presidida por um conde do faz de conta por isso fica tudo em família!
Viva a Graziela!





terça-feira, 17 de dezembro de 2013

OH JORGE!

Desperto dos pesadelos de quem já está a dormir um pouco para além da hora habitual.
Ainda oiço passar uma velha motorizada Zundap que deve ter contribuído (felizmente) para o meu acordar deste sono agitado.
A minha mulher desperta com as minhas manobras para sair da cama e pergunta-me, meia estremunhada, está a chover? Respondo-lhe: Aqui não! Como raio hei-de eu saber se está a chover se acabei de acordar (ou melhor ainda nem sei bem se estou acordado), tenho as portadas da janela fechadas e não oiço nada?
Ainda meio zombie percorro o corredor e espreito pelos vidros da porta do quintal.
Sim, está a chover! Mas oculto essa informação à minha mulher (entretanto também deve ter voltado a adormecer) senão ela vai começar a dizer-me és doido! Vais correr a chover, constipas-te, etc.!
A chuva traz-me um brilho ao olhar e desperta-me de vez!
Há que redefinir estratégias a nível de equipamento (quem me mandou não ligar às previsões meteorológicas) e ir a um anexo no quintal buscar o impermeável (também conhecido por sauna ambulante!...) e uns calções.
Desculpem lá, calças de licra, camisola de manga comprida, corta-vento, gorro e luvas que hoje não é o vosso dia! Foi-se o frio, bem intenso, veio a chuva. Bem-vinda seja ela! 
Faço os parcos exercícios de flexibilidade, equipo-me com calções, T-Shirt, e impermeável, calço os sapatos e meto a mão de fora do telheiro de modo a colocar o GPS em cima do muro a apanhar o satélite. Desculpa rapaz, mas vais já para a chuva.
Ai vou eu! Ao passar debaixo do telheiro que dá acesso ao portão pego na última peça de equipamento, um boné que deve estar estendido no varal da roupa desde o verão!
Sim um boné para “enterrar” bem na cabeça, inclinar a pala bem para a frente, e por cima meter o capuz da sauna ambulante, desculpem-me, quer dizer do impermeável! É o meu para brisas, que isto de ser caixa de óculos tem que se lhe diga.
Começo a correr à chuva qual criança feliz a chapinhar nas poças.
Oiço o chape, chape dos sapatos no alcatrão molhado e vou feliz, tão feliz que nem ligo às queixas (crónicas) do meu joelho direito (está calado, pá!), nem a uma ligeira moínha no pé esquerdo que é novidade no meu vasto catálogo de mazelas!
Passo pela Graziela e digo-lhe bom dia e ela responde-me, da sua altivez de pedra, bom dia plebeu (um dia explico quem é esta personagem). Para ela tanto faz que faça chuva ou sol!
Mesmo no início da “descida da Casa Cadaval” alguém me diz, a caminho de mais um dia de trabalho: Oh Jorge! Está a chover...Apanhas uma molha! Ao que eu respondo em alto e bom som: É só água!... O que deixa o meu amigo sem palavras e com algo em que pensar antes de “ferrar” às 8:30.
Imagino a conversa com os colegas: encontrei o maluco do Jorge a correr, em calções, com esta chuva.
Enfim, teria mais uns pontos garantidos para o meu ranking de maluquice, aqui nesta terra, se não tivesse já atingido o máximo da escala!
Passo a curva do Palácio e entro no meu reino, a terra batida. Aqui, neste caso, um estradão de características algo arenosas.
Vou maravilhado, a chuva a bater no impermeável, o cheiro a terra molhada, as folhas doiradas no chão deste final de outono, o contornar as poças maiores, apetece-me dançar mas além de ter não dois mas sim três pés esquerdos o meu pobre esqueleto não permite coreografias especiais sob pena de se desmanchar todo. Só dá para correr! Mas não resisto a ensaiar algum balançar do corpo à chuva!
Coitado “pirou” de vez! O que vale é que aqui por assistência só tenho os pássaros!
Passo o que resta do portão da “Casa” e entro em terreno ligeiramente mais lamacento, sinto-me bem, divirto-me com as ligeiras escorregadelas que alguma falta de tracção provoca, sinto o terreno mais pesado, diferente mas, na minha condição de atleta lesma, vou com força, com garra e muito divertido.
Chega o pior do treino: a hora do retorno. Queria mais, muito mais! Mas estou em fase de míni treinos e não se pode abusar para não estragar tudo.
Retorno feliz a casa e triste por ter sido tão pouco.
Passo de novo pela Graziela e digo-lhe até amanhã! Acreditem ou não mas ela lá da sua altivez de pedra piscou-me o olho!
Passo o portão da minha casa e constato feliz que fiz menos 30 segundos na segunda metade do treino, por isso são mais 30 segundos para festejar a chuva!
Evito levantar os braços e festejar como se tivesse ganho a maratona dos Jogos Olímpicos porque cruzo-me com uma funcionária do Centro de Dia que vai “pegar” ao trabalho e tenho medo que de tanta fama de maluco ainda me mandem internar!

Abro o portão, chego debaixo do telheiro da porta de casa, constato que a minha mulher está na casa de banho e não resisto e solto o meu grito de guerra: POWER  MAN! ao que ela responde, como sempre, PALERMINHA!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

NATAL

Porque (dizem que) é quase Natal e já não sabemos o que havemos de escrever sobre o assunto!
Sejam felizes ou melhor lutem pela vossa felicidade e a dos outros!
Feliz Natal seja lá o que isso for!





domingo, 15 de dezembro de 2013

GRANDE PRÉMIO DE NATAL – FOTOS

FOTOS: MAFALDA LIMA
GENTILMENTE CEDIDAS POR: JOÃO LIMA

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

FRIO?

Frio? Nós aqui na redacção do Último Quilómetro estamos, sempre, preparados para os dias mais frescos!
Que venha essa mínima de três graus, prevista aqui para a zona, que nós vamos saúda-la com uma corridinha!








domingo, 1 de dezembro de 2013

VOLTEI

Voltei!
Para a Augusta, Egas, João, António, Alex e Mário que são o “secretariado” do meu “comité central”, são eles que me fazem, sempre, voltar!
E para todos os amigos da blogosfera corredora e da vida.