terça-feira, 30 de novembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

OI BRASIL!

Quando nos lançámos nesta aventura de criar um blogue nunca pensámos em atravessar o Atlântico e chegar ao Brasil!
Mas, aos poucos, tivemos o prazer de ser seguidos e comentados por blogues do grande país irmão.
Nós próprios começámos a seguir blogues do Brasil e, a pouco e pouco, a entendermos melhor a realidade da corrida no Brasil, que para nós era totalmente desconhecida, para além dos craques.
Na curta duração deste blogue podemos dizer que sentimos orgulho em já termos amigos virtuais do outro lado do mar, que comentam e seguem com muito interesse este blogue.
Pensamos que esta troca de experiências é muito interessante para todos e vamos aprendendo com as realidades e as diferenças de cada um.
Mas por mais que haja realidades diferentes une-nos uma grande paixão em comum, a corrida.
Este texto é para agradecer a vossa amizade, a vossa presença no nosso blogue, é para dizermos o quanto nos sentimos enriquecidos e honrados em os ter aqui.
De Portugal para o Brasil um enorme abraço com muitos quilómetros de felicidade, mais mesmo que o mar que nos separa e une.

domingo, 21 de novembro de 2010

TRAIL, MONTANHA E TRILHOS – POLÉMICAS!

FOTO TRILHOS DE MONSANTO - EVB/UK



Quando começaram a surgir as primeiras provas de montanha em Portugal (numa época em que era “pecado” inserir qualquer subida no traçado de uma prova!), elas eram pura e simplesmente isso, de Montanha e pronto!
Passados que são 28 anos sobre a primeira edição da velhinha (mas sempre jovem!) Manteigas - Penhas Douradas, temos um vasto, diversificado e rico calendário de provas de montanha a nível nacional.
Valeu o esforço, heróico, daqueles pioneiros (na altura, muitas vezes chamados de malucos!) sendo de realçar que alguns desses homens, que deram os primeiros passos para a implementação das provas de montanha em Portugal, ainda hoje se encontram no activo (e de que maneira!).
Com a descoberta pelas novas gerações de corredores, do prazer da Corrida em Montanha em Portugal, e com o surgimento de novas e pujantes organizações e organizadores, como é óbvio, começou a importar-se a designação de TRAIL, para nos referirmos às provas de montanha e muitos organizadores usam mesmo essa palavra inglesa na designação das suas provas.
Na nossa modesta opinião a língua Portuguesa é demasiadamente rica para termos que importar palavras estrangeiras, quando não há necessidade.
Dirão alguns que é uma designação internacional, retorquiremos nós que sujeitarmo-nos a esse tipo de globalizações linguísticas (ou outras, mas isso é outra assunto!), é estar a diminuir a nossa cultura e identidade, como povo independente e soberano.
Dirão outros, que provas de montanha são algo muito generalista e que o “trail” é um tipo de percurso com características próprias.
De acordo que uma prova de Montanha pode ser em estrada ou em trilhos e o “trail”, que julgamos poder ser traduzido por trilhos, aliás como fizeram alguns organizadores de provas em Portugal (e até há uma expressão muito Portuguesa para determinados trilhos: caminhos de cabras!).
Não vamos querer que as provas comecem todas a chamar-se trilhos disto ou daquilo. Seria quase tão funesto com a proliferação do nome de “trail” nas provas. Mas apenas pedimos que usem a imaginação e respeitem a língua de Camões, deixemo-nos de importações linguísticas, só por estarem na moda!
E já agora, não haverá na língua Portuguesa nada para traduzir o “Free Running”? Vamos continuar por aí, a usar termos estrangeiros, para nos dar um “certo ar”?
Eu, como sou português, tenho orgulho em falar e escrever na língua de Fernando Pessoa.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

2ª EDIÇÃO DOS TRILHOS DE CASAINHOS – UMA PROVA COM ALMA!

Vivemos tempos conturbados, em que se incentiva o individualismo e egoísmo, tentando que cada um apenas olhe para si próprio, sem qualquer participação no colectivo ou seja na sociedade em que nos inserimos.
Foi neste cenário que o
Sporting Clube de Casainhos; uma colectividade eminentemente popular de uma simpática localidade da Freguesia de Fanhões / Loures se propôs lançar os Trilhos de Casainhos.
Só podemos apoiar uma iniciativa destas, lançada por gente que corre contra ventos e mares para montar a “sua” prova com dedicação e carinho.
Foi com muito agrado que estivemos na 2ª edição dos Trilhos de Casainhos.
Antes de mais queremos salientar o facto de não se ter tratado apenas de uma prova mas de corridas para todos os escalões e que, começando nos Benjamins e acabando nos Trilhos de Casainhos propriamente ditos, tivemos seis partidas distintas, não faltando, até, a clássica caminhada.
Se no ano anterior a prova principal teve uma escassa participação de vinte sete atletas, julgamos que este ano esse número deve teve ter triplicado.
Falando em termos de organização, é mais que justo referir antes de mais a extrema simpatia de todos os envolvidos, sempre prontos a resolver tudo com solicitamente e da melhor forma.
Não é fácil organizar uma prova, ao contrário do que muitos “críticos” que andam por aí pensam, mas nunca estiveram por dentro de um evento desta natureza.
Tendo em conta tratar-se apenas da segunda edição e ser gente, ao que julgamos, não muito dentro destas “andanças” podemos considerar a prova bem organizada.
Algumas coisas ainda podem ser ajustadas e afinadas mas isso vem com tempo e a experiência.
Deixamos aqui algumas, pequenas, sugestões, nesse sentido.
Secretariado / entrega de dorsais:
Ainda está um pouco confusa a entrega de dorsais. Pensamos que no futuro poderá haver mais fluidez nesse sector. É claro que a extrema simpatia dos envolvidos tudo resolveu de forma exemplar e um número não muito elevado de atletas facilitou. Mas talvez seja um sector a estudar melhor numa próxima edição até pedindo alguns conselhos a quem já tenha muito “calo” na matéria.
Marcações do percurso:
Consideramos o percurso muito bem marcado, com o recurso a fitas, pequenas placas, escuteiros em vários pontos e até indicação dos quilómetros e apenas podemos referir dois aspectos que podem vir a ser melhorados:
Tivemos dificuldades numa bifurcação, pois não havia nenhuma indicação. Convêm rever bem as marcações para evitar estas situações.
Outro ponto que notámos, foi ausência de fitas em longos troços do percurso.
Podemos estar a correr num percurso sem cruzamentos e não haver perigos de enganos mas há sempre a parte psicológica e não vermos qualquer sinalização durante algum tempo deixa-nos preocupados e ansiosos.
Sabemos o quanto é complicado marcar e desmarcar um percurso mas mais algumas fitas seriam sempre bem-vindas!
Mas não podemos deixar de considerar a marcação do percurso muito boa e com umas ligeiras melhorias ela ficar excelente.
Quanto ao percurso que nos foi “servido” naquela bela manhã de confraternização desportiva, do ponto vista estritamente pessoal gostámos muito. É claro que a lama “ajudou” bastante!
Por norma não criticamos percursos, porque isso é algo que faz parte do gosto subjectivo de cada um.
Pensamos que a riqueza das provas de Montanha está na variedade dos percursos e cada um terá as suas preferências.
Felizmente em Portugal já vamos tendo provas para todos os gostos e ninguém se pode queixar!
Claro que umas vão ser sempre mais ao nosso jeito que outras!
Não podemos deixar de referir o excelente almoço que nos foi servido no final e o imenso convívio que ele representou,
Pensamos que o Trilhos de Casainhos tem tudo para se firmar no panorama das provas de Montanha em Portugal.
Pensamos que por motivos logísticos, que se prendem com o almoço, a prova não ponderar crescer muito mais em número que atletas, a não ser que se termine com o almoço final, o que seria uma pena.
Esperemos poder voltar para o ano a esta excelente prova e que os Casainhos se tornem uma prova de referência para todos os que amam correr fora do alcatrão.
Ficam aqui algumas fotos. Foram feitas pelo nosso repórter de serviço, que também alinhou na caminhada. Desta vez não temos os atletas mais rápidos mas sim o que tiverem mais tempo para apreciar as belas paisagens da região!
Obrigado a todos o que trabalharam na organização desta prova. Podem contar com este modesto blogue para vos apoiar em tudo que estiver ao nosso alcance.
Classificações aqui.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

OS “VENCEDORES” DA 7ª MARATONA DO PORTO

O Último Quilómetro não quer deixar de saudar todos os que concluíram a 7ª Maratona do Porto.
Independentemente das prestações atléticas de cada um, todos os que terminam uma maratona são vencedores.
Queremos deixar também uma palavra para os que não conseguiram, por uma razão ou outra, terminar os mágicos 42,195 Km. Desistir nem sempre é um sinal de fraqueza mas sim de inteligência, quando se traduz numa avaliação correcta das nossas possibilidades no momento e dos riscos para a saúde de tentar continuar.
Para os que ficaram pelo caminho o nosso abraço na certeza que na próxima vez cortarão a meta.
Dos inúmeros relatos que lemos na blogosfera corredora, queremos deixar aqui o de um atleta estreante na maratona, Filipe Fidalgo, do Blogue CORREDOR DE DOMINGO, não por ser melhor ou pior que os outros, mas por nos ter emocionado e ser, na nossa modesta opinião, uma descrição fiel, emotiva, e detalhada do que é acabar uma maratona.
PARABÉNS A TODOS!
Resultados e fotos da 7ª Maratona do Porto aqui.

domingo, 7 de novembro de 2010

18 KM ODIVELAS / LOURES / ODIVELAS OU UM POVO, NOVAMENTE, AMARGURADO


O Vídeo que pode ser visualizado em baixo, reporta-se a uma prova “clássica” da corrida a pé, da década de 80, os 18 Km Odivelas-Loures–Odivelas (com o nome erradamente trocado no vídeo).
No pequeno filme caseiro, criado para fins pessoais e de fraca qualidade, devido as conversões a que teve de ser sujeito para passar a digital, podemos assistir a edição de 1986.
Muito dos corredores veteranos que aparecem no filme já não estarão entre nos infelizmente, mas queremos chamar a atenção para o “jovem” Armando Aldegalega que continua a correr, e muito, passados todos estes anos.
Quanto aos jovens que aparecem na imagem não sabemos quantos se terão tornado bons atletas e quantos correrão na actualidade.
Sabemos sim, que essa imagem de jovens atletas a correr numa prova de 18 quilómetros é algo que não se vê nos dias hoje, por culpa de um regulamento absurdo por parte da Federação Portuguesa de Atletismo.
Na altura as provas populares eram um “viveiro” de novos talentos e, como as imagens comprovam, os jovens acabavam a sua prova em perfeitas condições e felizes, coisa que talvez não aconteça nos dias de hoje, em distâncias bem curtas, em que acabam por correr em esforços demasiadamente elevados para a sua idade...
Quanto a esta problemática da proibição dos juniores estarem impedidos de correr provas de fundo, o Professor Mário Machado considerou um erro gravíssimo em entrevista concedida a este bloque e que pode ser lida aqui.
Um aspecto que se destaca neste filme é enorme adesão popular à prova bem espelhada na quantidade de público presente.
Hoje, as provas quase não têm público. Porque será?
Pessoalmente, temos uma opinião muito própria sobre o assunto.
Pensamos que nos inícios da década de 80 o 25 de Abril ainda estava muito presente nos espirito das pessoas (embora com os seus mais nobres ideais já derrotados) o que fazia com que as pessoas ainda tivessem alguma esperança no futuro e se sentissem parte de um colectivo onde podiam participar muito para além de serem meros espectadores.
Ainda não imperava o individualismo, fruto do cinzentismo dos tempos actuais e as pessoas gostavam de sair a rua, quer fosse para se manifestarem, quer fosse para assistir a uma corrida.
Ainda era um pouco daquela alegria dos ventos de Abril, em que as pessoas se sentiam vivas e participativas nos destinos do seu País.
Com todos estes anos de políticas erradas, de destruição das condições de vida das pessoas, das lavagens ao cérebro televisivas, com a perda da esperança em dias melhores, quem é que se preocupa ou interessa em ir ver “uns malucos” a correr?
As pessoas ficam-se pelo “velhinho” futebol, como espectadores de bancada ou de sofá, porque esse sempre nos foi servido em doses maciças, como analgésico da realidade.
Penso que voltámos a ser um povo triste, oprimido e descrente, que se fechou, novamente, nas sua concha e tenta, desesperadamente, sobreviver sem grandes esperanças no futuro.
Imagens como as do Odivelas – Loures – Odivelas só serão vistas de novo, quanto novos ventos não soprarem em Portugal e as pessoas se sentirem novamente donas e senhoras do seu destino e com direito ao futuro!
Evidentemente que ainda há provas com forte assistência popular, mas isso dá-se em situações em que a prova é vista como uma festa anual de determinada localidade e as pessoas habituaram-se a acarinhá-la ano após ano.
Entre outros exemplos vem-me sempre a memória a noite mágica da Corrida das Fogueiras, em Peniche, onde os mais velhos nestas andanças podem matar saudades das provas antigas e os mais novos podem sentir o que é uma prova apoida por um povo feliz (no caso de Peniche, feliz por uma noite com a sua “festa”).


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MARATONA DO PORTO

O ÚLTIMO QUILÓMETRO saúda todos aqueles que vão participar na sétima edição da Maratona do Porto, desejando-lhes uma óptima prova e lançando-lhes um desafio: venham aqui contar-nos como foi a vossa aventura nos mágicos 42,195 Km, enviando-nos os vossos relatos / fotos para teixeirajb@gmail.com