terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

XXX Maratón de Sevilla - 993 Fotos

FOTOS: MAFALDA LIMA
GENTILMENTE CEDIDAS POR: JOÃO LIMA

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PARABÉNS JOÃO LIMA!

Parabéns João!
Sabemos o mar de adversidades que tiveste de ultrapassar para cortar aquela meta dos míticos 42,195 em Sevilha!

Aqui na redacção do Último Quilómetro estamos, e continuamos, em festa!
Clica na imagem para a visualizar melhor.

CIRCUITO NACIONAL DE MONTANHA 2014

Todas as provas do Circuito Nacional de Montanha 2014 ao alcance de um clique!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

MARATONA DE SEVILHA

O Último Quilómetro saúda os 900 atletas Lusos que vão participar na Maratona de Sevilha no próximo domingo dia 23.
Que todos sejam muitos felizes e venham de Sevilha vencedores ao cruzar a meta dos míticos 42,195 km são os nossos votos.
Não gostando de destacar nenhuma atleta em particular nessas saudações, hoje abrimos aqui uma excepção que, julgamos, vai ser entendida por todos: o nosso abraço especial para o Mestre Fernando Andrade que apanhou um valente susto a nível da saúde já muito em cima da data da maratona de Sevilha e para o João Lima que pese embora todas as vicissitudes que atravessou ao longo da sua preparação para a prova, nunca deitou a toalha ao chão e vai cruzar a meta em Sevilha realizando mais um sonho.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

PÉS E PERNAS NA (MÍNI) CHEIA!

O meu treino hoje passou por aqui, e foi tão bom!


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

TRILHOS DO PERNETA

Muito mais que uma prova, muito mais que um treino!
Jarreta é quem não alinhar nos TRILHOS DO PERNETA!
Todas as informações clicando aqui.

PRÉ - LAVAGEM OU ANDO TÃO LIMPINHO!

Pois é amigos com as cargas de chuva que tenho apanhado nas minhas corridinhas agora os meus duches passaram a ter um programa de pré – lavagem a frio!
Ando tão limpinho!...


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DO TEATRO E DA CORRIDA

Por: Egas Branco
*
"EU É QUE SOU O PRIMEIRO" (LINE), de ISRAEL HOROWITZ (Wakefield, Massachusetts, EUA, 1939).
*
“Uma peça estreada em 1967, num teatro de Nova Iorque. 
Encenação de Armando Caldas, para o 
Intervalo Grupo de Teatro, sediado em Linda-a-Velha. Estreada no final da semana passada (31 de Janeiro).
Só uma pequena nota sobre esta peça, grande sucesso de público, em Nova-Iorque, Londres, Paris e eventualmente outros locais, que sob uma aparente facilidade de escrita e meios contem no entanto uma severa crítica a um "way of life", em que o que interessa é vencer, não interessa como e quantas vítimas se vão deixando pelo caminho. 
Tudo dito de uma forma por vezes muito cómica mas que nos deixa espaço para uma reflexão.
E terminando à boa maneira do Intervalo com uma canção síntese (Luís Macedo e Fernando Tavares Marques).
Não percam! Depois direi mais alguma coisa sobre as reflexões que a visão desta peça me suscitou.”
(nota para os amigos facebookianos, publicada em 3-fev-2014)
*
Para nós, que gostamos muito de Teatro, este autor tem todavia outros fortes motivos de ligação connosco. Um deles é que é  um praticante da modalidade desportiva que ao longo da nossa vida mais apreciámos, que é a corrida a pé de longa distância (entre os 10 e os 100 km).
Mas vai ainda mais longe porque casou com uma maratonista campeã, a britânica Gillian Pamela Horowitz, várias vezes no pódio - em Tóquio, Londres, Paris (que venceu em 1980, com 2h49’42”, belo tempo na época) e muitas vezes nos 10 primeiros, além de ter sido campeã do seu país.
Mas não termina aqui esta sua relação com a corrida. É que adaptou uma peça de um reconhecido dramaturgo italiano, Edoardo Erba, aliás de grande sucesso, “Maratona de Nova Iorque”, de 1992, cujos personagens são dois amigos que treinam para fazer aquela maratona. A peça recebeu o reputado prémio italiano Candoni, em 1993.
“LINE” (EU É QUE SOU O PRIMEIRO), que agora foi encenada no INTERVALO GRUPO DE TEATRO, é no entanto bastante mais antiga (1967).
Digo isto porque existe no mundo da corrida a opinião, ainda maioritária suponho, de que o que interessa é acima de tudo participar, terminar, competir sem batota (não encurtando caminho ou viajando de metro), sentimento que se estende até a muitos atletas de alta competição, até a super-campeões, como é o caso da actual detentora do ainda melhor tempo mundial feminino da maratona, a competição dos míticos 42,195 km (que vem desde o início das Olimpíadas, nascidas na Grécia).
Trata-se também de uma atleta britânica, a inglesa Paula Radcliffe, com o fantástico tempo para uma mulher de 2h15’25”, e que toda a gente que gosta deste desporto, recorda que numa maratona olímpica (Pequim, 2008), em que estando em sérias dificuldades físicas, por indisposição, preferiu perder alguns lugares e chegar modestamente (23ª), a abandonar a competição, num exemplo de desportivismo difícil de superar. Ou os que, perante um companheiro em dificuldades não hesitam em perder segundos para o ajudar.
Esta atitude começa no entanto, nos tempos actuais, a tornar-se mais rara, porque aquilo que Israel Horowitz critica nesta sua magnífica peça, agora em cena num dos nossos palcos de eleição, ou seja a “competitividade” (termo detestável), cega e desumana, que grassa no seio da sociedade capitalista em que vivemos, tende a atingir até um desporto de massas, como é este de que tanto gostamos.  
Enganar, derrubar, trair, passaram a ser considerados passos aceitáveis no caminho de um qualquer sucesso social. Explorar o próximo, derrubá-lo para o ultrapassar, deixaram de constituir entraves morais para muitos, incapazes de raciocinar por si próprios.
“Mérito” da comunicação que temos, que invade as casas, da escola que pretendem que tenhamos, para deformar os jovens à medida das necessidades do sistema social vigente.
Eis o que Horowitz nos faz pensar através da sua comédia, absurda porque não há uma referência directa à realidade, a sua linha pode ser qualquer coisa. Ao estilo dos seus amigos pessoais, Ionesco e Beckett, Horowitz traça um retrato das relações humanas na sociedade capitalista modelo que é o seu país natal, os EUA (em 1967, porque depois têm vindo a piorar...).  Até mesmo as relações entre os sexos tendem a mercantilizar-se, como o denunciam tantos artistas contemporâneos, mas que Horowitz já aqui mostra, uma vez mais pelo absurdo.
Através de um texto muito vivo, numa linguagem quase vulgar, às vezes muito rude, Horowitz e o seu encenador Armando Caldas, prendem-nos a esta intriga, que se desenrola num cenário minimalista, em que o único adereço é uma linha branca, que todos pretendem ultrapassar, recorrendo a todos os truques sujos e que no final será retirada pelo “vencedor”.
Uma citação aos actores, excelentes, João José Castro, Miguel Almeida, Cristina Miranda, João Pinho e Fernando Tavares Marques.
Por favor não percam.
*
Adenda: compreendo a t-shirt de Israel Horowitz (ver foto que obtive na Internet). Eu também teria provavelmente votado assim naquelas eleições, mesmo prevendo as desilusões a curto prazo. Mas sempre foi uma pedrada no charco daquela sociedade de um  ainda muito forte racismo! 
Egas Branco

BASTA!

Eu até gosto, muito, de correr com chuva mas...


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

MARATONA DE LISBOA AS 8:30 !


Em primeira mão a REVISTA SPIRIDON pode já divulgar:
Hoje na reunião técnica do MARATONA CLUBE DE PORTUGAL ficou decidido que a partida da MARATONA, em Cascais, será às 8 h 30 indo assim ao encontro da pretensão da maioria dos corredores que pretendem alinhar nos 42.195 m.
Quanto à MEIA MARATONA, com a habitual partida em plena Ponte Vasco da Gama, tudo acontecerá às 10 h 30.
(Notícia e foto retiradas do Facebook da Revista Spiridon)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A LONGA HISTÓRIA DE UMA CHAVE!

Tinha dado por terminado mais um treino naquele fim de tarde, início de noite.
Caía uma chuva miudinha e fazia algum frio. A noite começava a envolver tudo no seu manto de solidão naquele já um pouco longínquo mês de Março.
Já cheirava à lenha que ardia nos “cibérios” e lareiras.
Ninguém se via na rua
O treino tinha decorrido dentro da normalidade e apenas a porta de minha casa me separava da quentura do desejado banho até porque equipado de calções e T-Shirt estava a começar a sentir frio.
Estava então separado de um banho quentinho, do jantar, do conforto do lar, por duas voltas à fechadura! Um gesto tão simples e insignificante e abria-se a porta para o paraíso!
A minha casa era antiga, a porta antiga e, para não destoar, a fechadura igualmente antiga.
Não querendo estragar a estética da porta, sem vontade nenhuma de a furar para meter uma fechadura dos tempos modernos fui mantendo a velha fechadura.
Mas quem vive sozinho e é um solitário (na altura ainda estava longe o dia em que o destino me entregou, numa esquina da vida, à mais bela e doce das Princesas) tem um problema tão comezinho como seja transportar a chave de casa.
Pode parecer ridículo esse problema do transporte da chave do lar mas se atendermos a dimensão e tipo da minha velha chave verificamos que a coisa se complicava.
Na altura ainda não estavam na moda as modernas provas de trail em que os corredores transportam todo o género de tralha mas já havia bolsas de cintura e foi assim que eu encontrei a solução prefeita para transporte da minha chave. Perfeita até aquele dia fatídico!
Abro a bolsa de cintura e onde está a chave?
Não estava mais!
De tanto chocalhar dentro da frágil bolsa furara a mesma e perdera-se algures, muito provavelmente, no pinhal!
Estava pois eu a ficar cheio de frio e molhado, a caminho de uma constipação, e separado de um duche quente por uma porta para a qual deixara de ter chave!
Bonito!
Mas há sempre uma solução para solitários precavidos! Nesse caso a solução era muito simples e distava uma escassa dezena de metros: a casa dos meus saudosos primos em que eu tinha deixado uma chave suplente.
E lá fui eu em andamento acelerado buscar a chave salvadora (pensava eu!).
Os meus primos nem estranharem a situação pois conheciam sobejamente a maluquice do primo!
E lá venho eu com a chave salvadora a pensar que estava, finalmente, às tais duas voltas de chave, do paraíso!
Há uma canção do Rui Veloso que diz a dado passo “ o mundo inteiro uniu-se para me tramar”!
Pois devia estar num dia assim!
A chave não abria a porta por mais força que eu fizesse!
Já não era a primeira vez que a fechadura a pedir reforma me pregara uns valentes sustos mas sempre acabava por ceder e abrir. Só que desta vez nada e tanta força fiz que partiu aquela argola no cimo destas chaves pré-históricas que é precisamente onde agarramos para rodar a chave!
Ponto da situação: estou a ficar gelado, já é de noite, os velhotes da minha vila adoptada já estão todos no borralho eu aqui todo molhado de calções e t-shirt com um chave partida na mão!
Mas quem é prevenido tem sempre um plano B e eu como sou súper cauteloso tenho até plano C!
Toca a “voar” para a casa dos meus saudosos primos:
Desculpem dêem-me ai as chaves da casa da minha mãe que a minha chave partiu-se!
A minha mãe ainda morava na Capital mas tinha cá casa e por isso um esquentador mais um banho quente e, com alguma sorte, alguma roupa do meu padrasto devia-se arranjar.
E lá vou disparado para a casa da minha mãe, o que vale é ser tudo muito perto!
Efectivamente consegui o tal almejado banho e um fato de treino do meu padrasto que embora me desse um certo (ou muito mesmo!) ar de palhaço foi um bênção do céu!
Ok banho e roupa tinha mas não conseguia entrar em casa, nem jantar, nem podia ficar vestido daquela maneira!
Entrar em casa por meios não ortodoxos talvez fosse possível mas muito complicado pois de tanto ter a casa bem segura contra hipotéticos ladrões também me restavam poucas vias alternativas para invadir o lar de outra maneira que não fosse pela porta e com chave!
Claro que soluções havia mas iriam dar muito trabalho e provocar grande estrago.
Mas habituado a viver no “desenrasca”, até por motivos profissionais, lembrei-me: prendo um alicate de grifes na chave e já dá para fazer muita força e talvez consiga vencer a fechadura.
E quem é que tinha um alicate de grifes? O meu saudoso primo é claro!
E lá vou pela terceira vez a casa deles (desta vez não em passo de corrida até porque havia o sério perigo de tropeçar nas calças que eu era bem mais pequeno que elas!...).
Lá peço o alicate, lá vou direito a casa com ele, engato-o na chave, faço força...faço força e clique, clique, a fechadura abriu!
Só não gritei golo em altos berros porque tive medo que me mandassem internar, fama de maluco já eu tinha por demais!
Agora só me faltava devolver o alicate de grifos e repor o fato de treino do meu padrasto no sítio de onde a tirei.
Mas deixei essa tarefas para o dia seguinte, apenas me limitei a vestir a minha roupa pois cozinhar o jantar a arrastar as calças de um fato de treino pelo chão da cozinha e a meter as mangas do mesmo dentro do tacho não dava jeito mesmo nenhum!

Em memória de Maria Gertrudes e Paulo Ferreira com muita saudade e para o Alex e o João porque sim!