quinta-feira, 29 de março de 2012

NA PRIMEIRA EDIÇÃO DA CORRIDA DOS SINOS, HÁ TRINTA ANOS

Domingo, 20 de Fevereiro de 1983.

O dia amanhecera chuvoso, cinzento e frio, nada convidativo a sair da cama, quanto mais a fazermo-nos à estrada para participar numa prova.
Mas na agenda tínhamos marcado a 1ª edição da Corrida do Sinos e assim o Egas e eu fizemo-nos à estrada desde Lisboa até Mafra.
A excelência da organização e o bem receber das gentes de Mafra tornaram a aposta ganha e demos por bem empregue aquela longínqua manhã.
Gostámos tanto dessa primeira edição que durante vários anos seguidos participámos na Corrida dos Sinos.
Não vamos poder estar na trigésima edição, lamentavelmente, mas aqui ficam as recordações da primeira edição da Corrida dos Sinos. 









10 comentários:

  1. Que giro! Essas memórias em forma de objectos, deviam fazer parte de um Museu! Eu só conheci a Corrida dos Sinos já ela era uma adolescente, mas desde logo ela me encantou. Até hoje. E domingo, lá conto estar na Partida e na Chegada também!

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  2. Que baú de memórias tão rico! Um tesouro para qualquer atleta de pelotão!

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  3. Muito bom.
    O pormenor do controlo do retorno está divinal.
    Acompanhei o meu pai várias vezes a esta bela corrida. Este ano que podia ser a minha primeira pensei que, sendo logo na semana seguinte á Meia-Maratona, podia ser demais para as minhas capacidades. Enganei-me e agora arrependo-me.
    Fica para a 31ª edição.

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  4. Que inciclopédia, ao fim de tantos anos ainda guarda essas memórias, como a minha casa é pequena eu já me tinha afogado em tanta história. Mas ainda bem assim vem provar mais uma vez a sua paixão pelo Atletismo em todas as suas vertentes, um grande exemplo. Abraço.

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  5. Recordações muito bonitas.

    Eu vou lá pela 3ª vez e é uma prova que gosto muito de fazer... pena já não o ver por lá.

    O seu sino é mais bonito que os de agora, assim não vale :-)

    Beijinho

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  6. Também lá estive, mas não guardei tantos "troféus", apenas o SINO!
    Conto estar lá no domingo, mesmo sem ter reparado que ali voltava passados 30 anos!

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  7. Não vou falar outra vez na rampa, no banho forçado, na ultrapassagem de atletas muito melhores que eu, por via dessa dose suplementar de energia trazida por esse inesperado duche frio (ver estória noutro local deste blogue). Podia citar os "duelos" com ou outro atleta que queria chegar primeiro mas a quem eu quase sempre vencia nessa subida, porque sempre a fiz bem, à minha medida, claro, e com ou sem banho. Ficou-me para toda a vida a imagem do atleta, aliás meu amigo, que uma vez passei na íngreme subida e que, ultrapassado, deu o que tinha e não tinha e no final, passado o risco da meta ficou encostado a um poste, curvado, a tossir, sem fôlego... Confesso que temi o pior e já me via a ter que o acompanhar ao hospital ou à enfermaria do Quartel de Infantaria, no Convento do Memorial (onde fiz parte da tropa). Houve também aquele atleta que perdeu o sapato, talvez por ter sido pisado, e o deixou abandonado enquanto subia ao pé coxinho a tentar não perder lugares (talvez não fosse bem assim, que seja a imaginação do desatleta a trabalhar...). O que eu gostva acima de tudo é que isto não fossem só recordações de ex-atleta, mas que um ano destes pudesse voltar aos Sinos. Não à subida, eu sei, que essa há muito que se deixou de fazer!

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  8. A primeira vez que fiz a Corrida dos Sinos foi tambem a primeira que ouvi tocar o carrilhão dos ditos, eu que tinha passado 24 meses no Convento, na tropa, sem nunca ter tido esse previlégio. Não em lembro o ano, mas o trecho que estavam a tocar era 'A Saia da Carolina', que todos trauteámos 'tinha um lagarto pintado' enquanto dávamos a volta à praça principal de Mafra. Quando chegou à parte do 'tem cuidado ó Carolina, o lagarto não dê ao rabo' veio à minha memória, as dezenas de vezes que, liderado pelo com.te de pelotão, tenente Lagarto, fiz o percurso da corrida dos Sinos, Mafra-Sobreiro-Mafra, mas de G3 nas mãos e calçado com botas da tropa...(Confortáveis e nunca me causaram bolhas....) Foi nesta corrida que ganhei pela primeira vez o 'duelo' com o Amadeu, que tinha a prarticularidade de correr levantando muito os joelhos (como correm os cavalos de alta escola....). Quero mandar uma abraço ao Jorge Branco, meu companheiro de muitas outras estradas, mas particularmente a do trail do Piódão que palmilhámos juntos há mais de uma dezena de anos.... José Dionisio

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  9. Grande Jorge... Recordações de há 30 anos...
    Lembro-me do trabalho que deu essas primeiras edições que tiveram organização conjunta da Revista SPIRIDON e dos Amigos do Atletismo de Mafra. Nessa época Paulino e muitos atletas dos Amigos de Mafra trabalharam que "nem cães"...
    Fazer os retornos, os dorsais "à mão", cortar a marmelada em pequenos quadrados para os abastecimentos... Eu sei lá e tudo isto com INSCRIÇÕES GRATUÍTAS!
    Foi a década de oitenta em que eram os "corredores ao serviço dos corredores". Hoje é diferente e talvez só seja uma pena que se comece a esquecer quem trabalhou desinteressadamente nesses anos... Fica a memória e o teu testemunho acaba por ser um "grito" para que não se esqueça como é que tudo começou... do nada!
    Mário Machado
    Revista SPIRIDON

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  10. Olá, Jorge!

    Também eu não vou estar presente naquela que seria a minha 12ª participação na Corrida dos Sinos (a minha 1ª foi em 1986). Na conjuntura actual (como se diz agora) todos os pormenores devem ser considerados. Tendo em conta que tenho uma corrida a 4 km de casa e com a inscrição 3€ mais barata e a reverter para uma instituição de apoio às vítimas de maus-tratos, optei por esta iniciativa.

    É muito justo salientar o espírito de então: os corredores ao serviço dos corredores! Recordar o nome que se dava aquele fio com o cartão de controlo e que nunca gostei dele (do nome): “Coleira”. Por fim, dizer que esta organização nunca facilitou e tudo fazia para andar na frente do pelotão das organizações. Tudo fazia (e faz) para servir e receber bem TODOS os atletas, e por ser tão rigorosa, foi das primeiras a usar a célebre roda de geómetro na medição do percurso que durante muitos anos teve a distância de 15 173 metros!!!

    Um Abraço Jorge, e obrigado por estas recordações!

    Orlando Duarte

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