Spiridon
E vão 200!
O
“Tiro de partida” foi dado em Novembro de 1978, um ano depois da primeira
edição da meia maratona da Nazaré, a “Mãe das Meias Maratonas”.
Foi
o concretizar de um sonho que acompanhava Mário Machado. Ao terminar o
editorial da primeira edição, dizia ele: “Juntos, sempre na mesma passada,
faremos a prova que agora iniciamos sem temer canseiras e convictos de que, um
pouco mais além, uma meta espera por nós”.
Pois
é, passados 33 anos, muitos daqueles que leram o primeiro número, continuam
juntos na mesma passada.
A
minha prova foi em 15 de Setembro de 1980, dia do Bocage. Na altura, o acesso à
informação era mínimo. Não havia a internet e a Spiridon era a única revista
especializada, com artigos técnicos, fundamentais para nos orientarem. A
Revista Atletismo apareceria pouco depois em 1981
Como
sucede com a maioria dos novos corredores, nunca me passou pela cabeça correr
um dia a maratona, esses míticos 42.195 metros. Era na altura, uma distância
quase só acessível aos “profissionais”. As maratonas que então se disputavam no
nosso país, tinham escassas dezenas de participantes.
Posso
dizer que se há alguém culpado por me ter estreado na maratona muito mais cedo
do que imaginava, é precisamente a Spiridon! Foi no Autódromo do Estoril em 18
de Dezembro de 1983, prova organizada pela Spiridon.
Lembro-me
perfeitamente de ter lido os resultados de uma maratona efectuada em Portugal e
ter “descoberto” que havia gente com mais de 50 anos a terminá-la. Pensei “mas
se os velhos são capazes porque é que eu não sou?” Tinha então 33 anos. Hoje,
com 61 anos, estou na lista dos “velhos” e mantenho-me fiel à Spiridon e às
corridas populares e vou com 23 maratonas, para além de outras provas com
distância superior.
Passados 33 anos, a revista
está prestes a atingir a 200ª edição. Ela continua fiel aos seus princípios que
a sempre têm norteado.
Ao
Mário Machado e à sua equipa, os meus parabéns pelo êxito da sua revista que é
também a de milhares de leitores.
(Manuel Sequeira –
Atleta há mais de 30 anos, maratonista e jornalista na Revista Atletismo)
Não
deixe de ler o depoimento de Henriqueta
Solipa, publicado hoje no
JoaoLima.net
Sem comentários:
Enviar um comentário