Spiridon – ontem e, hoje.
Falar da Revista
Spiridon é falar das corridas populares em Portugal, pois a ligação a tais
eventos foi, sempre, uma constante.
Nos tempos que correm, devido ao acesso a quase todo o tipo de informação, não
é fácil perceber como se esperava, nervosamente, pela chegada de uma publicação
bimestral, e o entusiasmo com que a mesma era lida, relida e comentada.
Entre aquelas capas “cor de tijolo”
vinha toda a informação
desejada - anúncios de provas,
resultados, calendário, respostas a questões colocadas, conselhos técnicos,
etc. Até os equipamentos, de tecidos e modelos mais actualizados, e o “muesli”
(só) eram disponibilizados por seu intermédio.
Quem, como eu, se iniciou nas corridas quando saíam os primeiros números, sabe
o importante papel que a revista desempenhou, ao reunir, à sua volta, um cada
vez maior grupo de dedicados corredores de fundo.
Spiridon deixou se ser o primeiro vencedor da Maratona Olímpica, o nome, agora,
significava; corrida, encontro de corredores e, até, “uma certa maneira de
estar”, pois muitas vezes, se dizia, daqueles que ultrapassavam os companheiros
nos últimos metros, no” sprint” final, não terem o “espírito Spiridon”.
Só o amor ao nosso desporto favorito consegue manter uma publicação, deste género, por mais de 32 anos.
Que os 200 números publicados se estendam por muitos mais, prosseguindo como
principal elo entre os corredores do pelotão!
Parabéns!
(António Belo – Atleta há mais de 30 anos,
maratonista e ultramaratonista, já participou em mais de 50 maratonas e ultras.
Escritor de livros dedicados à prática da corrida e não só.)
Não deixe de ler o depoimento de Filipa Vicente , publicado
hoje no JoaoLima.net
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