Em 1996 estávamos nos primeiros tempos das grandes competições de montanha em Portugal.
Nos dias 24 e 25 de Agosto desse ano decorreria a 2ª edição da Transestrela que, em duas etapas, levaria os aventureiros e destemidos atletas de Gouveia até à Torre, percorrendo 47 quilómetros no total.
No primeiro ano participei nos caminheiros (que faziam o mesmo percurso que os atletas, o que não era tarefa nada simples).
Para essa segunda edição abalancei-me a fazer a prova como atleta, dentro de uma estratégia de muita calma, o que me permitiu levar a bom porto a tarefa de chegar à Torre.
Catorze anos depois (!) da minha saudosa participação naquele evento, um amigo meu (obrigado Esmeraldo) fez-me chegar às mãos um DVD sobre a prova onde pude rever (com alguma emoção) a minha chegada à Torre.
Utilizando tecnologias impensáveis há 14 anos, resolvi partilhar com os leitores deste blogue, um pequeno excerto do DVD em questão.
Muito para além das memórias pessoais que o filme me traz, trata-se de algo que é pertença da história da corrida em montanha em Portugal.
É claro que o carácter amador do filme e as várias conversões a que foi sujeito têm implicações na sua qualidade mas nada que comprometa a sua visualização e nos impeça de recordar esses tempos heróicos em que alguns “malucos” aceitavam o desafio de atingir o ponto mais alto de Portugal continental a correr e por caminhos considerados até então impróprios para a prática de tal modalidade.
Este meu texto é dedicado a memória do saudoso Sálvio Nora. E ao Tó e à Lu com uma amizade do tamanho do mundo.
Grandes aventuras! Estive lá, como se impunha, embora não tenha sido "apanhado" pela máquina, provavelmente por vir "demasiado rápido"...
ResponderEliminarBelo
Sim senhora que tempo em que para nós a Transestrela era a rainha das provas.Muitos e bons momentos passamos nestas edições da Transestrela.
ResponderEliminarJose Moutinho
Que saudades das TransEstrelas de dois dias, com chegada à Torre, depois do acampamento obrigatório nos "parques" do Covão da Ponte e do Vale do Rossim.
ResponderEliminarQueremos mais!
Esmeraldo
Após 14 anos continuo a bater palmas!!!
ResponderEliminarSr Jorge Branco, a jovem que no início do filme surge de t-shirt branca, boné e calças acastanhadas com uma mochila às costas, é a mesma que há 2 meses estava nas Lezírias, de muletas a aplaudir esses grandes atletas do pelotão! Chamo-me Margarida, e estou sempre lá!!
Não sei se participou na prova do 1º de Maio em Lisboa, mas orgulho-me de dizer que consegui aplaudir a mesma em 4 pontos diferentes! Por razões óbvias não tinha tempo de ver todos os atletas, mas vi muitos. Na Lisboa adormecida, ninguém me acompanhava.... Certamente guardam as palmas para o futebol, qui ça para o Papa... Mas eu bati, bati e houve atletas que até me tiraram o chapéu!
A todos que palmilham essas estradas de Portugal, muitos aplausos!!
Margarida (Zatopeques)