Amante incondicional das corridas em montanha e fazendo 50 anos precisamente no dia da 8ª edição do Circuito de Arouca – Senhora da Mó não poderia perder a oportunidade de festejar o meio século na montanha.
Depois de um aturado estudo dos vários transportes e das ligações entre eles descobri que era possível chegar a Arouca em transportes públicos partindo do distrito de Santarém. Era uma tarefa nada simples, que implicava seis mudanças de transporte, mas era viável.
Inscrição tratada (com um pedido especial para me ser atribuído o número 50) lá chegou o ansiado dia 1 de Maio e a partida para Arouca.
A viagem decorreu como o previsto e, tendo saída de casa as 7 e 30 da manhã, às 18 e 30 estava em Arouca.
No dia seguinte dirigi-me ao posto de turismo e avisto um grande amigo (responsável pelos melhores “empenos” da minha vida desportiva e pelos mais bonitos percursos onde corri) do outro lado da rua o qual chamo, recebo de imediato os parabéns, frisando o meu amigo que provavelmente “no final da prova não estaria em condições de os receber”!
Lá parti para a prova, bem a medo e para mais, logo no arranque, a “máquina” estava estranha e um bocado descontrolada.
Sem estar em forma para aquelas andanças e limitando-me, nos últimos anos, a fazer as provas do Circuito Nacional de Montanha no distrito de Lisboa (com excepção do Colcurinho, no ano passado), que são relativamente “meigas”, ia preparado para o pior (que na verdade é o melhor).
Logo no primeiro cruzamento, onde se encontravam elementos da organização, sou surpreendido pelos mesmos a cantarem-me os parabéns a você!
O que encontrei foi uma prova de montanha com paisagens espectaculares, subidas para fazer de gatas e descidas a pique a requerem toda a técnica que não tenho.
Mas na base da superação de mim próprio, sem vergonha de acabar em último (mais vale ser o último dos presentes que o primeiro dos ausentes) e usando a técnica de correr quando dava e andar quando não dava (algumas subidas até para andar eram complicadas) lá acabei a prova muito feliz.
No final havia um almoço oferecido ao atletas no Alto da Senhora da Mó e como a prova terminava em Arouca havia que apanhar boleia para “cima”.
Arranjámos boleia junto do responsável pela organização da prova que foi de uma simpatia indescritível e me disse que depois de terminada a prova e o almoço fariam um pequena homenagem/festa para as senhoras da organização responsáveis pelo almoço, visto ser o dia da mãe e que em virtude de fazer anos queriam que eu estivesse presente.
Passado o agradável almoço no Alto da Senhora da Mó, feita a entrega dos prémios, os atletas rumaram a suas casas e ficámos eu, a minha mulher, as senhoras que colaboraram na feitura do almoço e outros elementos da organização.
A grande surpresa estaria para chegar e ela veio na forma de um bolo com duas velas com a minha idade e toda aquela simpática gente a cantar-me os parabéns.
Tenho que confessar que me comovi e nunca esperaria aquilo.
Todos me davam os parabéns e nos tratavam, a mim e à minha mulher, com um simpatia e um carinho indescritível.
Aquela gente simples, fraterna e solidária, de Arouca e aldeias vizinhas, mostrou-me que nestes tempos conturbados e egoístas ainda há pessoas que põem os valores da amizade acima de tudo.
Segundo me disseram, naquela zona todos se conhecem e é como se fosse tudo uma grande família e eu, modestamente, senti-me parte dela.
Nunca mais vou esquecer o meu quinquagésimo aniversário, Arouca e as suas gentes.
Obrigado a todos.
Depois de um aturado estudo dos vários transportes e das ligações entre eles descobri que era possível chegar a Arouca em transportes públicos partindo do distrito de Santarém. Era uma tarefa nada simples, que implicava seis mudanças de transporte, mas era viável.
Inscrição tratada (com um pedido especial para me ser atribuído o número 50) lá chegou o ansiado dia 1 de Maio e a partida para Arouca.
A viagem decorreu como o previsto e, tendo saída de casa as 7 e 30 da manhã, às 18 e 30 estava em Arouca.
No dia seguinte dirigi-me ao posto de turismo e avisto um grande amigo (responsável pelos melhores “empenos” da minha vida desportiva e pelos mais bonitos percursos onde corri) do outro lado da rua o qual chamo, recebo de imediato os parabéns, frisando o meu amigo que provavelmente “no final da prova não estaria em condições de os receber”!
Lá parti para a prova, bem a medo e para mais, logo no arranque, a “máquina” estava estranha e um bocado descontrolada.
Sem estar em forma para aquelas andanças e limitando-me, nos últimos anos, a fazer as provas do Circuito Nacional de Montanha no distrito de Lisboa (com excepção do Colcurinho, no ano passado), que são relativamente “meigas”, ia preparado para o pior (que na verdade é o melhor).
Logo no primeiro cruzamento, onde se encontravam elementos da organização, sou surpreendido pelos mesmos a cantarem-me os parabéns a você!
O que encontrei foi uma prova de montanha com paisagens espectaculares, subidas para fazer de gatas e descidas a pique a requerem toda a técnica que não tenho.
Mas na base da superação de mim próprio, sem vergonha de acabar em último (mais vale ser o último dos presentes que o primeiro dos ausentes) e usando a técnica de correr quando dava e andar quando não dava (algumas subidas até para andar eram complicadas) lá acabei a prova muito feliz.
No final havia um almoço oferecido ao atletas no Alto da Senhora da Mó e como a prova terminava em Arouca havia que apanhar boleia para “cima”.
Arranjámos boleia junto do responsável pela organização da prova que foi de uma simpatia indescritível e me disse que depois de terminada a prova e o almoço fariam um pequena homenagem/festa para as senhoras da organização responsáveis pelo almoço, visto ser o dia da mãe e que em virtude de fazer anos queriam que eu estivesse presente.
Passado o agradável almoço no Alto da Senhora da Mó, feita a entrega dos prémios, os atletas rumaram a suas casas e ficámos eu, a minha mulher, as senhoras que colaboraram na feitura do almoço e outros elementos da organização.
A grande surpresa estaria para chegar e ela veio na forma de um bolo com duas velas com a minha idade e toda aquela simpática gente a cantar-me os parabéns.
Tenho que confessar que me comovi e nunca esperaria aquilo.
Todos me davam os parabéns e nos tratavam, a mim e à minha mulher, com um simpatia e um carinho indescritível.
Aquela gente simples, fraterna e solidária, de Arouca e aldeias vizinhas, mostrou-me que nestes tempos conturbados e egoístas ainda há pessoas que põem os valores da amizade acima de tudo.
Segundo me disseram, naquela zona todos se conhecem e é como se fosse tudo uma grande família e eu, modestamente, senti-me parte dela.
Nunca mais vou esquecer o meu quinquagésimo aniversário, Arouca e as suas gentes.
Obrigado a todos.
Jorge Branco
Uma vez mais Parabéns Jorge. Após ler o relato, fico com uma certa inveja duma festa de anos que poucos poderão ter como recordação. O 50º é um marco. Os teus ficam com o gosto especial de terem sido festejados a fazer aquilo que gostas: correr! Que repitas o programa por muitos anos! Abraço
ResponderEliminarCaro Jorge,
ResponderEliminarOs aniversarios comemoram-se uma vez por ano mas o 50º aniversário só se comemora uma vez na vida por isso, tal como tu dizes no teu escrito, só restava à organização proporcionar-te um dia que tu não te esqueces até cumprires outros 50...
1 abraço valente e até uma próxima montanha. Matias
Caro Jorge Branco
ResponderEliminarparabéns ainda que atrasados pelo 50º aniversário, que conte muitos.
Estão também de parabéns todos os que se envolveram na "surpresa".
Também eu caminho para os 50 e já há algum tempo que planeio nesse dia ou perto organizar um pequeno convívio com pessoal que corre, considere-se convidado, esqueci-me de dizer que mete corrida, claro só podia.
Abraço e vemo-nos na areia.
Que momento especial...
ResponderEliminarque venha os 100 anos agora...
Bjinhos
Parabéns
JU
Que dia espectacular deve ter sido!
ResponderEliminarA corrida a levá-lo ao meio da Natureza bela, os amigos, toda a gente a mimá-lo... deve ter sido de facto inesquecível!
Da minha parte, tenho pena de não ter lá estado (conheço a prova), e desejo-lhe muitos e bons anos de vida cheios de saúde e tudo de bom!
Um abraço de amizade
Ana Pereira
Olá Jorge!
ResponderEliminarMuitos parabéns pelo seu 50º aniversário.
A serenidade da Serra para comemorar tão importante data. Deve ter passado momentos memoráveis e efectuado algumas belas viagens ao passado, em tão maravilhoso cenário.
Que este dia se repita, com muita saúde, por muitos anos.
Luís Mota