POR EVB
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Chegam-nos do Estádio Nacional, sob a égide do actual IDP (Instituto do Desporto de Portugal), mais más notícias.
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Depois da belíssima pista, mais conhecida por “hipódromo” (nome decorrente de outro projecto de transformação, salvo erro ainda durante o fascismo), e por nós utilizada nos já longínquos anos 70, ir ser transformada em campo de golfe. Pista onde aliás se disputaram pelo menos duas grandes competições internacionais de corta-mato, o Cross das Nações (antecessor dos Mundiais) em 1955, em que participou um dos nossos maiores fundistas de sempre, Manuel Faria, a outra já bem mais perto de nós, em 1985, onde Carlos Lopes ganhou de novo o Campeonato do Mundo dessa especialidade.
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Agora, a pretexto da construção de arruamentos e rotundas, “alienam-se” cerca de quase dois hectares do património público, para benefício de um construtor privado. Tudo, como nos últimos anos se costuma fazer, mais ou menos feito à socapa, isto é, “ nas costas” das populações e dos utentes do espaço público. E sob o pretexto de arranjar verbas!
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Não fora a LIGA DOS AMIGOS DO JAMOR / AMIGOS DO ESTÁDIO NACIONAL e mais algumas pequenas notícias nalguns matutinos, nos terem alertado para o que está a acontecer e tudo se consumaria como de costume. Isto é, na ignorância dos principais interessados.
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Oxalá tenhamos mais uma grande vaga de protestos, para que seja possível ainda impedir a concretização de mais este atentado ao património público. Apelamos a todos que consultem o blogue daqueles AMIGOS, se informem e exerçam o vosso direito de protesto cívico contra estes tipos de desmandos.
Tanto quanto julgo saber, o campo de golfe de 18 buracos a ser construído no Jamor, no valor de 6 milhões de euros, vai ter caracter público e visa o acesso a todas as camadas sociais do país. E foi com estes argumentos que a Federação Portuguesa de Golfe convenceram a tutela do desporto deste país.
ResponderEliminarUns fazem os “trabalhos de casa”, e outros não. O cerne da questão está no empenho das federações respectivas,Golfe e Atletismo respectivamente.
Em 10 anos os atletas golfistas federados triplicaram (4500 em 1996 – 14500 em 2006). Basta tocarem num taco e são logo registados.
Em contrapartida a F.P.A ignora a vertente popular com os seus 20 000 participantes!!!
Assim, é natural que haja mais golfistas (federados) que praticantes de atletismo, 14500 contra 12200 respectivamente!
É minha convicção que a maioria dos portugueses não têm a noção destes números, mas sim o contrário...e com toda razão, mas uma coisa é a realidade dos números e outra, bem diferente, a dos números da realidade!!!
Nunca vi ou ouvi a comunicação social anunciar a conquista de alguma medalha em Campeonatos da Europa, Mundo ou Olímpica por parte da modalidade de golfe porém, para a Confederação do Desporto de Portugal e Instituto de Desportos de Portugal, isso pouco importa... mas sim os números registados atrás referido!
Orlando Duarte
É muito importante que sejam tomadas medidas contra este tipo de atítudes, num país que quer dar uma imagem de desporto só para uma camada social.
ResponderEliminarTreinei muitas vezes nesse local, nos meus estágios na Cruz Quebrada, tenho boas recordações e ver esse local transformado num campo de golfe acho que é de lamentar, desprezando quantos mais poderiam disfrutar da liberdade desportiva desse local.
Um abraço
José Xavier
http://josexavier1.blogspot.com