Talvez com alguma imprudência lancei-me no desafio de fazer a II Meia Maratona na Areia.
Com experiência zero em matéria de correr na praia (exceptuando os 400m dos 13Km do Guincho) lá vou, na minha santa ingenuidade, para o areal da Caparica.
Fazia contas: vários treinos de 1H45, um treino de 2H, uma constipação e respectiva recuperação, ida a Arouca… Enfim, a forma devia dar para acabar a prova na liga dos últimos.
Partindo muito calmamente (e sem GPS, que “encravou”) lá fui andando.
A sensação que tinha, em termos de adaptação ao meio ambiente e ao piso, devia ser semelhante à de meter um carro utilitário de cidade a fazer o Paris-Dakar (e peço desculpa pela comparação com desportos motorizados).
Mas até ao retorno a coisa ainda se foi fazendo sem grandes problemas e ainda deu para falar pessoalmente, pela primeira fez, com o Luís (Tigre), no citado retorno (um dos ultra maratonista portugueses de antes quebrar que torcer!).
E eu, que faço quase sempre a segunda metade dos treinos e das provas mais rápida no regresso, dei o chamado “grande estoiro”!
Faltava-me força e o vento e o piso não me davam tréguas. A coxa da perna esquerda começava a latejar preocupantemente, ameaçando cãibras.
Consegui resistir até aos 18 quilómetros e depois tive que alternar a marcha com a corrida.
Mas tive que parar de correr, com muita calma, não fosse ter uma cãibra das valentes (coisa que nunca tive durante uma prova, em 30 anos de corrida).
Quando recomecei a andar, a metade da perna (do joelho para cima) era “cortiça”.
Alternando a corrida com a marcha, consegui arrastar-me até a meta. A correr a perna aquecia e doía menos (mas faltava-me a força!) e a andar a perna encortiçava completamente. Mas o pior estava para vir. Os metros finais, em que se tem que sair da orla marítima e correr em diagonal na areia mole para cortar a meta, foram uma coisa indescritível.
Feitos a coxear, com a sensação de ter a meta ali à mão e a qualquer momento cair para o lado, não pelo cansaço extremo, que até nem era o caso, mas porque as pernas, ou a perna esquerda, não davam mais.
Incentivado pelo amigo Rui Lacerda (que conheci pessoalmente pela primeira vez ali) lá lhe disse que se nunca tinha acabado um prova a andar não seria hoje e arranquei aos zig zag para os últimos 10 ou 20 metros.
Um grande obrigado Rui!
Depois foi a “grande aventura” de conseguir chegar até ao carro de apoio e ir tomar banho.
Mas hei-de voltar lá para o ano, pois tenho um litígio por resolver com as areias da Caparica.
Com experiência zero em matéria de correr na praia (exceptuando os 400m dos 13Km do Guincho) lá vou, na minha santa ingenuidade, para o areal da Caparica.
Fazia contas: vários treinos de 1H45, um treino de 2H, uma constipação e respectiva recuperação, ida a Arouca… Enfim, a forma devia dar para acabar a prova na liga dos últimos.
Partindo muito calmamente (e sem GPS, que “encravou”) lá fui andando.
A sensação que tinha, em termos de adaptação ao meio ambiente e ao piso, devia ser semelhante à de meter um carro utilitário de cidade a fazer o Paris-Dakar (e peço desculpa pela comparação com desportos motorizados).
Mas até ao retorno a coisa ainda se foi fazendo sem grandes problemas e ainda deu para falar pessoalmente, pela primeira fez, com o Luís (Tigre), no citado retorno (um dos ultra maratonista portugueses de antes quebrar que torcer!).
E eu, que faço quase sempre a segunda metade dos treinos e das provas mais rápida no regresso, dei o chamado “grande estoiro”!
Faltava-me força e o vento e o piso não me davam tréguas. A coxa da perna esquerda começava a latejar preocupantemente, ameaçando cãibras.
Consegui resistir até aos 18 quilómetros e depois tive que alternar a marcha com a corrida.
Mas tive que parar de correr, com muita calma, não fosse ter uma cãibra das valentes (coisa que nunca tive durante uma prova, em 30 anos de corrida).
Quando recomecei a andar, a metade da perna (do joelho para cima) era “cortiça”.
Alternando a corrida com a marcha, consegui arrastar-me até a meta. A correr a perna aquecia e doía menos (mas faltava-me a força!) e a andar a perna encortiçava completamente. Mas o pior estava para vir. Os metros finais, em que se tem que sair da orla marítima e correr em diagonal na areia mole para cortar a meta, foram uma coisa indescritível.
Feitos a coxear, com a sensação de ter a meta ali à mão e a qualquer momento cair para o lado, não pelo cansaço extremo, que até nem era o caso, mas porque as pernas, ou a perna esquerda, não davam mais.
Incentivado pelo amigo Rui Lacerda (que conheci pessoalmente pela primeira vez ali) lá lhe disse que se nunca tinha acabado um prova a andar não seria hoje e arranquei aos zig zag para os últimos 10 ou 20 metros.
Um grande obrigado Rui!
Depois foi a “grande aventura” de conseguir chegar até ao carro de apoio e ir tomar banho.
Mas hei-de voltar lá para o ano, pois tenho um litígio por resolver com as areias da Caparica.
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IIIº METTING BLOGGER
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Depois da “tareia” que apanhei das areias da Caparica, havia que participar no almoço do IIIº METTING BLOGGER.
O que se pode dizer de um excelente almoço e convívio entre amigos que partilham o prazer de correr e de escrever no cyber espaço?
Que alegria conhecer pessoalmente amigos, que tanto admiro pelo que escrevem e correm.
Não querendo deixar ninguém de fora, não posso deixar de referir o Fernando Andrade, o homem de uma das mais carismáticas meias maratonas portuguesas (São João das Lampas), que deve ter mais de simpatia que de quilómetros corridos ao longo da sua grande carreira.
Do Joaquim Adelino, um mar de simpatia maior que o oceano, que nos acompanhou durante a prova.
Do Vítor Dias, com um site que é uma referência para quem corre e que está sempre pronto a ajudar todos e que tanto tem feito pela divulgação dos nossos blogues.
O Orlando Duarte, sempre atento aos problemas do mundo que o rodeia e sem pejo em dar cara pelo que acha justo, com análises sempre muito bem estruturadas e de grande interesse.
E tantos amigos, alguns que até me vieram cumprimentar pessoalmente, com palavras elogiosas a este modesto blogue, mas de quem a minha fraca memória (ainda mais fraca devido ao empeno matinal) não conseguiu reter os nomes.
Não posso deixar de referir o amigo que se sentou ao meu lado na mesa, nem essa lenda viva da ultra maratona em Portugal que dá pelo nome de Jorge Serrazina. Infelizmente a disposição das mesas e a minha timidez não me permitiram cumprimentar um dos meus grandes ídolos.
Quero também agradecer o simpático diploma que me foi entregue (e a todos os blogger presentes). Foi um momento muito bonito, terem lido uma pequena passagem de todos os blogues envolvidos no encontro e em seguida entregar o referido diploma. Tanto trabalho teve o Joaquim Adelino!
Por fim, uma palavra para a excelente mensagem do Professor Mário Machado (lida pelo Fernando Andrade) que, na impossibilidade de estar presente, nos deixou um texto magnífico. Devemos a ele ser a corrida para todos em Portugal o que é, e podermos estarmos todos aqui.
Agora o mais complicado vai ter que ser esperar até a Páscoa de 2011, para Constância (“a mais linda namoradeira do Tejo”) nos receber para o IVº METTING BLOGGER.
Até lá vão ter que me aturar por aqui e também na liga dos últimos!
As minhas desculpas pelo tamanho deste “post”. Parece-me que já oiço gente a ressonar desse lado!
O que se pode dizer de um excelente almoço e convívio entre amigos que partilham o prazer de correr e de escrever no cyber espaço?
Que alegria conhecer pessoalmente amigos, que tanto admiro pelo que escrevem e correm.
Não querendo deixar ninguém de fora, não posso deixar de referir o Fernando Andrade, o homem de uma das mais carismáticas meias maratonas portuguesas (São João das Lampas), que deve ter mais de simpatia que de quilómetros corridos ao longo da sua grande carreira.
Do Joaquim Adelino, um mar de simpatia maior que o oceano, que nos acompanhou durante a prova.
Do Vítor Dias, com um site que é uma referência para quem corre e que está sempre pronto a ajudar todos e que tanto tem feito pela divulgação dos nossos blogues.
O Orlando Duarte, sempre atento aos problemas do mundo que o rodeia e sem pejo em dar cara pelo que acha justo, com análises sempre muito bem estruturadas e de grande interesse.
E tantos amigos, alguns que até me vieram cumprimentar pessoalmente, com palavras elogiosas a este modesto blogue, mas de quem a minha fraca memória (ainda mais fraca devido ao empeno matinal) não conseguiu reter os nomes.
Não posso deixar de referir o amigo que se sentou ao meu lado na mesa, nem essa lenda viva da ultra maratona em Portugal que dá pelo nome de Jorge Serrazina. Infelizmente a disposição das mesas e a minha timidez não me permitiram cumprimentar um dos meus grandes ídolos.
Quero também agradecer o simpático diploma que me foi entregue (e a todos os blogger presentes). Foi um momento muito bonito, terem lido uma pequena passagem de todos os blogues envolvidos no encontro e em seguida entregar o referido diploma. Tanto trabalho teve o Joaquim Adelino!
Por fim, uma palavra para a excelente mensagem do Professor Mário Machado (lida pelo Fernando Andrade) que, na impossibilidade de estar presente, nos deixou um texto magnífico. Devemos a ele ser a corrida para todos em Portugal o que é, e podermos estarmos todos aqui.
Agora o mais complicado vai ter que ser esperar até a Páscoa de 2011, para Constância (“a mais linda namoradeira do Tejo”) nos receber para o IVº METTING BLOGGER.
Até lá vão ter que me aturar por aqui e também na liga dos últimos!
As minhas desculpas pelo tamanho deste “post”. Parece-me que já oiço gente a ressonar desse lado!
Amigo Jorge
ResponderEliminaré impossível percorrer o seu texto sem sorrir do princípio ao fim, pois o seu sentido de humor sempre presente, contagia-nos.
Muito obrigado pelas suas simpáticas palavras.
Foi muito bom conhecê-lo.
Grande abraço.
FA
Amigo Jorge Branco!
ResponderEliminarQuero felicitá-lo pela CORAGEM que teve ao fazer esta Meia-Maratona na Areia e pelo espírito de sacrifício que demonstrou nesta Prova!
Quero dizer-lhe que o seu Blogue me acompanha em todas as Provas, já que quando entro no "derrradeiro" kilómetro de cada Prova, me vem à ideia o título e a "apresentação" do mesmo com aquela frase " É na busca mágica do último quilómetro que todos nós corremos " .
Também eu pertenço à vastíssima e incontornável "Liga dos últimos" .
Um grande Abraço e uma vez mais, PARABÉNS pela sua CORAGEM
Grande amigo Jorge, foi com grande prazer que o conheci pessoalmente, se o admirava antes que dizer agora depois de ter partilhado consigo aqueles momentos (breves de mais) durante o nosso Encontro? Fica na sua e também na nossa memória a sua extraordinária odisseia aqui contada da sua participação na Meia Maratona da Areia, para o tranquilizar (se é que é possível)devo dizer-lhe que todos acabaram denotando grandes dificuldades, eles têm uma vantagem pois conseguem disfarçar muito bem, nós é que já temos dificuldade em esconder o que é óbvio, ou por outra, fazemos questão de mostrar, e não esconder, aquilo que realmente somos e mostrar que a vontade e a idade são bem conciliáveis desde que o fáçamos na plenitude das nossas capacidades e com responsabilidade.
ResponderEliminarFico feliz por ter apreciado aquela bonita festa que também foi sua, o enquadramento de todos os amigos provavelmente até nem foi o melhor mas o atraso na destribuição dos prémios até nem ajudou nada e estragou-nos os planos, espero que em próximas ocasiões tenha oportunidade de estar mais perto e podermos conversar sobre muitas coisas que teremos certamente em comum, nomeadamente a corrida.
Abraço.
Olá amigo Jorge,
ResponderEliminarFoi com imenso prazer que o conheci pessoalmente, apesar de não se ter proporcionado uma conversa, espero em ocasiões futuras que tal aconteça, pois é um atleta fantástico e que deverá ter muitas e interessantes histórias para contar.
Aproveito também para mais uma vez felita-lo pela excelência do seu blogue.
Um grande abraço e tudo de bom!
Amigo Jorge,
ResponderEliminarTambém para mim foi um grande prazer conhecê-lo.
Se bem que não tivesse havido muita conversa entre nós, "pela pinta" já deu bem para o conhecer.
Parabéns pelo blog e tudo de bom para si.
Abraço
José Alberto
Caro Jorge,
ResponderEliminarAdorei o texto, mas não concordo nada com a história da liga dos últimos! Mesmo sem chegar na fila da frente, nós somos os primeiros a sair de casa para ir correr, somos os primeiros em motivação, somos os primeiros em alegria e somos os primeiros em camaradagem, por isso esqueça lá a liga dos últimos e coloque-se na Champions ou na Golden League, como preferir.
Um abraço!
Ola Jorge,
ResponderEliminarFoi um grande prazer o ter conhecido pessoalmente, espero revelo mais vezes.
Dia que vai ficar na memoria por algum tempo, ate ao próximo encontro, ;-).
Grande abraço
Vitor Velsoo
Jorge
ResponderEliminarO Jorge entrou em "litígio" com a areia. Nunca dado por vencido na próxima vez sairá vencedor. Ficou essa promessa e elas existem para serem cumpridas(há quem não as cumpra mas isso são outras histórias).
:)
Pena as cãibras mas finalizou e isso Jorge é já uma grande vitória.
O convívio final foi um espectáculo e assim se cruzam informações, conselhos e amizades entre gente que escreve o que lhes vai na alma.
Um abraço e até uma prova qualquer ao virar da esquina.
Amigo, Jorge.
ResponderEliminarEspero poder cumprimentá-lo pessoalmente antes de constância, talvez num ultimo km de uma prova por aí, será certamente um prazer.
Um grande Abraço.
Filipe Fidalgo
Viva Jorge
ResponderEliminarConforme já aqui foi escrito, os "últimos" são muitas vezes os primeiros. A foto da chegada, espelha bem o prazer alcançado, apesar de todos os esforços e sacrifícios. Mas chegaste e isso é o importante para nós.
Lá te espero na próxima edição e até lá espero ter o prazer de estar em muitas partidas, ao teu lado!!
Abraço
Alexandre Duarte