sábado, 12 de setembro de 2009


UMA GOTINHA DE HISTÓRIA

Corrida a pé

Esta modalidade atlética, tão apreciada e tão amada pelo Jorge Branco, já se praticava na Antiga Grécia mas de uma forma diferente da actualidade. Nos dias de hoje, podemos observar corredores dessa época representados em vasos, pratos,... que foram preservados ao longo da História.

As corridas podiam realizar-se nos seguintes moldes:

Corrida simples: corrida de velocidade, devendo o atleta percorrer de uma única vez a pista do estádio, que media 192 m.
Corrida dupla: como a própria denominação indica o atleta percorria duas vezes a pista do estádio.
Corrida de fundo: nesta corrida, o percurso variava de 7 a 24 estádios, podendo num total perfazer mais de 4 km.
Corrida com armas: o percurso podia corresponder a dois ou quatro estádios, a prova era disputada por corredores armados tal como um soldado de infantaria pesada, usavam escudo, capacete e perneiras.
Corrida com tocha: Esta prova não estava incluída entre as provas dos quatro grandes jogos atléticos da Grécia, era disputada por cinco grupos de 40 homens que se revezavam e que, em Atenas, estavam colocados a uma distância de 25 metros uns dos outros. Os atletas percorriam um caminho de 1000 metros, desde a muralha da acrópole ao altar de Prometeu na periferia da cidade. O desafio consistia em correr com uma tocha acesa e passá-la ao companheiro de revezamento sem que ela se apagasse. A vitória pertencia ao grupo cujo último corredor chegasse primeiro ao altar com a tocha acesa.
Os atletas não eram escolhidos aleatoriamente, eram distribuídos por categorias de acordo com a idade. A corrida de fundo e a corrida com armas só eram disputadas por homens adultos. Os atletas disputavam as provas de corridas (com excepção da corrida com armas) inteiramente nus, com o corpo untado de óleo e o treino era realizado nos estádios dos ginásios. Para melhorar o desempenho, eram forçados a correr em terreno arenoso ou, então, com as pernas flectidas para o fortalecimento dos músculos. As imagens conservadas nos vasos mostram que a postura dos atletas diferia, conforme se tratasse de corrida de velocidade ou de corrida de fundo. Os corredores de velocidade mantinham o tronco direito e imprimiam aos braços esticados um balanceio, para acelerar o passo, os corredores fundistas mantinham os braços dobrados, junto ao corpo, e inclinavam levemente o tronco para a frente.

Quem é muito letrado nesta modalidade certamente encontrará alguns pontos concomitantes, eu com uma perfeita (ou imperfeita) leiga não sei ir por esse caminho.

Parabéns Jorge Branco pela coragem de teres criado este blogue, onde todos os amantes (e não só) do atletismo que faz bem ao corpo e à alma, se podem exprimir.

MTM

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