Para se fazer o melhor, seja em que actividade for, tem que se fazer o pior. Sem, pelo menos, dois registos não há base para comparações tão ao gosto do género humano, que estas “tendências comparativas” são apenas próprias do homem que os outros animais ditos irracionais (na minha opinião o homem, por vezes, é o mais irracional dos animais) tem uma vida bem mais simplificada, sem divagações deste género
Falando em registo cronométricos, a minha melhor meia maratona foi na Nazaré com um registo de 1:28:14, em 13 de Novembro de 1983. A minha pior meia maratona seria em São João das Lampas, no passado dia 10 de Setembro de 2011, para um registo de oficial de 2:32:04 .
Entre estes dois registo decorreram 28 anos e entre as várias participações em provas, registo o meu melhor tempo na maratona (Maratona Nacional do Inatel –Foz do Arelho, 21 de Abril de 1985), com o tempo de 3:10:27, o meu 5º lugar nas 12 Horas de Vila Real de Santo António, com a marca de 101,650 Km (18 de Abril de 1987) e uma participação na segunda edição da Transestrela, em 24 de Agosto de 1996, num tempo em que as provas de montanha era algo de pioneiro em Portugal e um grupo de atletas “malucos” se propuseram a participar numa prova que decorria em dois dias (aproximadamente 20 quilómetros num dia e 30 no outro), acabando na Torre depois de atravessar o planalto central da Serra da Estrela.
Vem-me ainda à memória o “tempo canhão” que fiz na terceira edição dos 12 km. Manteigas - Penhas Douradas, em 10 de Março de 1985 (1:05:15), a participação na primeira edição do Cross da Serra do Açor, em 5 de Maio de 1996, aquela que era na altura a mais dura prova de montanha portuguesa (com uma altimetria e percurso “escandalosos” para a época) e cuja a primeira edição foi disputada debaixo de um temporal terrível (crónica sobre esta prova na página do Terras de Aventura).
Embora sendo um atleta pouco participativo em provas, ao olhar para o meu pior e o meu melhor registo cronométricos na meia maratona não posso deixar de pensar: O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR!, lembrando-me da letra de uma das minhas canções favoritas de sempre.
O que eu andei para aqui chegar, no sentido do tempo que mediou entres esses dois registos, dos quilómetros que corri em treino e provas, da vida que vivi, dos amigos e familiares que já partiram, das vitórias, derrotas, alegrias e tristezas destes 31 anos da vida de modesto corredor de pelotão.
E olhando para o registo obtido na Meia Maratona de São João das Lampas, ao pensar na frase: O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR, ela tem um sentido trágico-cómico pois “fartei-me” de andar a pé (conforme podem ler aqui) para ter o prazer sofrido de correr na passadeira verde daquela prova que tem muito mais de beleza e amizade que de subidas e descidas!
O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR!
Falando em registo cronométricos, a minha melhor meia maratona foi na Nazaré com um registo de 1:28:14, em 13 de Novembro de 1983. A minha pior meia maratona seria em São João das Lampas, no passado dia 10 de Setembro de 2011, para um registo de oficial de 2:32:04 .
Entre estes dois registo decorreram 28 anos e entre as várias participações em provas, registo o meu melhor tempo na maratona (Maratona Nacional do Inatel –Foz do Arelho, 21 de Abril de 1985), com o tempo de 3:10:27, o meu 5º lugar nas 12 Horas de Vila Real de Santo António, com a marca de 101,650 Km (18 de Abril de 1987) e uma participação na segunda edição da Transestrela, em 24 de Agosto de 1996, num tempo em que as provas de montanha era algo de pioneiro em Portugal e um grupo de atletas “malucos” se propuseram a participar numa prova que decorria em dois dias (aproximadamente 20 quilómetros num dia e 30 no outro), acabando na Torre depois de atravessar o planalto central da Serra da Estrela.
Vem-me ainda à memória o “tempo canhão” que fiz na terceira edição dos 12 km. Manteigas - Penhas Douradas, em 10 de Março de 1985 (1:05:15), a participação na primeira edição do Cross da Serra do Açor, em 5 de Maio de 1996, aquela que era na altura a mais dura prova de montanha portuguesa (com uma altimetria e percurso “escandalosos” para a época) e cuja a primeira edição foi disputada debaixo de um temporal terrível (crónica sobre esta prova na página do Terras de Aventura).
Embora sendo um atleta pouco participativo em provas, ao olhar para o meu pior e o meu melhor registo cronométricos na meia maratona não posso deixar de pensar: O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR!, lembrando-me da letra de uma das minhas canções favoritas de sempre.
O que eu andei para aqui chegar, no sentido do tempo que mediou entres esses dois registos, dos quilómetros que corri em treino e provas, da vida que vivi, dos amigos e familiares que já partiram, das vitórias, derrotas, alegrias e tristezas destes 31 anos da vida de modesto corredor de pelotão.
E olhando para o registo obtido na Meia Maratona de São João das Lampas, ao pensar na frase: O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR, ela tem um sentido trágico-cómico pois “fartei-me” de andar a pé (conforme podem ler aqui) para ter o prazer sofrido de correr na passadeira verde daquela prova que tem muito mais de beleza e amizade que de subidas e descidas!
O QUE EU ANDEI PARA AQUI CHEGAR!
Acima de tudo parabéns pelos teus 28 anos, também pelas marcas (que no teu caso tens umas quantas de bastante valia) apesar de no meu caso não lhes dar muita importância.
ResponderEliminarGosto igualmente bastante dessa canção.
Venham mais...28...
Abraço companheiro,
António Almeida
"Um braço vigoroso não é mais aguerrido contra a lança do que um braço frágil; são o carácter e a coragem que fazem o guerreiro."
ResponderEliminar- Eurípedes (dramaturgo / Grécia Antiga)
Todas as fases da vida são belas se bem desfrutadas.
ResponderEliminarO que andaste para ali chegares e chegaste muito bem pois deste o teu melhor, sendo mais um ponto numa carreira pautada por grandes feitos só ao alcance de alguns poucos atletas de pelotão.
Parabéns pelo que já fizeste, pelo que fazes e pelo que farás. pois é sempre feito com o coração
Carlos Lopes falava " não corro pra chegar em 1º, corro pra ganhar".
ResponderEliminarNós não corremos desistir, corremos pra chegar, seja qual for o tempo.... Parabéns, vc é uma referencia pra mim,
Obrigado pela ênfase, Jorge.
ResponderEliminarPor um regresso 28 anos depois que, apesar das marcas negativas deixadas na "locomotiva", também deixou na mente as positivas. E estas que preduram.
Grande abraço.
Fernando Andrade
Se me permite, eu diria que mais importante que todos os tempos cronometrados, está a realização de um objectivo, nesse caso, completar uma meia-maratona. Completar 21Km em 1:28:14 será certamente melhor que fazer em 2:32:04. Mas há muitos que nem isso são capazes de fazer. Eu sou um deles. Para já, é uma distância a que não me atrevo a correr. E nessa corrida, se bem li num blogue, houve alguém que passou essa passadeira verde sem no entanto ter completado a prova. E esse pouco terá andado para a ali chegar.
ResponderEliminarPor isso, ficam os meus parabéns por mais uma prova concluída, sendo secundário, na minha opinião, o tempo com que a mesma foi feita.
Cumprimentos
Sabe sempre bem ler e conhecer a história desportiva de um grande amigo como o Jorge. As suas "penas" confessadas(de penar) são sempre incentivos para nós depois de nos dar a conhecer tão rico palmarés ao longo dos 28 anos de corridas e de tantas histórias já contadas. O conhecimento que nos vai transmitido é também um grande estímulo para todos e principalmente para aqueles que recentemente chegaram à estrada e também à montanha.
ResponderEliminarUm abraço amigo Jorge e olhe enquanto podermos vamo-nos encontrando por aí, nas corridas pois claro.
Olá Jorge,há dias assim, em que fazemos menos do que queremos, mas fazemos!...
ResponderEliminarbeijinho eugénia
:) O que realmente importa é que chegou! Um grande beijinho Jorge, e até uma próxima. Talvez a Corrida do Monge...
ResponderEliminarnão interessa o caminho percorrido, mas sim onde esse caminho nos leva. no seu caso a meta foi o destino. bastou. parabéns.
ResponderEliminarJorge
ResponderEliminarO que tu correste para ali chegar, mas chegaste e isso meu Amigo é o quanto basta.
Longe vão os nossos tempos mas estamos cá. Ainda puxamos pelo corpo que tanto nos pesa e a passadeira foi testemunha do teu passar.
O teu historial fala por ti, mas mesmo que não tivesses o historial que tens, bastava saber que o Homem de seu nome Jorge esteve lá e que levou o tempo que tinha para chegar... Mas chegou!
Abraços duplos!