Depois da agradável participação
na Corrida da Liberdade, com a grande equipa dos Zatopeques, decidi alinhar na
Corrida Internacional 1º de Maio.
Os dez km da Corrida da Liberdade
souberam-me a pouco e resolvi esticar a “corda” até aos 15 do 1º de Maio.
Sou muito pouco amigo das provas
em alcatrão e corro, quase sempre sozinho, fora das estrada, aqui nos estradões
e carreiros ribatejanos.
Mas talvez por quase já não
participar em provas, e muito menos de estrada, até gostei de andar a correr
pelas ruas de Lisboa.
Inscrevi-me pois para o 1º de
Maio no último dia em que tal era possível, coisa que em geral nunca faço, em
primeiro lugar por uma questão de respeito pelas organizações e em segundo
lugar por uma questão de agendamento pessoal.
A minha táctica para a prova
estava definida e é sempre a mesma dos
últimos anos: partir mesmo muito lento e ir acelerando alguma coisa pelo
caminho, mas bem pouco diga-se de passagem.
Há uns bons anos que não faço
provas de “prego a fundo” e o meu andamento está quase ao nível das lesmas!
Lá parti praticamente na cauda do
pelotão, com toda a calma, e na Avenida do Brasil já ia na minha situação
habitual, ou seja isolado entre dois grupos de corredores. Atras de mim eram
lentos de mais e o grupo a frente não valia o esforço de ir tentar apanhá-los
pois ainda podia estragar tudo!
Bom, lá vou fazer uma prova em
solitário e, tendo calma com a descida do Saldanha ao Rossio, talvez ainda
apanhe alguns atletas na Almirante Reis.
E ia eu muito descansado (salvo
seja) nestes meus pensamentos, fazendo contas à vida, quando encontro, perto do
Saldanha, o grande amigo e grande atleta Joaquim Adelino que ia ali apenas em
treino e resolveu fazer o resto da prova comigo.
A partir dai tudo foi diferente!
Com uma lebre daquele quilate acabei por fazer uma das minhas provas mais
rápidas dos últimos anos. Nada que se compare com os andamentos de quando eu
tinha a mania que era atleta mas algo de bem rápido para os meus andamentos nos
treinos solitários!
Foi uma companhia extremamente
agradável que tornou esta prova muito especial.
O melhor é que eu me sentia bem e
até veio o segundo fôlego e deu para fazermos toda a Almirante Reis lado a
lado, a passarmos outros corredores, como se o nosso “campeonato” não fosse
aquele!
Há muito tempo que não corria uma
prova assim de traz para a frente em ritmo crescente.
Gostei particularmente da forma
com que abordei a subida da Alameda para o Areeiro, com muita força, a lembrar
que eu antigamente gostava (e ainda gosto) de subir e até nem o fazia mal...
Foi uma emotiva entrada nos
Estádio Primeiro de Maio naquela pista onde tantas vezes treinei ainda ela era
de cinza.
Obrigado grande amigo Joaquim
Adelino.
Esta prova atesta que uma Raposa
Manca e uma Lebre até podem conviver de forma muito pacífica e salutar! Forte
abraço amigo!
Eu com dois grandes senhores; Joaquim Adelino e João Lima.
Amigos muitos especiais, companheiros da fraternidade, meus
irmãos dos trilhos e da estrada! Se não fosse por mais nada só por amizades
como estas valia a pena correr!
(Foto Mafalda Lima)
Grande Jorge! Grande Raposa!
ResponderEliminarO "tal" último chegou com quase 100 atrás!
Parabéns pelo prazer que retiraste da corrida!
Um grande abraço
Fez uma grande prova, isso é que foi! Muito bem! Estou a ver que isso de ser o último, o andamento de lesma e outras lamúrias, são mas é ronha, que o meu amigo afinal quando "puxado" respondeu muitíssimo bem e até acordou em si sensações adormecidas, como o gostar de subir, e fazer a prova de trás para a frente, em ritmo crescente.
ResponderEliminarE o Adelino é fantástico, foi sim senhora uma lebre de luxo! E de facto, com companhia vai-se e corre-se muito melhor!
Pois foi pena não o ter visto...
Parabéns pela prova, beijinho
ResponderEliminarJorge,
ResponderEliminarFoi mesmo uma grande prova!!!Jose Dionisio
!
Olá, Amigo Jorge Branco.
ResponderEliminarQue pena não vos ter visto para de algum modo vos dar um grande abraço pela enorme mensagem de amizade e companheirismo que ambos transmitem a todos aqueles que fazem da corrida o seu hobby. A título pessoal voçês simbolizam o melhor que a corrida nos dá, por tudo isso. OBRIGADO!
Grande Abraço
Filipe Fidalgo
http://www.corredordedomingo.blogspot.pt/
É caso para dizer, depois de uma corrida dessa categoria, ficaram muito bem na fotografia.
ResponderEliminarUm abraço
dos Xavier's
Jorge
ResponderEliminarMuitas vezes há necessidade de haver quem nos 'ajude' a empurrar para a frente.
Tinhas a força dentro de ti só que estava adormecida. Com o Joaquim e o ambiente de festa que este 1º de Maio simboliza, essa tua força interior veio ao de cima e a raposa que se diz manca, passou a ser aquela 'velha' raposa que sabe quando, como e qual a melhor altura para 'atacar' o 'rebanho' ciente (puro engano) que a raposa já mais não daria.
Parabéns Jorge!