É já no próximo dia 1 que estará nas ruas de Lisboa uma das mais populares, e participadas provas que a cidade das sete colinas conhece, a Corrida Internacional 1º de Maio, que este ano alcança a sua 30º edição.
Numa organização conjunta da USL (União dos Sindicatos de Lisboa) e da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) esta prova terá a distância de 15 quilómetros, com partida e chegada ao Estádio 1º de Maio (estádio do INATEL). Haverá também uma mini corrida (cerca de 4 quilómetros), para que os menos preparados não deixem de participar.
Este ano a União dos Sindicados de Lisboa/CGTP vai homenagear duas figuras maiores do nosso Atletismo, os consagrados atletas Rita Borralho e Armando Aldegalega, no decorrer da 30ª edição da Corrida Internacional 1º de Maio.
.
Mas o que está por detrás do 1º de Maio, essa data tão importante para todos os trabalhadores?
Falemos pois um pouco da história do 1º de Maio.
A 1 de Maio de 1886 estima-se que 500 mil trabalhadores tenham saído às ruas de Chicago, nos EUA, para pacificamente exigirem a redução da jornada de trabalho para as 8 horas diárias.
Essa manifestação seria brutalmente reprimida pela polícia, que dispersou os trabalhadores, ferindo e matando dezenas de operários.
Não se deixando abater pela forte repressão que sobre eles se fez sentir, os trabalhadores voltaram novamente às ruas a 5 de Maio, para exigirem de novo a jornada de 8 horas de trabalho.
E outra vez foi brutalmente reprimida essa a manifestação, indicando os relatos históricos que foram presos 8 líderes sindicais, 4 trabalhadores foram executados e 3 outros condenados a prisão perpétua.
Mas a luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo norte-americano a anular o julgamento e a elaborar um novo júri em 1888.
Os membros que constituíram esse novo júri reconheceram a inocência dos trabalhadores, culparam o Estado norte-americano e ordenaram que se soltassem os 3 presos.
Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido na cidade de Paris, decretou o 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores, dia de luto e de luta.
Em 1890 os trabalhadores americanos conquistaram as 8 horas na jornada de trabalho, provando que o sacrifício dos mártires que tombaram nas ruas de Chicano não tinha sido em vão.
Em Portugal, durante os 48 anos que decorreu a ditadura fascista, o primeiro de Maio sempre foi brutalmente reprimido, com recurso à polícia de choque e, muitas vezes, usando o expediente de prender os principais dirigentes do movimento sindical nas vésperas dessa data, com o fim de enfraquecer a luta.
Mas apesar da brutal repressão da ditadura fascista houve várias manifestações no 1 Maio, em Portugal, que ficaram na história pela sua dimensão e ousadia.
A Revolução de Abril, iniciada em 25 de Abril de 1974, viria a legalizar o Primeiro de Maio, e a tornar a data feriado e o Primeiro de Maio de 1974, em Lisboa, seria a maior manifestação de sempre em Portugal.
Nos dias de hoje assiste-se a um retrocesso nos direitos conquistados pelos trabalhadores e mesmo a histórica conquista das 8 horas de jornada de trabalho, pelos heróicos operários norte-americanos, começa a estar posta em causa.
Apoiando-se numa pretensa “crise”, criada pela especulação financeira e décadas de políticas erradas, querem destruir os direitos conquistados pelos trabalhadores, andando com história algumas gerações para traz, como se os culpados pela “crise” fossem quem trabalha e não quem governa e apoia a especulação económica, os lucros chorudos e escandalosos da banca, a destruição da aparelho produtivo nacional, a entrega aos grandes grupos económicos privados de sectores chave da economia nacional, enfim tantas e tantas politicas erradas que seria aqui fastidioso falar das mesmas, mas os seus resultados estão bem à vista de todos o que pretendem viver, honradamente, do seu trabalho.
Os bloggers
Jorge Branco
Egas Branco
Numa organização conjunta da USL (União dos Sindicatos de Lisboa) e da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) esta prova terá a distância de 15 quilómetros, com partida e chegada ao Estádio 1º de Maio (estádio do INATEL). Haverá também uma mini corrida (cerca de 4 quilómetros), para que os menos preparados não deixem de participar.
Este ano a União dos Sindicados de Lisboa/CGTP vai homenagear duas figuras maiores do nosso Atletismo, os consagrados atletas Rita Borralho e Armando Aldegalega, no decorrer da 30ª edição da Corrida Internacional 1º de Maio.
.
Mas o que está por detrás do 1º de Maio, essa data tão importante para todos os trabalhadores?
Falemos pois um pouco da história do 1º de Maio.
A 1 de Maio de 1886 estima-se que 500 mil trabalhadores tenham saído às ruas de Chicago, nos EUA, para pacificamente exigirem a redução da jornada de trabalho para as 8 horas diárias.
Essa manifestação seria brutalmente reprimida pela polícia, que dispersou os trabalhadores, ferindo e matando dezenas de operários.
Não se deixando abater pela forte repressão que sobre eles se fez sentir, os trabalhadores voltaram novamente às ruas a 5 de Maio, para exigirem de novo a jornada de 8 horas de trabalho.
E outra vez foi brutalmente reprimida essa a manifestação, indicando os relatos históricos que foram presos 8 líderes sindicais, 4 trabalhadores foram executados e 3 outros condenados a prisão perpétua.
Mas a luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo norte-americano a anular o julgamento e a elaborar um novo júri em 1888.
Os membros que constituíram esse novo júri reconheceram a inocência dos trabalhadores, culparam o Estado norte-americano e ordenaram que se soltassem os 3 presos.
Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido na cidade de Paris, decretou o 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores, dia de luto e de luta.
Em 1890 os trabalhadores americanos conquistaram as 8 horas na jornada de trabalho, provando que o sacrifício dos mártires que tombaram nas ruas de Chicano não tinha sido em vão.
Em Portugal, durante os 48 anos que decorreu a ditadura fascista, o primeiro de Maio sempre foi brutalmente reprimido, com recurso à polícia de choque e, muitas vezes, usando o expediente de prender os principais dirigentes do movimento sindical nas vésperas dessa data, com o fim de enfraquecer a luta.
Mas apesar da brutal repressão da ditadura fascista houve várias manifestações no 1 Maio, em Portugal, que ficaram na história pela sua dimensão e ousadia.
A Revolução de Abril, iniciada em 25 de Abril de 1974, viria a legalizar o Primeiro de Maio, e a tornar a data feriado e o Primeiro de Maio de 1974, em Lisboa, seria a maior manifestação de sempre em Portugal.
Nos dias de hoje assiste-se a um retrocesso nos direitos conquistados pelos trabalhadores e mesmo a histórica conquista das 8 horas de jornada de trabalho, pelos heróicos operários norte-americanos, começa a estar posta em causa.
Apoiando-se numa pretensa “crise”, criada pela especulação financeira e décadas de políticas erradas, querem destruir os direitos conquistados pelos trabalhadores, andando com história algumas gerações para traz, como se os culpados pela “crise” fossem quem trabalha e não quem governa e apoia a especulação económica, os lucros chorudos e escandalosos da banca, a destruição da aparelho produtivo nacional, a entrega aos grandes grupos económicos privados de sectores chave da economia nacional, enfim tantas e tantas politicas erradas que seria aqui fastidioso falar das mesmas, mas os seus resultados estão bem à vista de todos o que pretendem viver, honradamente, do seu trabalho.
Os bloggers
Jorge Branco
Egas Branco
... E por falar em "excelente artigo", aqui está um exemplo!
ResponderEliminarInfelizmente estes últimos parágrafos têm verdades a mais...
Este ano vou participar nesta prova pela 1ª Vez :-)
ResponderEliminarQuanto à história da História nunca é demais relembrar.
Parabéns pelo artigo que como sempre está excelente!
Excelente artigo que tudo diz.
ResponderEliminarE o que diz não pode ser ignorado por muitos cuja perspectiva do que está a acontecer está moldada por aquilo que é vendido e divulgado, ao abrigo de interesses de quem vê todos os restantes seres humanos como meros peões do seu "jogo da glória".
Um abraço amigo