Muito se tem falado no policiamento de proximidade, o policia que faz o giro pelo bairro conhecendo, melhor que ninguém, a realidade em que se movimenta.
Também podemos dizer que a nível da estrutura governativa as autarquias exercem um poder de proximidade.
São as Juntas de Freguesia que se encontram mais perto do cidadão e que melhor conhecem os problemas e anseios de uma comunidade.
Então nas pequenas localidades isso é notório. Todos conhecem o presidente da Junta e o abordam, sempre que necessário, na rua no café ou até lhe vão bater a porta de casa!
Infelizmente as autarquias tem cada vez menos competências e capacidades e possibilidades de intervir em muitas das questões que afectam os munícipes.
Igualmente preocupante é o facto de quererem reduzir as Juntas de Freguesia a coberto não se sabe bem de quê a não ser que o esvaziamento do poder local interesse aqueles que menos se preocupam com os problemas e anseios das populações mas que tem sempre a boca cheia de palavras bonitas como democracia, ou regionalização
Nas pequenas localidades do interior as pessoas tem cada vez menos serviços, reduziram os correios, os transportes são escassos ou praticante inexistentes, o acesso a saúde é cada vez mais uma miragem, qualquer serviço se encontra longe e as Juntas de Freguesia acabam por ser o único elo de ligação e apoio de uma população muitas vezes envelhecida!
Mas o que é que tudo isto tem ver com a corrida e com o titulo tão estranho deste texto?
Acontece que depois de viver e treinar na cidade grande (Lisboa) “exilei-me” numa simpática vila Ribatejana onde vivo há mais de 20 anos.
Aqui considero-me um “corredor de proximidade”.
Um corredor de proximidade porque só conhecido pelos vizinhos, sou interpelado durante o treino com comentários de incentivo, muitos vezes tratando-me pelo nome.
Correr aqui para alem de ser muito bom em termos ambientais e de percursos de treino é algo completamente diferente em termos de calor humano se comparado com o corredor anónimo que percorre as ruas de qualquer grande cidade.
Tem um sabor especial ser saudado por um grupo de trabalhadores agrícolas que. por breves instantes, deixam de lado o seu trabalho para olharem o corredor que passa e um deles um gritar. Aperta contigo Jorge!
Tem outro sabor e outra cor no final de um treino ser saudade por um velho amigo que andou comigo ao colo, na minha infância: Eh campeão!
É por tudo isto, e muito mais, que me considero um corredor de proximidade.
Um corredor inserido na sua comunidade, conhecido e estimado, que mesmo correndo sempre sozinho se sente sempre acompanhado.
É por tudo isto que me considero um filho adoptivo da Lezíria Ribateja e aqui venho deixar um abraço fraternal a esta terra e suas gentes que conheço desde a minha infância e onde me consigo sentir tão livre e feliz.
Também podemos dizer que a nível da estrutura governativa as autarquias exercem um poder de proximidade.
São as Juntas de Freguesia que se encontram mais perto do cidadão e que melhor conhecem os problemas e anseios de uma comunidade.
Então nas pequenas localidades isso é notório. Todos conhecem o presidente da Junta e o abordam, sempre que necessário, na rua no café ou até lhe vão bater a porta de casa!
Infelizmente as autarquias tem cada vez menos competências e capacidades e possibilidades de intervir em muitas das questões que afectam os munícipes.
Igualmente preocupante é o facto de quererem reduzir as Juntas de Freguesia a coberto não se sabe bem de quê a não ser que o esvaziamento do poder local interesse aqueles que menos se preocupam com os problemas e anseios das populações mas que tem sempre a boca cheia de palavras bonitas como democracia, ou regionalização
Nas pequenas localidades do interior as pessoas tem cada vez menos serviços, reduziram os correios, os transportes são escassos ou praticante inexistentes, o acesso a saúde é cada vez mais uma miragem, qualquer serviço se encontra longe e as Juntas de Freguesia acabam por ser o único elo de ligação e apoio de uma população muitas vezes envelhecida!
Mas o que é que tudo isto tem ver com a corrida e com o titulo tão estranho deste texto?
Acontece que depois de viver e treinar na cidade grande (Lisboa) “exilei-me” numa simpática vila Ribatejana onde vivo há mais de 20 anos.
Aqui considero-me um “corredor de proximidade”.
Um corredor de proximidade porque só conhecido pelos vizinhos, sou interpelado durante o treino com comentários de incentivo, muitos vezes tratando-me pelo nome.
Correr aqui para alem de ser muito bom em termos ambientais e de percursos de treino é algo completamente diferente em termos de calor humano se comparado com o corredor anónimo que percorre as ruas de qualquer grande cidade.
Tem um sabor especial ser saudado por um grupo de trabalhadores agrícolas que. por breves instantes, deixam de lado o seu trabalho para olharem o corredor que passa e um deles um gritar. Aperta contigo Jorge!
Tem outro sabor e outra cor no final de um treino ser saudade por um velho amigo que andou comigo ao colo, na minha infância: Eh campeão!
É por tudo isto, e muito mais, que me considero um corredor de proximidade.
Um corredor inserido na sua comunidade, conhecido e estimado, que mesmo correndo sempre sozinho se sente sempre acompanhado.
É por tudo isto que me considero um filho adoptivo da Lezíria Ribateja e aqui venho deixar um abraço fraternal a esta terra e suas gentes que conheço desde a minha infância e onde me consigo sentir tão livre e feliz.
olá Jorge Branco;
ResponderEliminarO que se passa consigo, tem algo que se tem passado comigo nas últimas semanas.
Geralmente treinamos entre os grandes parque que a cidade de Haia nos proporciona ou então as dunas da praia, que envolvem os diques que protegem a costa.
Mas nas últimas semanas com a minha preparação para a maratona de Roterdão, tenho saído pelas pistas de bicicleta em direcção às aldeias no Oeste Holandês. É uma região que tem muita gente que pratica atletismo, e eles sentem-se familiarizados com quem corre. Então as pessoas quando passo cumprimentam, ou fazem um acenar de estímulo e de incentivo.
É bom sentir que as pessoas apreciam, e nota-se a diferenca da cidade para as aldeias.
Um abraço
Xavier
bem visto!
ResponderEliminarBonito e sentido artigo, Jorge
ResponderEliminarUm grande abraço
Jorge
ResponderEliminarQue bom sentir o apoio e o carinho das gentes onde vives. A mim insultavam-me quando passava em treino ali por Odivelas.
Hoje a minha vizinhança deve pensar que sou "maluco" quando à chuva (de que tanto gostas) me aventuro para mais um treino, mais uma corrida.
Essa aproximidade só mesmo nos recantos onde moras, pois na maior parte das vezes, nas grandes cidades nem o vizinho conhecemos.
Foi um "exilio" teu que te deu aquilo que nos falta, qualidade de vida. A pacatez da pequena vila ou aldeia em detrimento do bulício e "stress" da grande cidade.
Abraços.
A propósito do comentário do Mário, concordo com ele, de que felizmente que longe vão os "Vai trabalhar! Malandro!", que às vezes ouvíamos, em tempos idos, nos meios urbanos, quando passámos na madrugada, a treinar antes de ir para o trabalho.
ResponderEliminarHoje, já há um sorriso, e às vezes até um aceno de simpatia pelo "atleta", por parte daqueles que têem de madrugar porque trabalham cedo. E muitos têem consciência de que deveriam, se pudessem, também praticar algum desporto.
No meu bairro já todos se habituaram a ver, manhã cedo, o desatleta reformado, de fato de treino, caminhar pelas ruas e quase toda a gente aplaude o esforço. E são cada vez mais os que procuram fazer o mesmo, dando a sua volta pelo jardim ou pelo bairro. Sinto-me satisfeito quando verifico isso!