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Por António Belo
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No passado domingo, 11 de Julho, realizou-se, em Torres Novas, o 1º Trail do Almonda, na distância de 30 Kms, a que não faltou a sempre muito participada caminhada. Mais um “trail”, e mais uma prova organizada por um atleta, curiosamente neste dia foram dois a porem “mão à obra”, o ex-maratonista olímpico Manuel Matias (Corrida do Pisão) e o bem conhecido Aníbal Godinho, participante neste tipo de provas desde o primeiro “Desafio de Montanha”. Em ambos os casos, infelizmente, a divulgação não teve a melhor qualidade.
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Cerca das 9 horas, junto à nascente do rio Almonda, e depois dos habituais esclarecimentos quanto às características do percurso, locais e tipos de abastecimento e conselhos perante as dificuldades com que a maioria dos participantes se iria confrontar, principalmente no tocante à temperatura na fase final, foi dado o sinal de partida. Após poucos metros, que não deram para aquecer nem para “esticar” o pelotão, surgiu a primeira, e anunciada, “parede”, onde a maioria, pelo menos em alguns troços, teve de recorrer “à tracção às quatro”. Como é normal em tais circunstâncias, os mais bem colocados, e de melhor andamento, aproveitaram para desaparecerem da vista dos perseguidores mais lentos e mais receosos. Até aos 10 Kms as subidas foram uma constante, por entre os arbustos, espinhosos uns e cheirosos outros, que são característica daquela serra, até se passar junto ao geodésico que marca o ponto mais alto (600 metros) daquela encosta virada para Torres Novas. Depois entra-se noutro tipo de piso, quer em descidas, que requerem alguma técnica, quer em subidas, sempre com muita pedra solta onde assentar os pés, até se atingirem os estradões, quase planos, que levam até às ruas da cidade, para, junto às piscinas, se ter o prazer de ultrapassar a linha da meta. Foram 121 os participantes que concluíram mais esta aventura, entre os quais 16 senhoras, em que o primeiro (também vencedor do ultra da Freita, realizado há duas semanas) gastou 2h17m40s e o mais lento cerca de 5h52m.
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A organização merece os maiores elogios, percurso muito bem marcado, apesar de alguns se terem enganado (deviam ter direito a um prémio especial por o terem conseguido!), abastecimentos em número adequado e de grande variedade, com a água sempre bem fresca, pormenor agradável, apesar de ser discutível a temperatura ideal a que este precioso líquido deve estar. O asfalto, foi o indispensável, uma vez que os participantes foram transportados, em autocarros, para a zona da partida. É mais uma prova de montanha com futuro, sugerindo uma melhor divulgação e que os primeiros metros não aconteçam tão próximo daquela difícil subida.
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Nota: Fotos do evento podem ser vistas aqui.
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