Correr é por natureza um acto solitário.
Mesmo que o façamos em grupo com os amigos é sempre dentro da solidão de nós próprios que vamos buscar as forças para superar quilómetros.
Advogo até que, por mais agradável que seja correr em grupo, sem os longos treinos solitários ninguém se faz fundista e muito menos pode vir a aspirar a correr uma maratona ou uma ultramaratona.
São os longos treinos solitários que nos ensinam a “escutar” a máquina, a saber lidar com o nosso corpo, a aprender os nossos limites e a superá-los.
São também as longas horas de passada cadenciada ao ritmo do nosso coração que nos ensinam a sofrer e a “atravessar” o sofrimento.
Por mais que correr seja sintoma de prazer temos sempre que contar com alguns momentos de sofrimento e aprender a dominá-los.
Mas por mais solitário que seja o treino de um fundista, ele nunca corre sozinho!
Acompanham-no sempre em pensamento, os amigos, os familiares, os entes queridos. Os longos treinos do fundista são também uma fábrica de ideias e quantos planos e decisões na vida se tomam durante um treino longo!
Nos meus longos anos de corredor de fundo inúmeros projectos e grandes decisões de vida foram tomados nos longos treinos em solitário mas nunca sozinho.
Sempre me “acompanham” muitos amigos, familiares e entes queridos nas minhas longas viagens em que tenho apenas como meio de locomoção o meu corpo.
Este meu texto é uma homenagem a um desses entes queridos que embora já tendo partido, sempre viaja comigo nos treinos longos: a minha avó.
BONNE CHANCE dizia-me a minha avó sempre que me viu sair de casa para uma maratona, BONNE CHANCE continuo a escutar sempre que estou nos derradeiros minutos da partida para uma prova.
Não seria o homem que sou se não tivesse tido aquela avó. Provavelmente nem corredor seria e este blogue nem existiria. Ela deu-me a formação e o carácter que me permitiram seguir este rumo na vida.
Este blogue virado para o colectivo, às vezes faz uns pequenos atalhos e vai pelos carreiros do sentir da alma. Este é um desses carreiros, uma profunda homenagem à minha avó que “corre” comigo em cada treino, que comigo cruza cada meta da vida e da corrida.
BONNE CHANCE!
Jorge Branco
Mesmo que o façamos em grupo com os amigos é sempre dentro da solidão de nós próprios que vamos buscar as forças para superar quilómetros.
Advogo até que, por mais agradável que seja correr em grupo, sem os longos treinos solitários ninguém se faz fundista e muito menos pode vir a aspirar a correr uma maratona ou uma ultramaratona.
São os longos treinos solitários que nos ensinam a “escutar” a máquina, a saber lidar com o nosso corpo, a aprender os nossos limites e a superá-los.
São também as longas horas de passada cadenciada ao ritmo do nosso coração que nos ensinam a sofrer e a “atravessar” o sofrimento.
Por mais que correr seja sintoma de prazer temos sempre que contar com alguns momentos de sofrimento e aprender a dominá-los.
Mas por mais solitário que seja o treino de um fundista, ele nunca corre sozinho!
Acompanham-no sempre em pensamento, os amigos, os familiares, os entes queridos. Os longos treinos do fundista são também uma fábrica de ideias e quantos planos e decisões na vida se tomam durante um treino longo!
Nos meus longos anos de corredor de fundo inúmeros projectos e grandes decisões de vida foram tomados nos longos treinos em solitário mas nunca sozinho.
Sempre me “acompanham” muitos amigos, familiares e entes queridos nas minhas longas viagens em que tenho apenas como meio de locomoção o meu corpo.
Este meu texto é uma homenagem a um desses entes queridos que embora já tendo partido, sempre viaja comigo nos treinos longos: a minha avó.
BONNE CHANCE dizia-me a minha avó sempre que me viu sair de casa para uma maratona, BONNE CHANCE continuo a escutar sempre que estou nos derradeiros minutos da partida para uma prova.
Não seria o homem que sou se não tivesse tido aquela avó. Provavelmente nem corredor seria e este blogue nem existiria. Ela deu-me a formação e o carácter que me permitiram seguir este rumo na vida.
Este blogue virado para o colectivo, às vezes faz uns pequenos atalhos e vai pelos carreiros do sentir da alma. Este é um desses carreiros, uma profunda homenagem à minha avó que “corre” comigo em cada treino, que comigo cruza cada meta da vida e da corrida.
BONNE CHANCE!
Jorge Branco
Olá Jorge!
ResponderEliminarMaravilhoso texto este. O sentimento que transmite toca todos aqueles que também sentem o mesmo nos longos treinos.
Na realidade corremos sozinhos mas sempre bem acompanhados. Tal como o Jorge nos treinos longos viajo com a família amigos e até agradeço a N Sr.ª de Fátima por me ter ajudado a ultrapassar algumas dificuldades.
Os treinos longos são os mais deliciosos e assim amanhã, antes de partir para férias, farei um treino longo, com o Jorge, a sua avó e muitos amigos no pensamento.
Já agora, quando pedia a bênção ao meu falecido avô (“Chico Carvalho”) ele respondia:
- Deus te abençoe e te faça um santo.
Grande abraço Jorge.
Sr. Jorge gostei realmente do texto. O que conta é a pura realidade do corredor de fundo. Uma história emocionante, até. Abraço
ResponderEliminarBonito texto, amigo Jorge.
ResponderEliminarCorrer só, é uma excelente forma de estar com os outros, principalmente com quem nos diz muito.
Uma bela homenagem que "mostra" o coração do Jorge.
Grande abraço.
FA
Jorge, que emocionante esse treino, me deixaste com o coração na mão, e me vizeste lembrar de avô querido que há 2 anos não está aqui entre nós...Lembro dele sempre em meus treinos, mas não teria como usar as palavras como vocês fez...
ResponderEliminarObrigada por isso...
BOns treinos meu amigo
Bonne Chance!!!!