Jorge Branco e EVB
A crise que Portugal e o mundo atravessam atirou com milhares de Portugueses para o desemprego.
Claro que sob o manto da “crise” encontram-se problemas bem mais profundos que têm a ver com as políticas económicas completamente erradas das últimas décadas, assentes na especulação financeira, nos off-shores, enquanto as indústrias foram deslocalizadas à procura de uma maior exploração, não importa onde, de quem trabalha. Políticas que se traduziram num economicismo desumano, que pôs de lado os objectivos sociais da vida colectiva. E que conduziu nos últimos anos à desagregação social e ao abissal aumento das diferenças sociais
Sendo o desemprego um problema que atravessa toda a sociedade Portuguesa ele afectará certamente muitos corredores.
Mas até agora, tanto quando sabemos, ainda nenhuma revista dedicada a corrida abordou o tema do atleta desempregado e as suas implicações.
Muitas questões se nos levantam:
Sendo o corredor, normalmente, uma pessoa com mais capacidade para superar as adversidades terá ele mais facilidade para lidar e aguentar uma situação de desemprego?
Que influências terão as dificuldades económicas na prática da corrida?
Já haverá corredores a fazer menos provas?
Isso já terá reflexos no número de atletas a participarem em provas, em particular naquelas longe dos grandes centros urbanos e que implicam mais despesas de deslocação?
Sendo os sapatos a peça mais cara do equipamento do corredor, como fará o atleta que vê reduzida parte substancial do seu rendimento para contornar esse problema?
Como será a vida do corredor desempregado? Treinará mais? Usará a corrida com antidepressivo ou a situação em que se encontra dificulta-lhe muito a vontade de correr?
Todo um enorme rol de questões, para as quais não temos resposta mas que seria interessante analisar.
Deixamos aqui a sugestão: todos os corredores que se encontram nesta grave e trágica situação que venham aqui relatar (garantimos sigilo absoluto no que respeita à identidade) a sua visão sobre o assunto e como têm enfrentado estes tempos sombrios.
Este espaço pode servir por isso também para os corredores desempregados deste país desabafaram e sentirem que não se encontram sozinhos no infortúnio pois, infelizmente, já devem ser muitos.
Claro que sob o manto da “crise” encontram-se problemas bem mais profundos que têm a ver com as políticas económicas completamente erradas das últimas décadas, assentes na especulação financeira, nos off-shores, enquanto as indústrias foram deslocalizadas à procura de uma maior exploração, não importa onde, de quem trabalha. Políticas que se traduziram num economicismo desumano, que pôs de lado os objectivos sociais da vida colectiva. E que conduziu nos últimos anos à desagregação social e ao abissal aumento das diferenças sociais
Sendo o desemprego um problema que atravessa toda a sociedade Portuguesa ele afectará certamente muitos corredores.
Mas até agora, tanto quando sabemos, ainda nenhuma revista dedicada a corrida abordou o tema do atleta desempregado e as suas implicações.
Muitas questões se nos levantam:
Sendo o corredor, normalmente, uma pessoa com mais capacidade para superar as adversidades terá ele mais facilidade para lidar e aguentar uma situação de desemprego?
Que influências terão as dificuldades económicas na prática da corrida?
Já haverá corredores a fazer menos provas?
Isso já terá reflexos no número de atletas a participarem em provas, em particular naquelas longe dos grandes centros urbanos e que implicam mais despesas de deslocação?
Sendo os sapatos a peça mais cara do equipamento do corredor, como fará o atleta que vê reduzida parte substancial do seu rendimento para contornar esse problema?
Como será a vida do corredor desempregado? Treinará mais? Usará a corrida com antidepressivo ou a situação em que se encontra dificulta-lhe muito a vontade de correr?
Todo um enorme rol de questões, para as quais não temos resposta mas que seria interessante analisar.
Deixamos aqui a sugestão: todos os corredores que se encontram nesta grave e trágica situação que venham aqui relatar (garantimos sigilo absoluto no que respeita à identidade) a sua visão sobre o assunto e como têm enfrentado estes tempos sombrios.
Este espaço pode servir por isso também para os corredores desempregados deste país desabafaram e sentirem que não se encontram sozinhos no infortúnio pois, infelizmente, já devem ser muitos.
Amigo Jorge
ResponderEliminarInfelizmente, estamos perante um tema cada vez mais actual. Os corredores não escapam ao flagelo e as consequências estão perfeitamente apresentadas no seu texto. Só é preciso substituir os pontos de interrogação por pontos apenas.
Quando o orçamento encurta, há que cortar no que é menos prioritário. E como alguém disse e muito bem "a Corrida é a mais importante das coisas secundárias". Mas primeiro há que fazer face "às menos importantes coisas essenciais".
Grande abraço.
FA
Apenas para informar que o vosso link consta na nossa Rubrica Reciprocidades.
ResponderEliminarAbraços de Manteigas
http://bloteigas.blogspot.com/
Parabéns amigo Jorge pelo tema que mete à consideração de todos. Muito oportuno e corajoso, oxalá que aqueles que são visados correspondam ao apelo de divulgação da sua situação e certamente vamos encontrar muitos amigos com bastantes dificuldades. Os próprios Reformados que com as suas fracas reformas já de há muito sentem dificuldades de acompanhar a evolução negativa que temos vindo a suportar e continuam a fazer desporto porque sabem que isso é uma forma essencial para manterem uma boa condição física, arriscando nisso os magros tostões que lhes sobram em prol do seu bem estar.
ResponderEliminarUm abraço amigo Jorge.
caro jorge, este é de facto um tema que prima pela actualidade e pertinência. há uns anos vi-me na situação de desempregado devido a uma reorganização na multinacional onde trabalhava, porém saí da experiência mais forte e decidido. sei que os tempos eram outros, mas também comprovei que a corrida funcionou como terapia, ajudou-me a ultrapassar aqueles momentos em que as dúvidas me toldavam o raciocínio e me faziam duvidar de muitas certezas adquiridas ao longo do tempo. na prática enfrentei o desconhecido com umas boas doses de km. quando uma porta se fecha, outra abre-se algures. temos é que ter a coragem de procurá-la. sempre.
ResponderEliminarpaulol