terça-feira, 2 de abril de 2013

PÉS NA CHEIA!


Amante incondicional das chamadas provas de Trail e adepto fervoroso dos treinos em condições meteorológicas muito adversas devo confessar que não sou grande apreciador de travessias de cursos de água como a que pode ser vista aqui (treino / reconhecimento do percurso do 1º Trilho das Lampas. Mas não se assustem os menos preparados para estas coisas pois em 4 de Maio esse curso de água já não estará com esse caudal e força).
Mas apesar de uma certa aversão a grandes “travessias” não me recuso a passar por dentro de uns belos charcos e não direi que um dia não experimente algo de mais radical, se este pobre esqueleto ainda aguentar.
Com o aumento dos caudais do Tejo e das cheias que assolam o meu Ribatejo adoptado, há uns dias que vinha a espreitar o principal acesso a um dos locais onde corro.
Sobe, não sobe, tapa não tapa a estrada?
Hoje tive a surpresa de encontrar um bom pedaço da estrada debaixo de água.
Coisa pouca para os hábitos das gentes Ribatejanas, pois no local da foto que documenta este texto a água já chegou a subir mais de metro e meio!
Quando vi o caminho submerso optei por uma alternativa, evitando levar os pés ao banho, ainda com apenas cerca de 3 minutos de treino.
Mas no regresso lá fui meter os pés na “cheia”! Posso dizer que água estava fresquinha e, pese embora, a minha total falta de habilidade para correr dentro da mesma (e um certo receio, porque o piso é de areia e um bocado esburacado e com a água não se vê nada) me soube mesmo bem.
Saí de lá com os sapatos lavadinhos que parecia um desses corredores de cidade!
Ficam também aqui algumas fotos feitas, hoje, em Muge e Porto de Muge desse grande rio que me corre na alma, o Tejo. As fotos onde se vêm casas e umas balizas submersas são em Porto de Muge (na outra Margem do Tejo) e foram tiradas de cima das Pontes Rainha Dona Amélia (tanto da nova, a ferroviária, como da antiga, que foi adaptada a rodoviária).
*
Este texto é dedicado ao meu grande amigo João, que faz anos hoje.


8 comentários:

  1. Belas e impressionantes fotos.
    Boas corridas Jorge!
    Beijinho

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  2. Obrigado pela referência ao trilho das Lampas, amigo Jorge. No Ribatejo, as águas sobem, mas são serenas. Nas Lampas, as águas quase não sobem, mas ficam bravas, como aconteceu na manhã da Páscoa. Houve quem se amedrontasse -com razão - mas foi um treino memorável, pois dificilmente, nestes mesmos locais, se repetirão estas condições em qualquer data que se marque. Abraço.

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    1. Amigo Fernando Andrade aqui que ninguém nos ouve (!) até lhe digo que tenho pena de não ter participado nesse treino! Aquilo ficou para a historia e foi épico!

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  3. Essas imagens são impressionantes! Os ténis decerto ficaram limpinhos e pesados!
    E o Trilho das Lampas é um caso a pensar. :)

    Beijinhos

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  4. Sim os sapatos ficaram bastante ensopados mas um das muitas vantagem aqui da vida no campo é que tenho um "túnel de vento" onde eles secam com uma velocidade impressionante! Ou seja tenho um telheiro onde o vento faz um canal e tudo seca a alta velocidade!
    No final da tarde tinha os sapatos secos e em outras condições era coisa para demorar 2 ou 3 dias!
    O Trilho das Lampas é algo de especial tenho a certeza!
    Beijinhos

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