sábado, 4 de fevereiro de 2012

A LONGA VIGEM DE UM AMIGO

Na passada sexta feira (03/02/2012) um grande amigo efectuou uma longa jornada solitária de corrida. Foram cerca de 102 quilómetros (o GPS ficaria sem bateria a cerca de 4 Km do final da viagem). Com partida de madrugada de casa, e retorno à mesma, pouco passava das 20 horas.
Uma viagem que o meu amigo afirmou que gostaria que fosse de reflexão e memórias pois foi para não esquecer que ele correu, conforme sempre referiu desde o início deste seu projecto pessoal

Mas, e conforme ele afirmou, igualmente a componente física assumiu uma real importância.
Foram mais de 100 quilómetros em solitário, tendo apenas como companhia o telemóvel e um apoio a meio do percurso.
Uma jornada, ou uma viagem interior e pessoal, que exigiu grande determinação e força psicológica, uma boa preparação física e uma excelente preparação mental.
Imaginem o que é partir de madrugada e regressar já noite, enfrentar o frio, o cansaço, o trânsito, durante longas e longas horas.
Se fazer ultra maratonas já é algo de complicado imagine-se agora o que será correr 102 quilómetros sem toda a segurança e a logística que se encontra por detrás de uma prova. E é bom não esquecer que o meu amigo enfrentou algumas estradas muito movimentadas e longas horas de noite.
Eu tive o raro privilégio de acompanhar este grande amigo através de troca de mensagens via telemóvel  durante todo o percurso.
Confesso que não utilizo muito o telemóvel e às vezes até me esqueço dele, mas naquela sexta feira andei todo o dia “agarrado” a ele.
Fui enviando mensagens de incentivo e recebendo informação dos quilómetros percorridos e  do ponto da situação.
Da primeira mensagem enviada após as primeiras duas horas de esforço, até à derradeira mensagem enviada já à porta de casa, passando pela fotografia que ilustra este texto e que assinala a chegada a meio da jornada, foi um dia intenso de preocupações e emoções.
Para quem já correu uma distância superior aos dois dígitos e ama os esforços longos, foi um dia diferente, em que cabeça e o coração estavam lá sempre longe, por essas estradas por onde andava o meu amigo.
Forte abraço companheiro!

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