De um resumo de notícias, que recebemos diariamente via Internet, dos principais matutinos portugueses, este artigo tocou-nos, e chocou-nos, particularmente.
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Almeirim: Esmagado por camião.
Um homem de 72 anos foi ontem esmagado, entre uma parede e um camião carregado de tomate, numa zona muito estreita da EN114, em Raposa, Almeirim, e acabou por morrer. A vítima caminhava na estrada e foi colhida quando se cruzaram dois pesados. Foi socorrida pelos bombeiros, mas viria a falecer a caminho do Hospital de Santarém.
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Temos alguns conhecimentos, embora um tanto ou quanto diluídos na memória, da zona onde ocorreu a tragédia (que percorremos inúmeras vezes num período da nossa vida em que praticámos BTT e cicloturismo).
Conhecemos sobejamente as alterações provocadas no trânsito pelo transporte de tomate, na época da apanha do mesmo, aqui no Ribatejo.
A noticia não diz se o acidente ocorreu, de dia ou de noite, se numa recta ou curva, se homem tragicamente falecido, se vestia com roupa clara ou escura.
São todos pormenores importantes para ter uma noção exacta da tragédia e para podermos avaliar, com mais rigor, as reais responsabilidades do camionista.
Mas, mesmo sem termos acesso a estes dados, sabemos que quem anda na estrada tem quer toda a atenção para não se darem tragédias destas.
Sabemos, igualmente, que há estradas com zonas muito estreitas, ladeadas de muros e sem bermas e que as pessoas são mesmo obrigadas a circular nelas pois não têm outro meio de se deslocarem, ainda para mais tratando-se de zonas rurais.
Quem conduz um camião (ou qualquer outro veículo) tem que ter isso em atenção e não pensar que a estrada é só dele e que, para além de veículos motorizados, existem peões e ciclistas, que são os mais frágeis e desprotegidos de todos os que circulam numa estrada.
Já pouco corremos em estradas alcatroadas e quando o fazemos usamos vias secundárias e temos todo o cuidado possível.
Mas esse usar de vias secundárias se tem o lado positivo de uma muito mais diminuta circulação automóvel tem também o grande inconveniente de serem maioritariamente vias muito estreitas, aqui na zona onde treinamos.
Já não a primeira vez que somos obrigados a sair para a berma da estrada (que significa sair da estrada. pois berma alcatroada não existe) porque os condutores não tem o mínimo sentido cívico e passam por nós a velocidades totalmente desenquadradas com a via em que circulam e sem o mínimo respeito pela nossa condição de peões, em situação por demais frágil.
Sabemos que é muito elevada a sinistralidade no que respeita aos praticantes de cicloturismo e mesmo entre nós os corredores já há vários casos registados e até com falecimentos.
Por isso, se tem de correr na estrada, todo o cuidado é pouco e não custa nada (ou melhor, pode fazer a diferença entre a vida e a morte) tomar algumas precauções elementares tais como:
Correr sempre de frente para o trânsito.
Estar sempre muito atento à trajectória e velocidade dos veículos.
Procurar vias menos movimentadas (mas não descure a regras de segurança ao circular nessas vias).
Usar roupas claras e até colete reflector, mesmo de dia.
Se tiver mesmo de correr de noite, use frontal e mais de uma pequena luz de sinalização, bem como sapatos com material reflector.
Com nevoeiro intenso não vá para a estrada.
Não escutar música enquanto corre na estrada. Pode ser muito agradável mas vai distrair-se da atenção que tem que prestar ao trânsito e não permite que escute o mesmo.
Não correr em zonas desconhecidas. Faça sempre um reconhecimento prévio do percurso, para saber onde estão as zonas eventualmente mais perigosas, tais como: zonas estreitas ladeadas de muros, curvas muito fechadas e sem bermas, rotundas, cruzamentos, etc.
Tenha particular atenção e cuidado com os cruzamentos, nomeadamente no dobrar das esquinas, pois nem você vai ver os veículos nem eles o verão a si. É das zonas em que se dão mais acidentes com corredores.
Enfim, a estrada é um lugar perigoso para se treinar e temos que ter a noção dessa realidade, que ainda se torna mais evidente face a falta de respeito por parte de muitos automobilistas, mas se tivermos alguns cuidados tornaremos, certamente, o treino mais seguro mas nunca isento de riscos.
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Almeirim: Esmagado por camião.
Um homem de 72 anos foi ontem esmagado, entre uma parede e um camião carregado de tomate, numa zona muito estreita da EN114, em Raposa, Almeirim, e acabou por morrer. A vítima caminhava na estrada e foi colhida quando se cruzaram dois pesados. Foi socorrida pelos bombeiros, mas viria a falecer a caminho do Hospital de Santarém.
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Temos alguns conhecimentos, embora um tanto ou quanto diluídos na memória, da zona onde ocorreu a tragédia (que percorremos inúmeras vezes num período da nossa vida em que praticámos BTT e cicloturismo).
Conhecemos sobejamente as alterações provocadas no trânsito pelo transporte de tomate, na época da apanha do mesmo, aqui no Ribatejo.
A noticia não diz se o acidente ocorreu, de dia ou de noite, se numa recta ou curva, se homem tragicamente falecido, se vestia com roupa clara ou escura.
São todos pormenores importantes para ter uma noção exacta da tragédia e para podermos avaliar, com mais rigor, as reais responsabilidades do camionista.
Mas, mesmo sem termos acesso a estes dados, sabemos que quem anda na estrada tem quer toda a atenção para não se darem tragédias destas.
Sabemos, igualmente, que há estradas com zonas muito estreitas, ladeadas de muros e sem bermas e que as pessoas são mesmo obrigadas a circular nelas pois não têm outro meio de se deslocarem, ainda para mais tratando-se de zonas rurais.
Quem conduz um camião (ou qualquer outro veículo) tem que ter isso em atenção e não pensar que a estrada é só dele e que, para além de veículos motorizados, existem peões e ciclistas, que são os mais frágeis e desprotegidos de todos os que circulam numa estrada.
Já pouco corremos em estradas alcatroadas e quando o fazemos usamos vias secundárias e temos todo o cuidado possível.
Mas esse usar de vias secundárias se tem o lado positivo de uma muito mais diminuta circulação automóvel tem também o grande inconveniente de serem maioritariamente vias muito estreitas, aqui na zona onde treinamos.
Já não a primeira vez que somos obrigados a sair para a berma da estrada (que significa sair da estrada. pois berma alcatroada não existe) porque os condutores não tem o mínimo sentido cívico e passam por nós a velocidades totalmente desenquadradas com a via em que circulam e sem o mínimo respeito pela nossa condição de peões, em situação por demais frágil.
Sabemos que é muito elevada a sinistralidade no que respeita aos praticantes de cicloturismo e mesmo entre nós os corredores já há vários casos registados e até com falecimentos.
Por isso, se tem de correr na estrada, todo o cuidado é pouco e não custa nada (ou melhor, pode fazer a diferença entre a vida e a morte) tomar algumas precauções elementares tais como:
Correr sempre de frente para o trânsito.
Estar sempre muito atento à trajectória e velocidade dos veículos.
Procurar vias menos movimentadas (mas não descure a regras de segurança ao circular nessas vias).
Usar roupas claras e até colete reflector, mesmo de dia.
Se tiver mesmo de correr de noite, use frontal e mais de uma pequena luz de sinalização, bem como sapatos com material reflector.
Com nevoeiro intenso não vá para a estrada.
Não escutar música enquanto corre na estrada. Pode ser muito agradável mas vai distrair-se da atenção que tem que prestar ao trânsito e não permite que escute o mesmo.
Não correr em zonas desconhecidas. Faça sempre um reconhecimento prévio do percurso, para saber onde estão as zonas eventualmente mais perigosas, tais como: zonas estreitas ladeadas de muros, curvas muito fechadas e sem bermas, rotundas, cruzamentos, etc.
Tenha particular atenção e cuidado com os cruzamentos, nomeadamente no dobrar das esquinas, pois nem você vai ver os veículos nem eles o verão a si. É das zonas em que se dão mais acidentes com corredores.
Enfim, a estrada é um lugar perigoso para se treinar e temos que ter a noção dessa realidade, que ainda se torna mais evidente face a falta de respeito por parte de muitos automobilistas, mas se tivermos alguns cuidados tornaremos, certamente, o treino mais seguro mas nunca isento de riscos.
Muito bons conselhos!
ResponderEliminarDe lamentar. É pouco mas pouco mais podemos fazer. A vigilâcia é sepre a melhor resposta. Abraço.
ResponderEliminarTodo o cuidado é pouco, bons conselhos que foram dados aqui e que todos devemos seguir. Abraço.
ResponderEliminarCaro Jorge Branco;
ResponderEliminarNas zonas rurais em Portugal é complicado e perigoso fazer treinos de corrida, sem a utilização das estradas nacionais. Vejo que envolve muito perigo e não existe muito respeito por parte dos condutores ( automóveis ou camiões)e não me sentiria à vontade se tivesse de treinar nesses locais.
Aqui na Holanda utilizamos as pistas de bicicletas ( milhares de kilómetros)e existe segurança, desde que saímos da porta de casa até ao regresso.
Para treinar em Portugal, recorro às zonas rurais junto da Praia de Santa Cruz, no Parque Verde de Torres Vedras, ou na Ecopista de Bicicleta entre os vinhedos. Vejo aqui e acolá alguns a treinarem na estrada, mas já estamos habituados a outra segurança.
Um abraço, e continuação destes bons alertas!
Xavier
Algumas vezes tenho de correr na estrada e não descuro os cuidados acima descritos mas o perigo espreita em todo o lado, devido à falta de civismo dos automobilistas sem qualquer respeito pelo peão.
ResponderEliminarPara o Xavier: na Holanda também existem cuidados a ter nas ciclovias poi existem desastres com bicicletas e pessoas, segundo o guia de circuito que fiz por esse País, quando estive lá há 3 anos.
Algumas vezes tenho de correr na estrada e não descuro os cuidados acima descritos mas o perigo espreita em todo o lado, devido à falta de civismo dos automobilistas sem qualquer respeito pelo peão.
ResponderEliminarPara o Xavier: na Holanda também existem cuidados a ter nas ciclovias poi existem desastres com bicicletas e pessoas, segundo o guia de circuito que fiz por esse País, quando estive lá há 3 anos.