terça-feira, 10 de maio de 2011

VÁ CORRER, VÁ CORRER!

Escassos metros separavam-me da porta de casa.
A minha “anca de estimação” direita dizia-me alegremente bom dia com umas “simpáticas” guinadas que me provocavam um estilo corrida parecido com um pardal aos saltos (ou melhor um avestruz com calos!).
A minha “querida” ex hérnia (será mesmo ex)? inguinal do lado esquerdo (que foi operada aqui há uns anos, conjuntamente com a mana do lado direito, mas ainda ficou uma prima no umbigo a espera uma visita ao cirurgião) entrava em competição com a anca: eu vou doer mais que tu!
Nesta grande “confusão” eu dizia-lhes, tenham calmas “meninas”, não vos vale de nada estarem para aí como esses amuos pois estamos em Portugal e eu não tenho médico de família, aliás aqui onde vivo ninguém tem (deve ser isto que é a democracia: se não há para um não há para todos). No meio desde meu diálogo cruzo-me com uma simpática e idosa vizinha que exclama: VÁ CORRER, VÁ CORRER. Lá tento fazer o sorriso menos amarelo possível, disfarçar o estilo de avestruz com dores nos calos e respondo: BOM DIA!
Mas cá para mim pensei: correr? queria era que corressem com os sujeitos que há mais de 30 anos nos governam, numa alternância de políticas desastrosa e em tudo iguais. Isso sim seria uma grande corrida (pronto lá está o sujeito a meter politica num blogue de corrida, dirão vocês. Eu digo que a politica está em todo lado e se não acreditam logo vão ver quando não tiverem “graveto” para comprar um par de sapatos novos para correrem!)
O treino correu sem incidentes de maior: a anca gosta de ver a paisagem e com o tempo “queixa-se” menos (o pior é depois do treino que não há paisagens para a distrair), já a ex-hérnia inguinal é tão teimosa como o dono e não há paisagem que a distraia.
Mais notas de relevo no treino não encontro. Penso que não é digno de registo aquele mosquito que resolveu tomar (e tomou mesmo) o pequeno-almoço na minha perna, em plena subida do Cabeço de Montalvo. A vingança seria servida um pouco mais a frente quando eu ia comendo um mosquito ao pequeno-almoço. Mas rejeitei tamanha iguaria a tempo, não fosse ainda multado pela ASAE por ingestão de produtos não normalizados!
Dia 29 de Maio lá estarei na Corrida do Guincho, para mais um campeonato dos estropiados. Não sei bem como vou fazer aqueles 15 quilómetros mas alguma coisa se há-de “inventar”.
Quanto penso que o último treino longo que fiz foram 3 horas no final de Fevereiro (em andamento pornográfico, como diria o meu amigo João Palma, ou a ser ultrapassado pelas lesmas e caracóis Ribatejanos como eu gosto de dizer) e agora ainda para aqui mesmo aflitinho a pensar como vou fazer 15 quilómetros!
Corram, tentem (ou lutem para) ser felizes.
E não se esqueçam o humor ainda (por enquanto) não paga impostos e tristezas não pagam dividas.
Um abraço a todos
Jorge Branco

3 comentários:

  1. ó Jorge...isso não está nada bem! Mas então, que fazer? Se tudo colocado na balança, ela tende para o Sim, sim senhor, VÁ CORRER! ? Que isto a vida não pode ser só bom senso! digo eu, que pouco juízo tenho e que também não sei como vou fazer os 21 Km da Meia, já no dia 22... mas como o Jorge diz, alguma coisa se há-de inventar! :) gostei dessa! Vou adoptá-la e sim, dia 22 lá para os lados do Douro, uma Lisboeta à rasca, lá há-de inventar alguma coisa e chegar à meta, que é isso que ela quer!

    Um beijinho
    Ana Pereira

    ResponderEliminar
  2. Realmente essa frase é de boa inspiração. Quando não sabemos como vamos fazer, "alguma coisa se há-de inventar"! :)
    Força Jorge, eu sei que vais conseguir, nem que seja a inventar, e vais ter a alegria de completar mais esta!

    Um abraço

    ResponderEliminar
  3. Eu cá tenho para mim que mesmo devagar nunca sou a ultima, há sempre alguém que anda mais lento do que eu... Agora dores!? Isso é que custa e muito.
    beijinhos de melhoras e tenha calma não se estrague por favor, agora que o conheci não quero perde-lo já...
    eugénia

    ResponderEliminar