Esta é a primeira fotografia que tenho memória de ter feito.
Ainda criança, com uma máquina de fole e um rolo de 120, apanhei este “boneco” no jardim das Portas do Sol em Santarém.
Hoje a fotografia é digital, perdeu-se o encanto, mágico, da câmara escura, da foto a nascer na tina, do cheiro dos líquidos.
Tecnologicamente evolui-se tremendamente, hoje fotografar é rápido, fácil e económico
Mas a nível das relações sociais, a nível da justeza do mundo, cada vez se assiste a mais desigualdades, injustiças e retrocessos enormes.
Se o avanço tecnológico entre o dia em que fiz esta fotografia e a actualidade tivesse sido acompanhado por um avanço social igual como seria “bonita” a nossa sociedade nos dias actuais!
Esta foto representa, também, a nível pessoal, um certo canto do cisne na capacidade de encarar este mundo onde vivo e de lutar contra tudo o que de injusto vejo a minha volta.
Por vezes o cansaço é muito grande mas julgo ainda conseguir ganhar forças para novos combates.
Para quem já fez a maratona isto é como o “muro”: acaba por passar, pelo menos assim espero e o desejo.
Ainda criança, com uma máquina de fole e um rolo de 120, apanhei este “boneco” no jardim das Portas do Sol em Santarém.
Hoje a fotografia é digital, perdeu-se o encanto, mágico, da câmara escura, da foto a nascer na tina, do cheiro dos líquidos.
Tecnologicamente evolui-se tremendamente, hoje fotografar é rápido, fácil e económico
Mas a nível das relações sociais, a nível da justeza do mundo, cada vez se assiste a mais desigualdades, injustiças e retrocessos enormes.
Se o avanço tecnológico entre o dia em que fiz esta fotografia e a actualidade tivesse sido acompanhado por um avanço social igual como seria “bonita” a nossa sociedade nos dias actuais!
Esta foto representa, também, a nível pessoal, um certo canto do cisne na capacidade de encarar este mundo onde vivo e de lutar contra tudo o que de injusto vejo a minha volta.
Por vezes o cansaço é muito grande mas julgo ainda conseguir ganhar forças para novos combates.
Para quem já fez a maratona isto é como o “muro”: acaba por passar, pelo menos assim espero e o desejo.
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ResponderEliminar(...)
Os nossos inimigos só esperam que nos cansemos.
Quando a luta é mais encarniçada é que os lutadores estão mais cansados.
(...)
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Bertold Brecht, em "Ouvimos dizer que estás cansado"
O "muro" nunca nos venceu!
Grande sbraço
Se fosse fácil... já tínhamos desistido!
ResponderEliminarAbraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar(Versão correcta do comentário. Tinha erros ortográficos...)
ResponderEliminarPenso que o muro na maratona nunca nos venceu!
E, como disse num dos seus poemas ("Ouvimos dizer que estás cansado"), Bertold Brecht, um dos três maiores da dramaturgia universal segundo os especialistas: "os nossos inimigos só esperam que nos cansemos".
Não contem com isso!
Um grande abraço