domingo, 5 de dezembro de 2010

25ª MARATONA DE LISBOA – ALGUMAS PRIMEIRAS NOTAS DE DOIS ESPECTADORES ATENTOS E INTERESSADOS.

Antes mais uma saudação muito especial a todos o que acabaram a prova pois, independentemente das suas prestações atléticas, todos são vencedores.
Uma palavra também para os que, por uma razão ou outra, não conseguiram terminar a prova: há que levantar a cabeça, ver o que correu mal, corrigir isso e seguir em frente para outra!
Deixamos também aqui um abraço especial para aqueles amigos mais chegados que concluíram hoje os míticos 42,195 km.
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Como espectadores atentos da prova, na zona do Cais do Sodré, não queremos deixar de anotar uma certa confusão naquela zona, quanto a sinalização do percurso e ausência de elementos da organização.
Quando os atletas iam no sentido de Belém não havia qualquer indicação da faixa de rodagem que deveriam tomar e deu-se o caricato de haver atletas a entrar numa faixa e outros a optar por outra.
O próprio marcador de ritmo das 3 horas entrou na faixa errada, saltando depois o passeio e levando consigo um grupo de atletas.
Também de notar que a falta de elementos da organização no local teve como consequência que inúmeros transeuntes atravessavam a estrada distraidamente, quase chocando com atletas em prova!
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Depois de algum tempo no Caís do Sodré, deslocámo-nos para a Praça do Comércio.
Um facto que estranhámos, foi a ausência do abastecimento dos 35 quilómetros e da própria indicação da distância.
Pelo mapa da prova ficámos com a ideia que ele se situava entre o Cais do Sodré e a Praça do Comercio. Algum nos pode esclarecer? Será que aconteceu o mesmo que no ano passado ou seja falta o abastecimento dos 35 quilómetros para os atletas menos rápidos?
Na Praça do Comércio deparámos com outra situação:
Inúmeros atletas atalhando pelo meio da praça em vez de contornarem a mesma!
Sabemos que naquela altura já eram atletas de fim de pelotão mas uma maratona, e qualquer prova, deve pugnar pela verdade desportiva.
Se é de condenar os atletas que tomam estas atitudes (embora na situação de cansaço em que muitos se encontravam até se pode compreender) mais condenável é atitude da organização que permite estas situações, não colocando ali uma fita.
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Foi isto que nos foi dado a observar em apenas dois pontos do percurso.
Pensamos que uma organização com 25 anos não se devia permitir a estas falhas, que espelham algum descuido.
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Nota: afinal os 35 quilómetros encontravam-se ligeiramente antes do Cais do Sodré e não entre esta praça e a Praça do Comércio conforme vem assinalado no mapa da prova.
A explicação para esta mudança pode ser lida num comentário a este texto, aqui deixado gentilmente pelo Fernando Andrade, ao qual agradecemos.
Sendo assim, não houve problemas com o abastecimento dos 35 quilómetros, tendo a organização corrigidos os erros do ano passado em relação a esta situação, o que é de louvar.


9 comentários:

  1. É realmente pena que a prova tenha tido assim tantas falhas, no entanto espero que tenha valido apena a participação! Abraço.

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  2. Amigo Jorge, obrigado pelo apoio que deu aos atletas, sei que o fez embora eu nunca o tivesse visto, nem para um lado nem para o outro, penso que ainda vi o Egas no retorno já depois do Cais do Sodré. Bem olhei mas aquela confusão de que fala deve ter contribuído parapassar e nada ver.
    Os 35 kms estavam no Cais do Sodré e bem sinalizados, felizmente havia água com fartura em todos os locais de abastecimento, desta vez nada tenho a dizer, estava tudo muito bem organizado e apoiado.
    Um abraço

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  3. Amigo Joaquim Adelino muito grato pelo seu comentário e os nossos parabéns pela sua excelente prestação a que já estamos habituados!

    Segundo o mapa da prova no site da mesma os 35 quilómetros situavam-se entre o Cais de Sodré e a Praça do Comercio (Avenida Ribeira das Naus).
    A estar correcto esse mapa quando passamos na zona não vimos abastecimento nenhum mas nessa altura já o amigo devia ter passado por ali à algum tempo.
    Mantém-se a duvida houve abastecimento até ao último classificado em prova aos 35 quilómetros?

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  4. Caro Jorge
    Muito obrigado pelo apoio prestado à rapaziada, mesmo debaixo de um tempo pouco convidativo. Vou, de seguida, colocar no "cidadão" a minha apreciação do evento. Concordo consigo na falta de sinalização do percurso que dava para "escolher" o caminho a seguir.
    Quanto ao abastecimento dos 35, de facto, estava junto ao Cais do Sodré, embora no mapa estivesse para o lado da Praça do Comércio. A explicação que eu encontrei para isso, foi o facto de se ter dada a partida da Prova, no exterior do Estádio e não no seu interior como no ano passado. Ora, isso terá obrigado ao "acerto" dos Km e ao ajustamento do ponto de retorno lá para os lados da Torre de Belém.
    Digo eu.
    Grande abraço.
    FA

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  5. Bom dia!
    De salientar também a falta de wc's portáteis na partida da meia-maratona e no percurso!
    É lamentável ver atletas a urinar encostados aos prédios pelo meio de Lisboa.
    Não se pode no entanto condenar os atletas por o fazerem, pois não havendo wc's, cada um tem de fazer como pode...

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  6. Caro Jorge Branco;

    É bom que alguém esteja por fora para ver alguns pontos a melhorar em próximas edições, e que alerte para coisas que por vezes passam aos atletas.
    A verdade desportiva é muito importante, para isso as pessoas se compremetem a fazer este tipo de desafios. Alguns tentam ganhar uns segundos cortando caminho, mas certamente não vão disputar a liderânça e a vitória e isso não é desportivo.

    O que eu vi ( por fotos só) é que as ruas estão vazias de público a incentivar os atletas. Infelizmente as pessoas que deveriam incentivar e colaborar na festa desportiva, ficam comodamente em casa, ou fogem para outros lugares, e desprezam um evento desportivo dessa natureza.
    Portugal necessita aprender com o resto da europa, onde milhares de pessoas incentivam os atletas. Por exemplo na Holanda são tantos a correr mas estão milhares a aplaudir e eincentivar. Enfim, outras mentalidades sociais e desportivas!

    Um abraço
    Xavier

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  7. Olá Jorge!!!
    Obrigado pelas suas palavras sábias no meu blog!!!Agora só penso em melhorar,nunca pensei em tornar-me Maratonista uma vez que gosto é de distâncias curtas e rápidas!!!mas tenho a sensação que me vou viciar nestas distâncias mais longas.
    Cumprimentos
    José Narciso

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  8. Olá Jorge

    Fiz a 1/2 maratona... e no meio de tantas falhas, si sorrisos, atletas que adoram aquilo que fazem... que pro ano seja melhor.. pois, é do Portugues mesmo... levar as coisas assim,

    parabens pela prova.

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  9. Jorge

    Eu bem cumprimentei o amigo Egas lá no Cais do Sodré (ia mais o Pára) mas ele não me reconheceu. A ti não te vi.

    :)

    A falta de fitas é importante mas para quem vai pela verdade desportiva não necessita delas pois eu e o Joaquim fomos sempre pelo caminho correcto. Vi que haviam muitos que cortavam caminho, mas isso não é de hoje, sempre vi isto nos 20 anos de corrida que levo. Até o homem das 3h o fez, se calhar já ia atrasado. É o chicoesperto à portuguesa.

    Um relatar visto por fora que é importante pois dão aqui uma perpspectiva muitas vezes diferente de quem corre. Os transeuntes não respeitam, o corredor não respeita (vi muitos no local de partida da meia que não tinham o cuidado suficiente em deixar passar o maratonista, tendo este que muitas vezes serpentar por quem estava ali a aquecer.

    Enfim, é o mais do mesmo e não há volta a dar-lhe.

    Abraços duplos.

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