Na sequência da afirmação do Prof. Mário Machado, sobre a tendência para o aumento de provas fora da estrada e ruas das localidades principais, ou seja, com atractivos diferentes, realizou-se no passado domingo, 17 de Janeiro, mais um “Cross laminha” nos arredores de Cumeira (Porto de Mós). Tal como o nome indica, lama é coisa que não deve faltar.Se isso tem sido verdade nos anos de “pluviosidade normal”, o que estaria reservado para este ano? Uma agradável surpresa, naturalmente! Iniciar este pequeno texto com esta afirmação pode levar alguns dos nossos amigos corredores, que nunca participaram em provas deste género, a chamarem-me maluco, pelo menos, e a “desligarem a leitura”, no entanto, os 179 (198 inscritos) participantes no percurso de 11,1 kms de corrida e mais os 40 na caminhada de 6 Kms, certamente fazem deles esta “esquisita” afirmação. A organização cumpriu a promessa, voltando a oferecer um percurso de grande qualidade – trilhos estreitos cheios de beleza, carreiros com muita água e lama, obstáculos naturais à altura (pedras e troncos), ingredientes característicos dos percursos de montanha mais radicais, embora sem desníveis acentuados. Quanto às marcações e aos colaboradores colocados em zonas que poderiam oferecer alguma dúvida, estiveram de acordo com a afirmação do principal coordenador (Victor Ferreira) – se com marcações de 20 em 20 metros alguém se enganar, é castigado - não almoça! Claro que estes atletas, ou outro nome que lhes queiram chamar, são daqueles que não se importam de serem classificados em “escalão único”, que acabam a aventura a rir, agradados pelas dificuldades que lhes colocaram, dispostos a continuar o convívio (almoço) e a aceitarem as lembranças de presença (telha e prato em barro característico da zona), como substituição das habituais, e repetitivas, taças, medalhas e camisolas. Só apresentam uma reclamação – que tenham de esperar doze longos meses para repetirem a dose!
António Belo
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