Numa conversa mantida, com o Pedro Amorim, durante uma das
noturnas de Óbidos, sobre o número de provas longas que cada um de nós já
contava, surgiu a ideia de elaborarmos um quadro onde figurassem os corredores
portugueses que tivessem concluído um grande número de provas longas (maratona
e superior).
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Para tal, e embora não estejam em causa classificações e prémios,
estabelecemos algumas regras base, de modo a “alinhar” as condições de entrada
nesta nossa lista. Eis as principais:
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1. Número mínimo de maratonas e ultras concluídas – 50;
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2. Contar uma maratona ou ultra, implica ter concluído uma prova oficial na distância
de 42,095 km ou superior, ou seja, uma prova cujo resultado possa ser
confirmado, através de consulta das classificações publicadas ou,
principalmente para as mais antigas, disponibilizadas pelas organizações.
Assim, quem tenha participado numa prova de 100 km e desistido após percorrer
89km, não deve contabilizar essa prova. O mesmo se aplica a hipotéticos treinos
de, por exemplo, 50 ou 60 km. Trata-se de distâncias percorridas em treinos, que qualquer ultramaratonista tem que cumprir, mas
que não devem ser contabilizadas.
No entanto, poderão aparecer algumas exceções, uma vez que há
organizações de provas, com grande quilometragem, que certificam a passagem por
determinados marcos, mesmo que não se tenha cumprido a distância máxima.
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3. Corredores portugueses. Quanto a ser “Português”, não
é nosso propósito aprofundar tal definição, e, por isso, consideramos neste rol
todos os nascidos em Portugal e os que, há décadas, vivem e correm entre nós.
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Os contactos que fizemos, pessoalmente ou por mensagens eletrónicas,
revelaram que nem sempre os dados dos nossos “feitos” estão convenientemente
arrumados, por isso, estamos certos, que no nosso quadro ainda faltam vários
elementos. Mas, não seria razão para adiarmos a disponibilização destes dados
que, assim os esperamos, irão ser atualizados com bastante frequência, não só
pela entrada de outros companheiros mas, ainda, pelo número de provas que os
elementos atuais, principalmente os mais jovens, vão adicionando ao seu
currículo.
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Para que as atualizações não caiam no esquecimento, aqui ficam os
contactos:
António Belo
Pedro Amorim
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Por fim, e para quem há pouco se
iniciou neste maravilhoso passatempo, que são
as corridas de longa distância, aqui fica o nosso conselho:Embora não cheguemos ao ponto de afirmar, de modo autoritário, “não tentem imitar isto” ou “do not try this at home”, como dizem os americanos; antes dizemos que podem tentar aventuras deste tipo, mas que o façam usando a inteligência e bom senso, ouvindo o próprio corpo e a opinião dum médico. E, sobretudo, que o façam a um ritmo e num estilo que permita desfrutar dos locais, da companhia e do espírito que caracteriza estes eventos especiais.
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Esperamos por todos!
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António Belo/Pedro Amorim
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Números que impressionam, apenas um reparo se tal me for permitido, o modo como os dados são apresentados (por ordem, 1º, 2º,...) dá uma ideia errada da ordem pela qual os atletas que constam na lista se posicionam em termos de um possível ranking.
ResponderEliminarBom ano,
António Almeida
Agradecidos pela sugestão, vamos retirar a primeira coluna, pois não queremos ordenar pelo número de provas, mas, apenas, por ordem alfabética. Aqui seria apenas a indicação do número de "participantes".
ResponderEliminaré melhor avaliar os numeros que estão publicas no grafico, (?), o atleta não pode e nem deve falar do atletismo como um pescador ou caçador.
ResponderEliminarfaço atletismo á 32 anos, tenho 46 de idade, e fiz 28 maratonas e 118 meias, tenho prova de todas elas, sei fazer atletismo, por isso numca farei mais que tres maratonas por ano, ou 10 meias. quanto a quantidade de maratonistas em portugal, neste momento existirá 200 a 250, no máximo.
Como não consigo perceber qual o objectivo do comentário, será difícil responder. Se sabe fazer atletismo, como diz, então continue!
ResponderEliminarEm relação ao comentário anónimo anterior, gostaria de salientar o aspecto redutor da regra das "3 maratonas por ano ou 10 meias". Cada atleta tem o seu ritmo, a sua resistência e a sua capacidade de recuperação. São características individuais de cada um, e que variam muito de atleta para atleta.
ResponderEliminarAinda que possa admitir, por hipótese, que em média, um atleta consegue competir ao seu melhor nível no máximo em 3 maratonas ou 10 meias por ano, não nos podemos esquecer que isso será sempre um valor médio, arbitrário, sem qualquer especificidade.
Haverá atletas cujo limite ficará sempre aquém desses valores, assim como há atletas que os conseguem superar largamente, de acordo com as suas especificidades atléticas.
Cada individuo terá a sua capacidade "óptima" de provas, quer quantitativa quer qualitativa, ou seja, tanto pode fazer 1 maratona por ano com o objectivo de bater o recorde do mundo, como pode fazer 50 a um ritmo tranquilo.
Cabe a cada um ajuizar a sua. Saber "fazer atletismo" pressupõe acima de tudo conhecer o seu corpo e os seus limites, e não assumir que estes estão de alguma forma correlacionados com os dos demais atletas. De resto cada um é livre de "fazer atletismo" da forma que mais lhe dá prazer!
Os individuos desta listagem impressionam simplesmente pela sua capacidade de encaixe, independentemente da forma como fazem atletismo, uns mais rápidos, outros mais lentos, uns com mais cuidados com os excessos, outros com menos... mas creio que ninguém faz uma (ultra)maratona obrigado, contra vontade, ou sabendo que se irá prejudicar! Se as fazem, é porque gostam de as fazer!
Qualquer pessoa que já tenha feito uma prova destas, quer tenha sido uma maratona de estrada com 42 km ou uma ultramaratona de 100 km ou mais, sabe que acima de tudo é preciso ter muita vontade, gostar do que se está a fazer e sentir-se bem e capacitado para concluir uma prova dessa envergadura!