A velha expressão parar para pensar transmite-nos a ideia que movimento e pensamento são antagónicos. Pensar implica imobilismo, nada de agitação / movimento, uma recatada tranquilidade.
Ao contrário da expressão parar para pensar confessamos que durante a nossa já longa vida de corredores sempre tivemos as melhores ideias, as soluções para problemas, tomamos resoluções importantes para a nossa vida enquanto corríamos, e até muitos dos textos desde blogue foram “escritos” a correr!
Sim, é quanto corremos à “velocidade de cruzeiro”, quando o cérebro se desliga do corpo, quanto nós nos entregamos totalmente a nós próprios, enquanto damos milhares de pequenas passadas, que a ideias melhor afloram à nossa mente, que os pensamentos se tornam mais límpidos e claros, que conseguimos atingir graus e profundidade de pensamentos jamais alcançados durante o imobilismo
É como se o durante à corrida o nosso cérebro se libertasse de pensamentos parasitas, de distracções e se focasse apenas num qualquer assunto e sobre ele medite profundamente.
Claro que isto não ocorre em todos os treinos mas só naqueles em que se consegue atingir um determinado estado de espírito, assim como que uma outra dimensão. Por norma não podem ser treinos muito curtos nem muito sofridos. São aqueles treinos em o corpo corre independente a tudo e nos sentimos quase que a flutuar noutro mundo, noutra realidade.
Por isso para nós parar para pensar não se aplica, não faz nenhum sentido. No nosso caso é, sem sombra de dúvida, CORRER PARA PENSAR!
Será que os outros fundistas também reagem desta maneira ao treino? Também correm para pensar? A questão aqui fica lançada amigos.
oi, jorge!!!
ResponderEliminarque post interessante!
não tinha parado pra pensar nisto;)
talvez porque é como você mesmo disse: correndo os pensamentos fluem, as ideias se libertam, a mente vaga e divaga, e a nossa alma sonha...
bjs
Ai quantos pensamentos que eu tenho quando corro….
ResponderEliminarTambém me acontece ao correr pensar no que vou escrever no meu blog, por vezes inclusivamente o facto de eu pensar no que vou relatar aos meu amigos bloguistas também me dá força quando me vou abaixo.
Engraçado, é como se fosse num diálogo mudo e constante com todos vós que fazem parte deste meu mundo e que já sinto como amigos.
Correr dá-me forças mesmo quando estou cansada, ajuda-me nos meus problemas, sim a corrida é uma forma de estar!!!
Henriqueta Solipa
Tomo tantas decisões enquanto corro!
ResponderEliminarSinto-me mais solto e calmo para decidir algo que a voragem do dia a dia não permite.
Curiosamente, hoje aconteceu-me isso mesmo.
Num treino longo e não sofrido...
Excelente artigo, mais uma vez, amigo Jorge