sexta-feira, 26 de maio de 2017

A OUTRA ALMIRANTE REIS


Artéria bem conhecida e típica da cidade de Lisboa a Avenida Almirante Reis é também ponto de passagem de uma das mais emblemáticas provas da capital: a Corrida internacional do Primeiro de Maio.
Para muitos a Almirante Reis começa no Largo do Martim Moniz mas tal não é verdade pois o referido largo é atravessado pela Rua da Palma e só no número 308 da referida artéria começa, efectivamente, a Avenida Almirante Reis.

( Rua da Palma, quase, no começo do treino do 28)

Mas a verdade é que para os participantes da Corrida Internacional do Primeiro de Maio, a partir do Martim Moniz começa uma penosa pouco inclinada mas muito longa subida que se pode tornar bastante difícil se não se fez uma boa gestão do percurso que começa com algumas boas descidas, e também umas rampas nos túneis da Avenida da República mas na verdade a partir do Largo do Saldanha é sempre a “abrir” até ao Martim Moniz e o “pior” vem depois para os mais incautos,
A “cereja no topo do bolo” é o final da Almirante Reis, no troço compreendido entre a Alameda Dom Afonso Henriques e a Praça Francisco Sá Carneiro (vulgo Largo do Areeiro) com uma subida já mais jeitosa e que acaba com o resto das forças, pelo menos para quem não sabe gerir uma prova de traz para a frente.
Mas chegando ao Areeiro a “coisa” está feita e é só rolar, e aguentar, até ao Estádio 1º de Maio (estádio do INATEL).

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Também aqui na terra que eu adoptei, Muge, há uma Almirante Reis. Não é uma avenida mas uma rua singela mas também ela sobe e é, quase, o final de muitos dos meus treinos. Muito mais curta que a Almirante Reis lisboeta é mais inclinada, o que se faz na descontracção em final de treino, mas que pode significar “facas nas pernas” e grandes dificuldades em dias de treino bem longos! Sim que a “minha” Almirante Reis pode levar a inúmeros percursos, desde a uma pacífica ciclo via até a radicalismos bem diferentes.
Mas ultrapassada que está a Almirante Reis ribatejana basta-me correr a curta rua Capitão Tenente Sousa Dias e estou praticamente mesmo em frente da janela do meu quarto! Também esta rua sobe mas menos que a Almirante Reis, mas também ela “dói” em dias de treino longo.
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Nota: Foi pela minha Almirante Reis Ribatejana que acabei a "Coisa" em "Gloria" e dores nas pernas!




(Sim eu durmo por detrás das grades!)

Se a Almirante Reis da terra que me viu nascer tem turistas e carteiristas no eléctrico 28 já a Almirante Reis da vila que adoptei tem a partir da Primavera um frenético trânsito de andorinhas!
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Nos vídeos: a minha penúltima (em 2012) subida da Almirante Reis lisboeta (em prova), na Corrida do Primeiro de Maio (gentilmente filmada pelo Mestre Joaquim Adelino com o qual tive o prazer de correr a prova do Saldanha até à meta). Já lá vão uns anitos. E as andorinhas da “minha” Almirante Reis ribatejana.


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2 comentários:

  1. Em corrida fiz a Almirante Reis lisboeta por 9 vezes, uma numa Corrida do Metro, sete no 1º de Maio que bem referes. Mas é a outra vez que me marcou e que me lembro sempre que por lá passo. Impossível esquecer. E tu sabes bem pois foste ao meu lado. 9 de Dezembro de 2012 e a minha estreia em Maratona com o desafio Almirante Reis na parte crítica :)

    Não fazia ideia que onde terminaste a coisa tinha o mesmo nome.

    Um abraço

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    1. Não tenho contabilizadas as vezes que fiz a Almirante Reis, não sou homem de números :) Mas uma coisa sei nunca a fiz a descer (tirando uma pequena parte no treino do 28) e ando com vontade de experimentar estilo INATEL Santa Apolónia!
      Não terminei a "Coisa" na Almirante Reis mas foi mesmo quase o fim da "Coisa" e o fim do coiso eu seja o meu! :)

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