sábado, 1 de agosto de 2015

DESPORTO PARA TODOS

Por: 
Eugénio da Costa Ruivo

Diagnóstico
«As crianças portuguesas entre os sete e os nove anos estão cada vez
mais sedentárias, o que constitui um elevado risco para a obesidade
infantil, segundo as conclusões da Universidade de Coimbra, (…)»,
divulgado pela agência de informação Lusa em 2015-07-06. 


«(…) No que diz respeito à prática de desporto após o período escolar,
(…) “só metade das crianças é que tem essa prática fora da escola, (…)
cuja percentagem de crianças que não pratica desporto disparou,
passando de 36% (em 2002) para 80% (em 2009)», conclui o estudo da
investigadora Cristina Padez. 


Chegamos aos dias de hoje sem que haja, a Educação Física no 1º Ciclo
chamada (Expressão de Educação Física Motora (EEFM)), que sendo
obrigatório não existe de facto (…) assim como se tem assistido à
redução do horário curricular no 2º, 3º Ciclo e Secundário após a
aplicação do Dec. Lei Nº 139/2012 e na qual o PCP se opôs na
Assembleia da República. 


É neste contexto que verifico que o PCP considera a prática desportiva
como um bem cultural a que todos os cidadãos devem ter acesso (não só
para alguns), independentemente da idade, do sexo e da condição
social. Facto que se veio a agravar com as medidas de austeridade
impostas aos portugueses, em que as crianças, os jovens e as pessoas
de mais idade são os mais atingidos, por ação da governação ao longo
destes anos pelo PS, PSD e CDS. 

Constituição da República Portuguesa
A nossa Constituição diz que «o acesso ao desporto constitui um
direito inalienável de equidade social consignado no artigo N.º 79º da
Constituição da República Portuguesa, e a difusão da sua prática um
factor de melhoria da qualidade de vida (saúde) da totalidade da
população e da humanização da vida social», mas não é o que tem
acontecido. 


Festa do Avante/Desporto Para Todos
Deste modo, observo que o programa desportivo da Festa do Avante para
2015, inscreve o “Desporto Para Todos” como um direito de todos os
cidadãos à sua prática, através da realização de um conjunto muito
alargado de modalidades desportivas. 

Eugénio da Costa Ruivo
(Licenciado em Educação Física e Mestrado)

2 comentários:

  1. Falta referir que com o desporto implementado desde cedo, teremos uma população mais saudável, logo menos necessidade de médicos, medicamentos, tratamentos, etc ...logo, uma grande poupança. Mas talvez haja interesse em que a malta necessite de tratamentos...
    Aquele abraço

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    1. E uma população mais activa, mais produtiva e menos sujeitas a faltas no trabalho por doença. Talvez seja por isso que no estrangeiro há empresas que apoiam e dão incentivo aos seus trabalhadores (não gosto de do termo colaborador, quem colabora falo de um forma voluntária e não porque seja obrigado a isso para se sustentar a si e à sua família) que praticam desporto. Mas estamos em Portugal...
      Um grande abraço.

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