quinta-feira, 27 de março de 2014

A BEM DA NAÇÃO!

O ano passado fizemos aqui a divulgação da listagem dos atletas desclassificados na última Meia Maratona de Lisboa (23ª edição).
Para entender (ou relembrar este assunto) podem ler aqui o que escrevemos na altura.
No ano transacto o propósito que nos moveu, ao publicar este tipo de listagem, foi a defesa da verdade desportiva, uma homenagem a todos os que terminaram a prova e, principalmente, a todos os que tiveram a dignidade, coragem e honestidade de desistirem por verem que era de todo impossível cumprir com o objectivo traçado naquele dia. Hoje o propósito que nos move é outro.
Este ano temos, novamente, em nossa posse essa listagem referente á última edição da Meia Maratona de Lisboa (24ª edição).
Embora tendo optado por não publicar a listagem referente a este ano estamos dispostos a dar uma preciosa ajuda aos partidos do chamado “arco do poder” (na verdade é mais um arco da desgraça) que nos têm governado (ou se têm governado) há mais de trinta anos enviando-lhes a referida listagem caso a solicitem.
E por que razão consideramos estar a dar uma ajuda aos chamados partidos do arco do poder com a oferta do envio desta listagem? É simples: os batoteiros e trapaceiros que fazem parte desta listagem estão rigorosamente ao mesmo nível da honestidade de quem nos tem governado ao longo destes anos. São gente “muito íntegra e honesta” que recorre a todo o tipo de mentiras e trapaças para atingir os seus desígnios e se servem a si próprios pensando que os outros são cegos, ou estúpidos, e não vêm a realidade.
Pensamos que duma listagem destas pode sair gente muito capaz para um dia vir a ser um “excelente” ministro. Quem sabe se ao fornecermos esta listagem não estaremos a ajudar a encontrar o futuro primeiro-ministro deste país a beira-mar plantado e habitado por um povo que mais parece ser masoquista pois quanto mais lhe “batem” mais vota nos mesmos de sempre.
Aqui no Último Quilómetro tudo fazemos a bem da nação, por isso estamos mesmo na disposição de fornecer esta listagem em Excel aos interessados. Basta que nos contactem! E se algum banco quiser encontrar algum excelente gestor por favor não se acanhe! Cheguem-se à frente! Esta listagem está também a vossa inteira disposição.

12 comentários:

  1. Excelente! Muito bem dito!!!

    Um abraço... a bem da nação! :)

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  2. Gostei dessa...um abraço a bem da nação :)

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  3. APLAUSOS PARA......este texto!!! É isto mesmo!!!
    Abraço.

    P.S. Não sei porquê, mas acho que o teu "poste" do ano passado, com a listagem publicada, me escapou??? Do do João lembro-me e até comentei, mas do teu não....mas está muito bem, APLAUSOS atrasados tb para esse.

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  4. Sinceramente, este problema causa-me pouca aflição. Como disse no post do João, nem me tinha apercebido dele até ver aqueles números que ele publicou da Meia de Lisboa. E não estava ciente simplesmente porque não consigo sequer perceber as pessoas que fazem isto! É que não faz minimamente sentido! Quem faz batota pura e simplesmente não é desportista como nós, não faz parte do meu pelotão, pelo menos. Agora, como eu dizia, não é coisa que me aflija. Eles só se estão a enganar a eles próprios, se conseguem chegar à meta com um sorriso e de braços no ar é porque têm fraco carácter, a mim tanto me faz. Se com isso até chegarem à minha frente, olha, bom para eles!

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    1. Sim também acabo por estar de acordo contigo só se estão a enganar a eles próprios!
      Deste que não prejudiquem a classificação de uma prova, e isso é difícil de fazerem porque os organizadores conhecem quem tem pernas para andar lá na frente, o problema é mais deles que nosso!
      Mesmo que numa grande prova fiquem alguns batoteiros à nossa frente pouca diferença faz para quem corre no meio do pelotão!
      Mas as vezes há “cenas” em que um tipo se “passa” e conto-te esta: vinha na prova do 1º de Maio e tinha acabado de chegar ao Areeiro depois daquela subida “tramada” da Alameda D. Afonso Henriques.
      Se conheces a provas (e deves conhecer certamente) sabes que isto é na parte final em que um sujeito já vem a dar o que lhe resta “no tanque de gasolina”!
      Pois entro eu na Praça e tem que se contornar a rotunda e entrar na João XI pois há um sujeito que atalha por cima da placa da rotunda direitinho à João XXI!
      Pode parecer coisa pouca mas quando um sujeito vai ali mesmo na parte final a dar tudo o que tem é vê aquilo é demais!
      Só não fui atrás do sujeito porque as pernas já não davam para recuperar o que ele ganhou atalhando! E ainda bem porque não sei o que teria feito se o apanhasse e eu sou muito pacifico!...
      Um abraço.

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  5. Com todo o respeito que me merecem os autores destes textos (e que é muito) e dos seus apoiantes, toda esta história da denúncia dos nomes dos atletas que foram desclassificados me parece um enorme exagero.

    Não me parece que esteja minimamente em causa a "verdade desportiva", nem, na maior parte dos casos, uma atitude maléfica e propositadamente fraudulenta dos infractores.

    Tratar-se-à, numa boa parte das situações, de uma atitude negligente e despreocupada, tendo no subconsciente a ideia de que não vem grande mal ao mundo se fizerem um atalho ou correrem com o dorsal de outra pessoa.

    Dito isto, aplaudo a vocação justiceira destas denúncias, fazendo apenas votos que o empenho colocado nesta causa seja, no mínimo, igual no combate a outro tipo de batotas (que porventura, essas sim, nos causarão a todos maior dano)

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  6. Comecemos pelo último parágrafo: quem lê com regularidade este blogue sabe que sempre lutamos pela honestidade e até tomamos posições na defesa da mesma que vão muito para além da prática da corrida. Este é um blogue empenhado numa sociedade mais justa e fraterna.
    Quanto ao enorme exagero que está denúncia lhe parece ser não poderíamos estar mais de acordo consigo!
    Na realidade quem usa tais práticas fraudulentas na corrida está apenas a enganar-se a si próprio e a demonstrar falta de carácter e honestidade e nada mais!
    O que importa ostentar uma medalha de uma meia maratona quando na realidade se correu uma distância bem mais curta? O que importa apregoar que se tem determinada marca na maratona quando se recorreu ao uso do metropolitano para fazer parte do percurso? São pequenas e suaves batotas, talvez a escola para as grandes batotas, o começo da aprendizagem para um dia se fazerem grandes fraudes, para a grande corrupção e até um lugar de ministro num qualquer governo destes que nos têm desgovernado.
    Entretanto nós aqui no último quilómetro vamos continuar a aplaudir aqueles que cumprem as regras de uma prova com rigor e honestidade independentemente das suas capacidades atléticas. E vamos sempre ter um enorme respeito por aqueles que desistem numa prova porque vêm não ter condições para cortar a meta e não querem ostentar um título que não lhe é devido.

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  7. Enfim, respeito naturalmente a sua maneira de ver as coisas, mas, apesar de partilhar a sua opinião relativamente à censurabilidade da conduta, não partilho o grau em que a qualifica.

    É evidente que as situações que descreve - de alguém que ostenta uma medalha de uma corrida que não completou ou que apregoa uma marca num percurso que atalhou - são graves e revelam de facto falta de honestidade. Simplesmente, não me parece que correspondam à maioria das situações. E, muito menos, de casos que revelem, necessariamente potencial para ser tornarem casos de maior gravidade ("as grandes fraudes" ou as "grandes corrupções"). Com o devido respeito, faz lembrar aquelas pessoas que acham que o pessoal que fuma uns charros são logo uns "gandas drogados" ou que para lá caminham.

    Como corredor de pelotão, não me sinto minimamente incomodado por estas situações, apesar de ser sensível às perturbações que podem causar às organizações das provas. Em todo o caso, sou daqueles que tem muito presente aquele "dizer "quem nunca pecou...".

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    1. Grato pela sua opinião. Bons treinos e melhores provas!

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  8. Uma peça bem adaptada à realidade nacional e muito oportuna já que nas vésperas de mais eleições a doideira dos truques de salve-se quem puder também se aplica àqueles que andam desnorteados e nunca mais aprendem no rumo a dar à sua vida. Um abraço

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  9. Não podia estar mais de acordo consigo, amigo Joaquim Adelino! Um forte abraço.

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