Sempre defendemos que quando há
algum motivo que nos faz discordar com a organização de uma prova ( o preço da
inscrição na mesma: só para dar um exemplo) a solução passa por não alinhar na
prova e nunca por participar na mesma sem dorsal.
Podemos argumentar que a ruas são
livres, que não usamos os abastecimentos, nem usufruímos dos serviços de
cronometrarem, nem recebemos as ofertas inerentes à participação na prova e não
somos abrangidos pelo seguro, mas as coisas não são bem assim.
Ao participarmos numa prova sem
dorsal estamos a usufruir da marcação do percurso, do policiamento e segurança
do mesmo para alem de todo o ambiente que envolve uma prova. Até mesmo dos
serviços médicos, pois se nos acontecer algo, certamente, que não será o facto
de não termos dorsal que nos impedirá
de sermos socorridos
São tudo serviços que a
organização teve de pagar e que nós vamos usufruir gratuitamente.
Ao participarmos numa prova sem
dorsal é como se não quiséssemos pagar a entrada em determinado espectáculo mas
arranjássemos uma maneira de assistir, mesmo que parcialmente, ao mesmo.
E isto é tão ou mais verdade que
o corredores podem perfeitamente correr no percurso da prova noutro dia
qualquer, mas escolhem precisamente o dia da mesma, porque sabem que tiram
vantagem disso e que tudo é muito diferente de um treino solitário.
Por tudo o que atrás expomos é
que não podemos concordar que um determinado grupo de corredores organizados no
Facebook pretendam fazer um evento no dia da URBAN NIGHT RACE, em Lisboa, e que
é em tudo uma cópia desta mesma prova, muito provavelmente até se misturando
com os participantes da mesma.
Não poderemos enquadrar isto numa
“prova pirata”, porque isso são treinos organizados que em nada colidam como
uma prova oficial.
Estamos em presença de algo novo
que poderemos chamar de anti – prova!
Podemos concordar ou não com os
organizadores de determinado evento, achar o mesmo caro (e isto do preço de uma
corrida era assunto que dava pano para mangas) mas respeitamos quem está a
fazer o seu trabalho e não nos tentamos aproveitar dele com argumentos mais ou
menos delirantes.
Não concordam com as condições de uma prova? Muito bem.
Ninguém os obriga a ir.
Querem fazer um treino no
percurso da prova? Certo. Façam isso mas não dia da prova.
Corram por sua conta e risco sem
terem uma prova devidamente organizada por perto (e provavelmente correndo
dentro dela de graça) e vão ver se é a mesma coisa!
Apoio a 100% este texto!
ResponderEliminarSempre fui contra a participação numa prova sem dorsal. Nunca nas minhas 231 provas participei sem estar regularmente inscrito e nunca o tenciono fazer pois as corridas são um bem muito valioso para estarmos assim a pôr em causa e é algo que temos que preservar muito bem. O que implica o completo cumprimento do regulamento.
Nos casos que não concordo seja com o que for, pura e simplesmente não me inscrevo e não vou.
Habituado a ver os penetras, nunca me passou pela cabeça chegar-se a um ponto em que se vai realizar essa tal anti-prova que referes. De bradar aos céus!!!
Na minha opinião, quem quer fazer isso não tem o devido espírito de atleta.
Chamem-me o que quiserem, pois para mim nada como ser fiel à verdade e correcção.
Um abraço e parabéns pelo magnifico ponto de vista
Completamente de acordo. Escrevi exactamente sobre esse assunto ontem. Um abraço! http://tripasenortadas.blogspot.pt/2012/08/portugal-running-e-o-urban-trail.html
ResponderEliminarExactamente o que penso, Jorge Branco. Sem tirar nem pôr!
ResponderEliminarTexto simples e cristalino, sobre o qual já exprimi diversas vezes a minha opinião que coincide exactamente com a do Jorge.
ResponderEliminarComo não poderia ser de outra forma, apoio totalmente a sua opinião (também faço parte de uma organização). O que parece é que (talvez fruto da própria política praticada em Portugal), esteja a grassar um certo anarquismo - ou sentimento anárquico - que leva algumas pessoas à "confusão": o famoso "quero, posso e mando".
ResponderEliminarDe acordo amigo Jorge, será uma triste figura se esses "penetas" tentarem infiltrar-se oportunisticamente numa prova legalmente autorizada. Se não concordam façam como eu , não vou, mas que tenho o dever de respeitar, até pelo respeito que me merece quem por ventura aderir a esse evento. Ainda não me epercebi desse movimento mas vou estar atento. Abraço
ResponderEliminarCompletamente de acordo.Apesar de ser da opinião que algumas provas são muito caras , só vai quem quer.Eu por exemplo já comecei a fazer a minha selecção , sim porque ainda hoje vi os patrocínios da meia de portugal e no entanto as inscrições são altas.Agora correr como diz o meu amigo Jorge sem dorsal é como querer ver um espectáculo sem pagar bilhete.
ResponderEliminarJuntar a 1ª parte do texto , com a qual concordo , com a 2ª parte do texto é uma completa desilusão neste post , sem nexo algum , apenas demonstra que não se pode escrever só por escrever , que é preciso conhecer os factos dando ao leitor uma visão limpa e clara dos acontecimentos.
ResponderEliminarA tal visão clara é limpa dada por uma anónimo que não esclarece absolutamente nada!
ResponderEliminarCuriosamente este texto está aqui sujeito as criticas desde do dia 26 e apenas aparece alguém (que nem dá a cara) a contestar o mesmo hoje, dia 30, mas os argumentos que apresenta são zero!
Como o sou o responsável máximo por este blogue e estou no meu direito este assunto vai deixar de admitir comentários porque já estou farto de determinadas atitudes , no mínimo, muito estranhas.