quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

CONTO DE NATAL OU TALVEZ NÃO...

As melhores prendas que podemos receber (ou dar) são as que implicam uma grande carga de carinho, ternura, amizade e amor.
De nada importa receber uma prenda se ela não tiver implícitos os sentimentos atrás mencionados.
Muito para além para além do valor da prenda em si o que conta, efectivamente, são os sentimentos envolvidos no acto de a receber e a dar.
E um gesto de carinho, uma palavra amiga no momento mais difícil, um sorriso, um abraço, um beijo, podem ser grandes “presentes” mesmo que não tenham qualquer valor quantificável em termos monetários.
Outras prendas que nos enchem a alma são aquelas que damos a nós próprios, digamos assim, com que nos mimamos!
Também as prendas que oferecemos a nós próprios podem não ter qualquer valor material mas ter um grande significado.
Podemos dar como prenda a nós próprios o conseguir concretizar qualquer objectivo / sonho.
Para nós corredores pode ser a participação numa determinada prova “especial”, atingirmos uma determinada marca, corremos uns determinados quilómetros etc, etc.
Neste natal oferecia a mim próprio uma prenda especial. Não a pendurei na árvore de Natal, não a comprei num qualquer centro comercial, mas “embrulhei-a” com carinho.
Como a vida é feita de avanços e recuos, de ciclos, este natal ofereci a mim mesmo uma muito modesta meia hora de corrida que me soube pela vida!
Tendo o velho hábito de sempre correr no dia Natal, no Ano Novo e nos dias dos meus anos e encontrando-me em fase de readaptação do esqueleto ao treino depois de uma paragem, forçada, entre Setembro e Novembro esta meia hora foi o meu treino especial de Natal que acabou por ter o mesmo sabor e cor que outros treinos longos feitos em Natais passados.
O senão deste treino foi o Pai Natal e o Menino Jesus não acharem nada ortodoxo eu ir correr no dia de Natal e meteram um cunha ao São Pedro para ele me dar um prenda de Natal “à maneira”.
Mas o São Pedro já deve andar cansado de me tentar convencer a não correr no dia de Natal (ainda recordo o Natal em que ele me brindou com chuva e vento gelados durante as duas horas e trinta que resolvi desafia-lo) e apenas me deu um banho gelado mesmo no começo do treino e uma parede de vento nos quinze minutos da segunda metade do treino.
Até o São Pedro anda forreta! Ou talvez tenha gastado o mau tempo todo ontem (dia 24) a pensar que eu iria correr!
Sim estou convencido que todo o mau tempo que fez era o presente do São Pedro para mim mas azar dele (e meu, que teria adorado treinar com aquela belo “presente” do Santo) ontem, na planificação das minhas modestas corridas, era dia de repouso!
Hoje quando eu saí para o treino o Santo estava cansado, desmotivado e já com poucas “munições” por isso, e por mais que o Pai Natal e o Menino Jesus lhe pedissem: ou Pedro, pá, trama o treino daquele gajo que não acredita na gente! o mais que ele consegui arranjar foi um duche gelado e uma parede de vento coisa pouca para um descrente muito teimoso como eu!

4 comentários:

  1. He he!
    Só uma dúvida, és teimoso ou és daqueles resistentes de betão? :)

    Um abraço e boa continuação de treinos

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  2. Deve ser teimosia mesmo porque de betão este esqueleto não tem nada! Está todo "preso por arames"!
    Um abraço.

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  3. Grande Jorge...este ano não deu para ir correr no dia de Natal, mas hoje vou de certeza (hoje é um dia especial...mas para saberes vais ter que ir ao Papa Kilómetros saber mais logo). Até acho que o S.Pedro guardou a "duche" para mim...está uma daquelas chuvas que te ia molhar todinho, e a mim tb...a chamada "chuva molha tolos"....hehehe.
    Grande abraço

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  4. Já estou curioso para ir ao Papa Kilómetros saber deste dia especial!
    Um boa chuva no treino resolve-se, sempre, com um bom banho quente!
    Um grande abraço.

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