No
passado dia 28 de Outubro, depois do interregno de 4 anos, voltei a alinhar na
maratona do Porto. Para quem já completou mais de meia centena, poderia ser
apenas mais uma, mas, apesar da experiência acumulada, as provas, principalmente
as mais longas, têm sempre algo de novo, se não for o percurso será a
meteorologia ou qualquer outro pormenor.
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A lista de inscritos, pela primeira
vez em Portugal, rondava os dois milhares e a feira, instalada no edifício da
Alfândega, estava bem composta, quer de locais de venda e divulgação quer de
visitantes, embora a hora a que cheguei já se aproximasse do fecho. Mesmo
assim, ainda tive oportunidade de subir ao piso 2 para apreciar a interpretação
de 3 fados, numa sala que merecia estar mais composta. Parece que passamos um
pouco ao lado destas importantes “ofertas”.
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Vamos à corrida! A manhã fresca,
embora ventosa, não arrefecia os ânimos dos que se propunham palmilhar 15 ou 42
kms, pois o local de partida, junto ao pavilhão Rosa Mota, só não contemplava a
caminhada de 6 kms.
A parte inicial já era conhecida, passagem pela Rotunda da Boavista e Avenida
até ao Castelo do Queijo (Praça Gonçalves Zarco), virando à direita em direcção
a Matosinhos, percurso novo e com algum empedrado, regressando, pelas mesmas
ruas, à referida praça, onde os participantes da Corrida da Família viraram à
esquerda, enquanto os da maratona seguiram em direcção à ponte D. Luís, passando
junto aos restaurantes da Ribeira. Na outra banda, sempre junto ao rio, ida e
volta até à Afurada, também ali com o menos agradável empedrado. No regresso ao
Porto, na saída da ponte, um desvio rumo ao Freixo e regresso em direcção à
meta instalada no Parque da Cidade.
Neste percurso de ida e volta, que desagrada a alguns dos participantes, só não
se repetiu a zona da Ribeira mais chegada ao rio.
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Os tempos obtidos não foram os
melhores, pois o vento, de frente e de lado (quando está pelas costas não se dá
por ele!) sempre teve alguma influência. Mas é assim, a beleza dos caminhos
junto ao mar e ao rio, requer algo em troca.
O número de atletas que cortaram a
linha de chegada (1668) foi, mais uma vez, o mais elevado em maratonas
realizadas entre nós.
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Como o tempo registado teve em
consideração o relógio, e não o “chip”, gastei 3 horas e 22 minutos daquela bonita
manhã para concluir a maratona, enquanto o vencedor necessitou, apenas, de 2
horas, 12 minutos e 14 segundos.
Foi mais uma agradável jornada desportiva, onde não faltou alguma animação
musical, ao longo do percurso, quer através de grupos ou de simples
aparelhagens.
Os abastecimentos, pela minha zona,
estiveram à altura, não só em quantidade como em variedade, o mesmo não
acontecendo com os que correram na casa das 5 horas, onde a água, tão preciosa,
aos 25 kms, já não estava disponível.
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Os aplausos da assistência
limitaram-se quase exclusivamente, como é hábito entre nós, aos familiares dos
participantes e aos atletas que optaram por ficar de fora, ainda assim, a zona
da meta apresentava um “funil” de gente entusiasmada, certamente os
participantes na caminhada e corrida da família, que não se cansou de aplaudir
quem já estava a escassos metros do objectivo.
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De louvar, sempre, que uma instituição de solidariedade social (ADFA) foi
contemplada com 50 cêntimos de cada inscrição!
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Apesar das pequenas falhas, a
corrigir em 2013, aqui ficam os parabéns à organização.
Excelente relato.
ResponderEliminarDe lamentar, por ser uma falha grave, a falta de água para os menos rápidos.
Muita coisa pode falhar numa prova, essa é aquela que NÃO pode falhar.
Um abraço
Bom relato, parabéns pela conquista!
ResponderEliminarSão falhas que infelizmente acontecem, mas que por norma as organizações têm em atenção (ou deveriam ter) para no ano seguinte mudar.
ResponderEliminarQuanto aos incentivos, é tão normal essa falta... Para quem já tenha tido a oportunidade de dar um salto ao país vizinho e fazer lá uma prova então é que nota a diferença.
Continuação de boas provas
Parabéns Amigo, por mais esta maratona, a juntar ao teu impressionante currículo e pelo excelente relato.
ResponderEliminarSobre as falhas é pena que essa, a da falta de abastecimento, ainda possa acontecer hoje, numa prova com a responsabilidade da maratona. E quanto à falta de público já estamos infelizmente acostumados. Já tenho visto os próprios atletas, que já acabaram a prova, passarem com indiferença pelos que ainda vêm em pleno esforço... As excepções contam-se pelos dedos - nas Fogueiras de Peniche, na S.Silvestre da Amadora e algumas mais. Grande abraço