Para mim ser-se ultra-maratonista
é, acima de tudo, um estado de alma, uma filosofia, uma maneira de estar na
vida.
Pese embora só uma vez tenha
feito uma ultra-maratona (2ª edição das “12 horas de Vila Real de Santo
António”, em 1987 - 101,650 km – 5º classificado) sinto-me um
ultra-maratonista, um amante incondicional dos treinos longos, da liberdade de
correr o máximo tempo que se consiga aguentar, sem pressas nem objectivos
definidos, que não sejam o simples e puro prazer de correr.
Com 32 anos de ligação com a
corrida, cada vez me fascinam mais os desafios pessoais, os longos treinos
solitários, e muito menos as provas e ainda menos as marcas e o cronómetro.
Infelizmente o “esqueleto” pode
já não dar para grandes aventuras mas, dentro das minhas possibilidades, tento
sempre traçar objectivos que me levem o mais longe possível!
E os objectivos são na proporção
directa do que ainda conseguimos fazer e por isso são muito pessoais e
definidos pelo limites físicos de cada um.
Não interessa comparar
capacidades atléticas e performances.
Para mim interessa-me é conseguir correr o máximo que me seja possível, livre,
feliz e sem pressa, que as coisas boas da vida são para ser saboreadas como
calma.
Este pequeno texto surge depois
de ter lido esta extraordinária aventura que podem ler aqui.
Foi sem sombra de dúvida o texto
que li até hoje na blogosfera corredora que mais mexeu comigo e que mais se
identifica com a minha forma de estar na corrida.
Para mim isto é a verdadeira
essência da corrida, outras haverá tão validas com esta. Cabe a cada um
escolher o caminho que o faça mais feliz
Para mim correr é o que vem
descrito, magistralmente, neste texto e daqui endereço um forte e sentido
abraço ao seu autor o João Paulo Meixedo.
*A Foto que ilustra este texto encontra-se aqui.*
Basta teres feito uma, e que uma, para seres sempre ultra-maratonista.
ResponderEliminarMas... ou me engano muito... ou essa não vai ficar única no teu historial. Não concordas?
Força Jorge! Eu sei que estás mortinho por sentir outra vez aquela sensação! :)
É um texto muito bonito, sem dúvida, e ilustra as razões pelas quais um dia gostaria de ser capaz de percorrer as distâncias mais longas.
ResponderEliminarCorridas felizes, sem pressas!
obrigada por partilhar, Jorge!
ResponderEliminaré um relato de aventura incrível!
enquanto lia, viajei pela ilha, vi coelhos, senti sede, me superei e conquistei um desafio!
estou inspirada! tenho vontade de calçar meus tênis e sair correndo por aí...
Obrigado pela partilha e pela motivação. Também sou adepto dos treinos longos solitários. Apenas levo um medidor de distância para estimular a alma. O medidor de tempo faz parte das condicionantes sociais e familiares. Parece que nunca há tempo suficiente para poder ir até onde me esquecer. Existe sempre a pressão do tempo para regressar afim de cumprir um qualquer compromisso fútil.
ResponderEliminarEnfim, há-de surgir o tempo quando tiver realmente pernas para isso :)
SIM
ResponderEliminar"um amante incondicional dos treinos longos, da liberdade de correr o máximo tempo que se consiga aguentar, sem pressas nem objectivos definidos, que não sejam o simples e puro prazer de correr." - É ISTO MESMO!!!
beijinho :-)