sábado, 31 de dezembro de 2011
FRATERNALMENTE 2012
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
CORRIDA E SIMPLICIDADE
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
MIL CLASSIFICAÇÕES AO ALCANCE DE UMA CLIQUE
domingo, 18 de dezembro de 2011
MAGIA NO GRANDE PRÉMIO DE NATAL
Nestas fotos trespassa toda a urbanidade e encanto que é ter as ruas de uma cidade por nossa conta para corrermos livremente.
São fotos que poderiam ter sido obtidas numa prova em qualquer grande capital por esse mundo fora. Mas a total ausência de público tem a, triste e única, marca da nossa cidade de Lisboa.
Corredores num ambiente quase surreal captados pela objectiva da Mafalda Lima em plena Avenida Fontes Pereira de Melo no decorrer do Grande Prémio de Natal.
sábado, 10 de dezembro de 2011
NATAL EM TEMPOS AMARGOS
Aparentemente é algo próprio da época, de fácil execução e que não nos traz quaisquer dilemas ou problemas.
Aqui no Último Quilómetro não gostamos de fazer as coisas baseadas apenas em automatismo ou datas mas sim dar um sentido a tudo o que aqui publicamos.
Este ano o simples formular de Boas Festas colocou-nos perante um grande dilema:
Face à situação que Portugal atravessa, fruto de anos e anos de políticas erradas e não de uma qualquer crise “caída dos céus aos trambolhões” será legítimo vir aqui formular, levianamente, fotos de Boas Festas como se nada se passasse?
Mas pura e simplesmente ignorar a data não poderá parecer falta de educação da nossa parte?
Assim estamos divididos entre os que até podem considerar ofensivo formular votos festivos pese embora a quadra que se aproxima, e os que nos podem considerar mal educados se ignorarmos essa mesma quadra.
Considerando que o Natal é sobretudo a Festa da Família independentemente do credo religioso de cada um, ou mesmo da ausência dele, vimos desejar que as famílias encontrem na celebração do Natal motivos para reforçarem a solidariedade entre si e com os que os rodeiam, vendo a sociedade como um todo e não olhando egoisticamente apenas para si próprios.
Festejar mesmo quando não se tem nenhumas razões para isso é também uma forma de resistência, de gritar estamos vivos! de mostrar que não nos derrubam!
O ano de 2012 nada de bom vai trazer para o Portugueses; temos de ser realistas, mas está nas nossas mãos mudar este estado de coisas assim haja lucidez, coragem e força para tal.
Este é um blogue de corredores e eles são gente resistente, de antes quebrar que torcer, vamos aplicar toda a nossa força para enfrentar estes tempos cinzentos que temos pela frente e dar o nosso contributo para a sua transformação no sentido de um Portugal mais justo.
A equipa do Último Quilómetro deixa aqui um forte, solidário e fraternal abraço a todos.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
UMA OPINIÃO SOBRE A MARATONA.
.Sobre a prova reitero a opinião dada em anteriores edições, Penso que a simultaneidade das duas competições principais, mesmo que parcial e com partidas distintas, é confusa. Não sei se o será também para os atletas mas acredito que sim, uma vez que já fiz maratonas e gosto de sentir o meio onde me movo. Não esquecer que os andamentos são completamente distintos, entre a meia-maratona (21,097) e a maratona (42,195), já que nesta última as reservas chegam ao ponto crítico, para a maioria dos atletas participantes. Pelo que ao acompanhar outro atleta que nos parece seguir num andamento semelhante ao nosso, convém verificar o que é que ele vai fazer.
Para o público justificava-se uma clara diferença nos dorsais das duas provas, para percebermos quem era quem, o que desta vez não aconteceu. Até perguntei a um fotógrafo, muito mais profissional que eu, e que estava em funções, e cheguei à triste conclusão que ainda percebia menos que eu...
.Já me disseram que o Estádio 1º de Maio está de pantanas, com a substituição do que já foi um belo relvado, por um sintético!
Que pena! Que disparate! Conheci muito bem os funcionários do Inatel que durante anos o trataram com muita dedicação, porque gostavam de fazer bem o seu trabalho. Agora já estão na reforma, alguns antecipada, desiludidos com o estado em que aquela instituição caiu nos últimos anos. Algumas vezes conversámos e a conclusão era invariavelmente a mesma: “ninguém vai reconhecer o nosso trabalho de anos!”, com a qual eu concordava, por já ter sentido na pele situações semelhantes. Adivinho as justificações: economicistas, sem ter em conta a qualidade para os utentes, em princípio trabalhadores. Mas para os golfes já há dinheiro! Questão de classes! Por isso, ainda bem que desta vez não fui ao Estádio, para não ficar logo indignado e mal disposto. É que foram quase três décadas de presença quase diária naquele Estádio, para treinar! No entanto a imagem que deve ter ficado para as muitas centenas de participantes, principalmente estrangeiros, não deve ter sido a melhor. A Xistarca diz que não foi avisada e acredito!
.Algumas opiniões contraditórias entretanto lidas, fizeram-me pensar também no que a Maratona significa hoje para muitos dos seus participantes e do que significava há algumas décadas. Ainda sofríamos os efeitos da época em que responsáveis muito conhecidos afirmavam que “a maratona não é Desporto” (Moniz Pereira), enquanto que, numa grande maratona nos EUA, dirigentes procuravam impedir pela violência a participação de mulheres (ver foto na revista Spiridon)! Porque era a mais exigente das disciplinas atléticas e terminá-la representava para o comum dos mortais um feito pessoal, em que o tempo conseguido para realizar a proeza era importante. Porque eram efectivamente poucos os que se “atreviam” no nosso País à façanha e recordo até a tentativa de um amigo atleta desses anos tentar fazer uma listagem de todos os portugueses que a tinham conseguido concluir oficialmente.
O advento de novas competições ainda mais exigentes, como os super-triatlos, as ultra-maratonas, as provas de montanha de enorme dificuldade, veio alargar os horizontes, deixando a Maratona ser apenas (e é muito) a rainha das provas clássicas de Atletismo.
Suponho no entanto que a magia de fazer os 42,195 km se mantém e que cortar a meta continue a ser um momento importante para qualquer desportista, porque se trata de um esforço em que se chega, como referido, quase aos limites físicos. No entanto há cada vez mais participantes que a fazem apenas como mais um desafio, sem nenhuma carga especial, em que o sacrifício da superação das dificuldades, de quem anda nos limites da resistência, já não se porá com a mesma carga mítica de doutros tempos. Interessa apenas chegar mais uma vez ao fim e pouco mais.
Afinal, quem de entre os milhares que a terminam conhecerá o nome do saudoso Francisco Lázaro e do seu sonho, trágico, de vencer a primeira Maratona Olímpica, no início do século passado?
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
HUMOR IMAGINAÇÃO E MARATONA
VAI-TE EMBORA CRISE
DEZ P’RAS ONZE
DE TRAZ PARA A FRENTE
BEKELE Y SUS MUCHACHOS
KARAPAUS DE KORRIDA
BACANA
OS ATRAZADOS
PAPA LÉGUAS
UM SONHO CHAMADO BRAZUCA
4 AO KM
CORRER POR GOSTO
UM DIA SEREI MARATONISTA
DOR DE BURRO
CARACÓIS ASFALTO
OS FOGUETES
ABRE
GA TARTARUGAS
DE SEDENTÁRIO A MARATONISTA
SE EU TIVESSE TREINADO IAM VER
VAMOS APANHAR OS QUENIANOS
BIFANAS DE CORRIDA
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
26ª MARATONA DE LISBOA
O ÚLTIMO QUILÓMETRO saúda todos aqueles que vão participar na vigésima sexta edição da Maratona de Lisboa, desejando-lhes uma óptima prova.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
MARATONA DO PORTO – ESCLARECIMENTO SOBRE O SISTEMA DE CRONOMETRAGEM
Erradamente escrevemos que o sistema de cronometragem usado na referida prova era igual ao que vai ser usado na Maratona de Lisboa quando na realidade tal facto não é verdadeiro.
O nosso pedido de desculpa aos intervenientes neste processo e aos nossos leitores.
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Venho pelo presente, e após ter lido o que publicou no seu blogue pedir que realize um pequeno esclarecimento aos seus leitores.
O sistema que realizou o apuramento de tempos na 8ª Maratona do Porto foi o sistema de cronometragem Metadigital. Um sistema de cronometragem totalmente desenvolvido em Portugal, que tem por parceiros a Federação Portuguesa de Jet Ski, a Maratona BTT de Portalegre, a Run Porto, entre outros.
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Por uma questão de honestidade informativa, peço-lhe que rectifique a notícia que inseriu no seu blog, o Metadigital não será o sistema de cronometragem da Maratona de Lisboa, mas sim a Chip Timing, uma empresa Brasileira.
Convido-o a visitar o nosso site por forma a conhecer o nosso sistema, bem como as potencialidades do mesmo.
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Agradeço antecipadamente.
Atentamente,
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Selma Fonseca Fernandes
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Dir. Marketing
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modiplace, Lda
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Nota: Foto de Paulo Pires retirada do Facebook ao qual pedimos desculpa pelo abuso.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
MARATONA DE LISBOA NOVO SISTEMA DE CRONOMETRAGEM
Aqui deixamos uma imagem sobre este sistema que retiramos da pagina da MARATONA SEASIDE DE LISBOA 2011, 26ª EDIÇÃO.
Informação mais detalha sobre este sistema de cronometragem pode ser encontrado na referida pagina onde, inclusive, se pode ver um vídeo sobre o assunto.
domingo, 27 de novembro de 2011
A CORRIDA NUMA REDOMA DE VIDRO

Num aparte posso acrescentar que se tratar de uma população maioritariamente idosa, com muito e graves problemas de saúde e fracos recursos e essa vila para onde querem obrigar as pessoas a deslocarem-se também tem médicos em número muito deficiente.
Ao dar voz ao protesto desses meus conterrâneos usei, entre outros meios, o “mural” de um grupo sobre corrida no Facebook.
Ao tomar esta atitude fui criticado por dois elementos do referido grupo que disseram tratar-se de um grupo onde apenas se falava de corrida.
Dizia um dos membros, e passo a citar: “Fazer desporto é uma das poucas coisas em que todos somos indivíduos livres de todas as etiquetas sociais.”
Outro participante afirmava: “Este não é de todo o lugar indicado uma vez que é um Grupo dedicado à corrida (como o nome indica), elo que todos temos em comum independentemente dos factores exteriores (políticos, sociais, ideológicos, etc.)...”
Por estes comentários fica-se com a ideia que a corrida é um mundo à parte, assim uma espécie de terceira dimensão sem qualquer ligação com a sociedade onde vivemos, estamos inseridos e com a qual interagimos.
Para já e à partida se a população da localidade onde vivo tem imensas dificuldades no acesso à saúde (um direito constitucionalmente consagrado) eu também tenho e isso afecta-me como corredor e muito.
Claro que em vez de expressar o descontentamento e a luta de uma população inteira poderia ter escrito que não tinha acesso aos cuidados de saúde e que isso me afectava como corredor mas sou um ser solidário e essa atitude egoísta de apenas olhar para o meu umbigo quando há gente com problemas mais graves que o meu nunca fez nem fará o meu género.
Mas o mais grave nestes comentários é quererem transformar a corrida num mundo idílico “livres de todas as etiquetas sociais” e “um Grupo dedicado à corrida (como o nome indica), elo que todos temos em comum independentemente dos factores exteriores (políticos, sociais, ideológicos, etc.)”...como escreveu outro participante do grupo que já tinha citado anteriormente.
Quer dizer, nós corredores somos todos iguais!
Os problemas do mundo exterior não nos afectam!
Eu desempregado de longa duração tenho as mesmas condições para praticar a corrida que um quadro superior de uma empresa!
Eu que tenho tremendas dificuldades em conseguir uma consulta médica e quanto ao acesso à medicina desportiva não o tenho nem em sonhos (!) teria a mesma segurança para treinar dos que tem acesso a esses serviços.
Vamos transformar a corrida numa “coisa” para nos adormecer da realidade em que vivemos? Para “ópio” do povo já temos o futebol e mais umas tantas coisas (infelizmente muitas) não vamos transformar a corrida em mais uma delas!
Eu sou corredor há mais de 30 anos, mas um corredor que não se fecha numa redoma de vidro, um corredor que liga a vida com a corrida e a corrida com a vida pois elas são um todo e complementam-se.
A corrida faz parte da sociedade em que vivemos, interage com ela e todos os problemas que a sociedade atravessa têm influência no nosso desporto preferido.
A corrida não é um mundo fechado em si próprio e muitas vezes serve para apoiar causas solidárias como é exemplo determinadas provas,
Já houve provas para apoiar determinado partido ou coligação numas eleições, há provas organizadas por sindicatos e partidos políticos.
Não a corrida não é um mundo à parte! Querer discutir o nosso desporto favorito sem o inserir na sociedade que nos rodeia é um absurdo, e pura demagogia.
Sou corredor de fundo mas não vivo numa redoma de vidro nem tenho medo de inserir o desporto dentro da sociedade que nos rodeia.
Infelizmente nem na corrida somos todos iguais!
Fica aqui um vídeo sobre a luta das populações de Muge e Granho pelo direito à saúde!
Como corredor e como ser humano tenho direito a algo que está constitucionalmente consagrado.
Com ser solidário que julgo ser não luto em termos individuais mas sim em termos colectivos por isso a minha luta é a luta das gentes do Muge e do Granho tão ou mais necessitadas que eu!
Corram, sejam felizes, mas não se esqueçam da sociedade “lá fora”, senão quando deram por isso pode ser tarde!
Jorge Branco
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
UM REPÓRTER CORREDOR NOS TRILHOS DE CASAINHOS
Este atleta não se coibiu de transportar mais umas algumas gramas de peso de modo a poder captar as belas imagens durante aquela desafiante competição.
Não temos o grato prazer de conhecer o atleta em questão mas se o mesmo ler este texto, ou algum amigo dele, informamos que teríamos todo o gosto em divulgar aqui as fotografias e/ou o vídeo efectuado por aquele repórter corredor.
Todas as fotos da 3ª edição dos Trilhos de Casainhos podem ser vistas aqui.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
LISBOA MARATONA DAS 7 COLINAS

O que está na base desse fenómeno? O que cria esse vertente de turismo de desportivo que faz milhares de pessoas deslocarem-se de longe para correrem os míticos 42,195 km?
Diríamos que são maratonas com “alma”, maratonas que se integram plenamente na região onde decorrem e mostram o melhor que essa região tem, revelando precisamente o que um turista “normal” pretende ver ao visitar essa zona.
No caso de Lisboa temos uma maratona feita com todo o mérito mas num percurso atípico e de costas voltadas para a alma da cidade.
Pensamos que não vale muito a pena tentar fazer uma maratona plana em Lisboa, mesmo que tal seja possível. Quem queira uma maratona para bater recordes pessoais já tem excelentes ofertas no calendário internacional!
O que temos em Lisboa? O que encanta quem visita a cidade que me viu nascer?
Temos os bairros populares como Alfama, a Mouraria, a Graça, o Castelo, a Lapa, o Bairro Alto, Alcântara, a Madragoa, só para dar alguns exemplos.
Temos os miradouros com vistas únicas como são o caso da Senhora do Monte, de Santa Luzia, de São Pedro de Alcântara, de Santa Catarina.
Temos as 7 colinas de Lisboa que conjuntamente com o Tejo e aquela luminosidade tão própria a tornam na cidade branca, como a designou o cineasta suíço, Alan Tanner, no seu belo filme homónimo.
Uma maratona em Lisboa, para ser única, para se firmar no calendário turístico desportivo em que se integram as grandes maratonas internacionais não pode fugir das suas 7 colinas e dos seus bairros típicos, das suas ruas estreitas, das suas vielas!
Vão dizer: mas isso sobe, isso é duro! Sobe, sim senhor, mas não é duro! É o preço a pagar para se poder correr uma maratona com um percurso único no mundo, um percurso de rara beleza.
Não seria uma maratona para tempos, para grandes atletas internacionais mas seria uma maratona para o grande número de corredores que por esse mundo fora procuram provas com percursos únicos, em que ainda se torne mais gratificante ser maratonistas, em que o cansaço seja inferior à beleza que os olhos desfrutam!
Uma maratona para ser feita calmamente, para desfrutar, em que seja dado um tempo máximo para a terminar, que se coadune com a tipologia da prova e permita aos menos rápidos chegar ao fim sem problemas.
Uma maratona em Lisboa tem que “molhar” os pés no Tejo, subir aos mais altos miradouros da cidade, “perder-se” nas vielas, ter o som do fado e o cheiro da sardinha assada (não ficava nada mal um arraial com sardinhas assadas no final)!
Outro aspecto que temos de ter em conta é que ao levar a maratona para o interior de Lisboa, para o seu “coração”, e ao retirar a prova dos grandes e atípicos eixos viários, ela certamente será mais fácil de realizar em termos de trânsito e terá uma moldura humana muito mais envolvente pois muitos desses bairros mais típicos ainda são “aldeias” dentro da cidade grande onde as pessoas são muito mais participativas em relação a tudo o que se passa na sua comunidade.
Claro que tinha de haver todo um trabalho anterior à prova, de divulgação da mesma nos bairros por onde ela passaria, teriam de ser contactadas juntas de freguesia e clubes locais, de modo a estudar e criar uma grande interacção entre a população e a prova.
Nestes tempos de crise (criada por aqueles que nunca tem crises) vir aqui falar de um projecto destes parece ser coisa de loucos! Mas para se criar riqueza (pelo menos honestamente!) tem que se investir e trabalhar muito até se obter o retorno. Sabemos o quanto um grande evento desta natureza poderia ser uma mais-valia para a cidade.
Não se cria uma grande maratona internacional em dois ou três anos, é um trabalho de investimento e paciência e saber ter as pessoas certas no comando projecto.
Aqui fica esta nossa ideia, um tanto ou quanto visionária, mas temos a certeza que é algo que resultaria plenamente embora com muito trabalho e investimento aplicados mas temos gente em Portugal que já demonstrou ser capaz desta hercúlea tarefa, assim haja alguém com visão, e dinheiro, para uma “aventura” desta natureza.
Para finalizar, e não sendo intenção deste texto dar qualquer sugestão sobre do percurso desta eventual maratona mas sim lançar um ideia geral sobre o espírito da mesma, não podemos deixar de afirmar que o nosso sonho é que esta prova tivesse como ponto de partida a Praça do Comércio e a linha de chegada o Castelo de São Jorge! É um sonho que nem sequer sabemos se seria exequível do ponto de vista técnico.
Aqui fica lançada a ideia para dar a Lisboa a maratona que ela merece! Uma maratona com alma verdadeiramente alfacinha!
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*Nota: Este texto é dedicado a um amigo meu, que há uns bons anos comungou comigo o sonho de fazer uma prova de montanha em Lisboa e ao amigo João Lima que me incentivou a publicar no blogue a ideia alinhavada num e-mail trocado entre ambos*
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
PARA A HISTORIA DA CORRIDA EM MONTANHA EM PORTUGAL
Da velhinha Manteigas - Penhas Douradas ao Ultra Trail da Serra de Freita vai todo um mundo de propostas aliciantes para os que amam correr em contacto com a natureza e desafiar-se a si próprios em percursos que não há muitos anos seria um “escândalo” serem apresentados como próprios para correr (ainda nos lembramos do tempo em que as organizações ostentavam, orgulhosamente nos panfletos das provas PERCURSO PLANO, como se as subidas fossem um pecado e o planeta terra uma imensa planície!).
Mas se nos últimos anos se deu um forte impulso no aumento das provas de montanha em Portugal; que muitos designam por TRAIL, mas nós, fieis à língua de Camões, chamamos de montanha e nesse termo englobando todas a múltiplas variáveis que este género de competição tem, a magia da corrida em montanha em Portugal começou há muitos anos atrás.
Aquela que é a considerada, muito justamente, a mãe das corridas de montanha em Portugal, o Manteigas – Penhas Douradas, teria a sua primeira edição em 1983. Desafio inusitado e “brutal” para a época de em apenas 12 quilómetros subir de uma altitude de 700 metros para acabar aos 1500 metros. Isto é, subir 800 metros em apenas 12 quilómetros!
Na origem desta prova esteve o, na altura, jovem fundista António Matias, profundo conhecedor da região da Serra da Estrela que depois de participar no mítico Luchon – Súper Luchon, prova de montanha nos Pirenéus organizada pelo saudoso medico e maratonista francês Jaccques Turblin, autor de livros que foram autênticas bíblias para gerações de corredores, veio de lá tão encantado com o novo desafio em que participou que se lançou na aventura de fazer algo semelhante em Manteigas.
Foi um mero e feliz acaso que levou o jovem fundista António Matias a essa prova em França, juntamente com o seu amigo António Correia, mas foi a partir dai que nasceu o seu amor pela montanha, que tanta influência teve na implementação da modalidade em Portugal.
Pese embora no dia a seguir à prova o jovem António Matias tenha escrito num postal enviado a familiares: “é mais fácil de escrever o que não me dói do que o contrário!”, a paixão pela corrida em montanha tinha nascido!
Se o Manteigas – Penhas Douradas foi o começo de tudo, a grande implementação das provas de montanha em Portugal deu-se em 1995 com o nascimento do Terras de Aventura e a elaboração do primeiro circuito de provas de montanha o DESAFIO 95 1ª TROFÉU DE CORRIDA EM MONTANHA.
As imagens que acompanham este texto pertencem a uma pequena brochura onde são apresentadas todas as provas do DESAFIO 96 – 2º TROFÉU DE CORRIDA EM MONTANHA.
Nele se encontra a descrição de cada prova, com todas as indicações referentes às mesmas, incluindo o gráfico com a altimetria, para além do regulamento geral do circuito de montanha.
São onze as provas desse circuito de montanha em 1996 (tivemos a felicidade de correr 10 dessas provas) e onde se encontra a já clássica na altura 12 km Manteigas Penhas – Douradas, o Contra Relógio da Serra de Sintra já com 3 edições, e a Corrida do Monge na sua quarta edição.
A título de curiosidade podemos referir que na altura já havia participação de caminheiros mas eram designados por TURISTAS, à semelhança do que acontecia em provas de montanha no estrangeiro, nomeadamente na Suíça se a memória não nos atraiçoa.
Os “TURISTAS” percorriam percurso alternativos de menor dificuldade e quilometragem, à semelhança do que acontece nos dias de hoje, com excepção da TRANSESTRELA, que era percorrida em duas etapas, repartidas por dois dias em um fim-de-semana, onde a quilometragem e o percurso eram os mesmos.
Nesse ano de 1996 seriam percorridos na TRANSESTRELA cerca de 52 km no somatório das duas etapas (aproximadamente 30 km num dia e os restantes no dia seguinte) pelo que ser TURISTA nessa prova também não era tarefa fácil!
Curiosamente tivemos o prazer de participar como “turista” na primeira edição da TRANSESTRELA em 1995 e como atleta na segunda edição em 1996 e muito francamente nem sabemos qual o ano em que o “empeno” foi maior, mas o prazer que retirámos daquela grande aventura foi igual nos dois anos ou seja enorme!
Aqui fica a nossa modesta contribuição para a história da montanha em Portugal, escrita sem nenhumas pretensões e dentro do que a nossa memória o permite.
Se nunca experimentou correr em montanha venha dai! O único “perigo” que lhe pode acontecer é ficar viciado!








segunda-feira, 7 de novembro de 2011
CORRIDA DO MONGE – COMUNICADO
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
8ª MARATONA DO PORTO
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A MINHA OPINIÃO SOBRE O SUCEDIDO NA 19ª CORRIDA DO MONGE
Esta é a minha opinião, meramente pessoal, que apenas tem a legitimidade de ser escrita por um pioneiro na participação em provas de montanha em Portugal, quer como atleta quer como modesto colaborador em organizações das mesmas.
Uma constipação “atirou-me” para os caminheiros na edição deste ano, mas conto festejar a vigésima Corrida do Monge a correr na bela Serra de Sintra e conto com vocês todos para me acompanharam nessa festa!
Jorge Branco
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Tanto quanto me foi possível apurar o que aconteceu foi que os 5 quilómetros da prova coincidiram com a travessia de uma prova de BTT, que partia e chegava de Colares.
Alguns atletas seguiram as fitas do percurso da Corrida do Monge, pois dois ou três metros após o cruzamento onde se deu o engano encontrava-se a placa dos 5 quilómetros.
Infelizmente muitos atletas não viram ou não ligaram à referida placa dos 5 quilómetros, o que é perfeitamente normal, e voltaram à esquerda no referido cruzamento pois o mesmo estava marcado no chão para os praticantes de BTT.
Com toda esta situação estragaram-se duas organizações, pois vários concorrentes da BTT também seguiram as fitas da Corrida do Monge e foram parar ao Rio da Mula e só deram pelo erro quando se depararam com o corta-fogo.
Nas críticas que são feitas ao sucedido ninguém fala nas responsabilidades do Parque Natural Sintra-Cascais, ou das entidades responsáveis pela autorização destes eventos, que devem ter uma efectiva acção de controlo e fiscalização das actividades que se realizam nas áreas debaixo da sua jurisdição, o que não foi o caso.
Não quero com isto dizer que estas entidades sejam responsáveis por verificações de marcações de percurso, como é evidente. Mas são responsáveis pelas autorizações que dão, verificando que eventos se realizam numa determinada data, quais os percursos dos mesmos e evitar que eventos paralelos possam vir a criar problemas como os sucedidos.
Para quem não sabe, a organização deste tipo de eventos carece de autorização por parte de várias entidades e o cumprimento de um determinado número de regras, que têm de ser respeitadas. No caso de se tratar de Parque Natural as exigências ainda são maiores e a obtenção de autorizações mais complicadas.
Não se compreende que quem organiza tenha de cumprir uma série de condicionantes e que quem autoriza não verifique o que autorizou!
Já alguém viu serem autorizadas duas provas de estrada em simultâneo com percursos que se cruzam?! Quando isso aconteceu foi o desastre... e porque uma delas meteu-se “à má fila”.
Soluções para está situação há várias e a primeira, mais segura e mais correcta, passa por não dar autorização a provas em simultâneo em que haja cruzamentos de percursos que possam criar estas situações.
Outra das soluções, é a entidade responsável pela autorização das actividades alertar os organizadores das mesmas para o facto de haver dois eventos em simultâneo, de modo a eles poderem estudar os percursos e precaverem-se contra situações como as tristemente ocorridas no Monge.
O que aconteceu no Monge era muito fácil de ser resolvido e é ridículo estar aqui a apontar soluções quando na organização da prova estava gente com uma experiência enorme na matéria.
Agora, por maior experiencia que tenha uma organização não pode adivinhar da realização de outro evento em simultâneo se não for informado do mesmo.
Nenhuma colectividade, de cariz eminente popular, investe todo o seu trabalho de voluntariado num evento desta natureza para depois ver tudo ser destruído por um acontecimento inesperado e que ultrapassou de todo a organização.
Espero que os corredores compreendam o sucedido e não criminalizem uma organização que de todo não o merece e voltem a estar de novo no Monge, para a vigésima edição daquela que é uma das mais antigas e carismáticas provas de montanha em Portugal. Isto digo eu, como simples praticante e amante da modalidade, que sabe distinguir, julgo eu, o trigo do joio!
Na organização da Corrida do Monge encontra-se gente que vive o amor pela corrida em montanha com ninguém, com décadas de saber e experiência, e que também sofrem quando vêm todo trabalho ruir e quando, ainda para mais, são alvo de críticas que de todo não merecem.
domingo, 30 de outubro de 2011
19 CORRIDA DO MONGE - FOTOS
sábado, 29 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
13ª SUBIDA DO VALE DE SAMEIRO - CABEÇO DA AZINHA
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
MEDALHAS!

Estou farto de referir que venho do tempo em que não davam camisolas nas provas, quanto mais medalhas!
Na melhor maratona que fiz nem diploma havia!
Corro para ser feliz e saudável, corro por objectivos, que quando alcançados, são as minhas melhores e verdadeira medalhas!
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Não correndo por medalhas, nunca tendo escolhido provas em função dos prémios de presença, quando há medalhas gostos de as receber e coleccionar.
Sou um amante incondicional da corrida e gosto de guardar / coleccionar tudo o que diz respeito a ela, sejam os diplomas, as medalhas, as camisolas (a que dou uso no dia a dia) ou até mesmo os tempos de passagem que levava colados no relógio quando corri as minhas modestas quatro maratonas no século passado.
Sou assim um nostálgico e cada um é com é!
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Agora na Corrida do Tejo (prova em que não participei) "inventaram" um novo sistema de entregarem as medalhas à posteriori num centro comercial em Oeiras!
Como a chamada crise (que é só para alguns e foi criada por quem nunca tem crises) serve para tudo, já há quem fale que é uma medida de contenção de despesas, para evitar o desperdiço de fabricar medalhas a mais, devido há diferença entre atletas inscritos e chegados!
Em relação a esta prova até já andam para ai algumas “teóricos” a falar em economia de mercado!..
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Não fosse este um assunto sério, podendo haver o perigo da “moda” pegar, isto seria um caso para me fartar de rir (o que nestes tempos cinzentos até é benéfico)!
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A Corrida do Tejo é uma prova da Câmara Municipal de Oeiras que entregou a sua organização a um gigante da indústria do equipamento desportivo que a tornou no seu grande evento publicitário anual em Portugal.
As inscrições dessa prova têm subida de uma forma abissal. Quem quiser saber esses valores, bem como a verdadeira história da Corrida do Tejo, pode ler aqui este excelente texto da autoria de Orlando Duarte.
A Câmara Municipal de Oeiras “esqueceu-se” do direito constitucional ao desporto para todos (infelizmente anda muita gente a “esquecer-se” da Constituição da República) e deixou que uma multinacional gerisse a seu belo prazer a organização de uma prova que tem na sua génese a autarquia e não uma qualquer empresa privada.
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A empresa que está na base da organização deste evento, tem enormes lucros anuais, celebrou um contrato com a Câmara Municipal de Oeiras para a organização da prova pelo qual é paga e serve-se da mesma para fins publicitários!
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Se querem dar medalhas é no dia prova!
Medalhas (para quem gosta das mesmas) são para levar para casa depois do esforço feito, para mostrar à mulher, aos filhos, aos netos, aos amigos, para sentir orgulho no esforço realizado, no nosso esforço pessoal, único, na corrida cada um de nós se sente um atleta olímpico quando cumpre os objectivos traçados, por mais modestos que eles sejam, e a medalha é a recordação desses momentos vividos!
Medalhas não são para entregar num qualquer lugar depois da prova, obrigando muita pessoas a enormes deslocações, despesas e perdas de tempo que muitas vezes não podemos efectuar.
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Há muitas maneiras de cortar despesas na Corrida do Tejo, podendo-se até baixar o preço da inscrição. Agora não venham com essa teoria das medalhas e da contenção de custos! Nesse “peditório” o pessoal já deu!
Só uma pergunta? O que vão fazer às centenas de medalhas que os atletas não irão levantar?
terça-feira, 25 de outubro de 2011
CORRIDA DO TEJO – UMA FOTO COM HISTÓRIA!
Foi assim que tio e sobrinho (Egas e Jorge Branco) encetaram uma “meticulosa” preparação para aquele desafio “enorme” de correr catorze quilómetros com dorsal ao peito.
Vários treinos “longos” de 15 quilómetros (ainda me lembro do primeiro que completámos no Estádio Nacional e de acabarmos o mesmo um bocado “zombies”, um treino de teste no percurso da prova, sim, que eram “atletas” a sério (!) e lá vamos nós!
Naquele dia Abril lá completámos a primeira prova do resto da nossas vidas, sem problemas de maior e dentro dos objectivos traçados, que eram chegarmos “vivos” ao fim e felizes!
O meu tio ainda cometeu a proeza de correr os 14 quilómetros (e pior que isso treinar) com umas “botas Sanjo” que poderiam ter uma qualidade inquestionável para muita coisa mas a sua vocação não eram provas de estrada! Para grande espanto aliás, do saudoso Francisco Pedro, fundador dos Zatopeques, que com ele fez os últimos quilómetros e que, depois disso ficou nosso Amigo.
Mas só depois o Doutor Renato Graça (antigo campeão nacional da maratona) esclareceria estes totalmente inexperientes candidatos a corredores de pelotão sobre os cuidados a ter com o calçado e o mais indicado para a função.
Passada que estava a alegria de ter participado numa prova que teve logo na sua primeira edição uma qualidade inegável e acima da média daquela época, havia que pensar em outros voos!
Novamente seduzidos pela “nossa” Revista Spiridon deparámos com o anúncio de uma tal Corrida do Tejo, na distância 9,2 quilómetros, a realizar entre Algés e Oeiras.
Já sendo “atletas consagrados”, com uma prova de 14 quilómetros nas pernas, olhámos para aquela proposta como algo de extremamente tentador e fácil.
Tudo naquela prova tinha a ver connosco: crescemos com o Tejo no horizonte, treinávamos muito no Estádio Nacional e em partes do percurso da prova, vivíamos a escassos 5 quilómetros da partida.
Foi assim que tio e sobrinho rumaram a 7 de Junho de 1981 para a segunda prova do resto das suas vidas, mas não foram sozinhos e isso acabou por fazer história como se vai constatar adiante.
Naquele domingo levei um amigo para ver a prova, aquele que seria mais tarde empossado no “cargo” de meu padrasto, e na passagem pelo Dafundo fomos buscar o senhor Farinha, sogro do meu tio.
Já não me lembro da logística mas deixámos os nossos dois acompanhantes na meta em Oeiras, para verem a chegada e estes dois aspirantes a corredores de fundo cortarem a meta!
Na altura as máquinas fotográficas digitais nem eram algo ainda sonhado, nem os telemóveis, e os computadores pessoais ainda eram incipientes máquinas como o ZX!
Mas sendo tanto eu como um meu tio amantes da fotografia lá emprestámos a nossa máquina de origem soviética, de 35mm, ao meu futuro padrasto e empossámo-lo na função de nosso fotógrafo oficial!
Olhas aqui por esta janela, disparas aqui, passas o rolo acolá.
Diga-se que o homem se safou na perfeição da função de que foi incumbido, nunca tendo tido uma máquina fotográfica nem tendências para a fotografia (e ainda hoje não tem, mesmo com a facilidade do digital).
Foi assim que um fotógrafo improvisado, com uma máquina emprestada e com umas instruções dadas à pressa se obtiveram duas fotos históricas da primeira Corrida do Tejo!
Tive a sorte de ser apanhado mais perto (não havia zoom era uma maquina simples). Felizmente, senão o fotógrafo tinha-se baralhado com tanta tecnologia, por isso a minha foto ficou com um plano melhor. Mas lá estamos os dois para a história, Egas e Jorge, na primeira edição da Corrida do Tejo.
Agora, ao fim de todos estes anos, a foto foi utilizada num filme que passou este ano antes da partida, bem como o ano passado, nos painéis publicitários.
Nem eu, nem muito menos o improvisado, e agora, consagrado, fotógrafo sabíamos que iam dar esta utilização à foto em questão, que deve ter sido “pirateada” de algum lugar na Net, mas para que conste vamos aqui publicar o nome do seu autor: José Custódio Alves Nogueira, improvisado fotógrafo naquela manhã de Junho de 1981 e que entrou para a história com uma das raríssimas fotos que fez na sua vida!
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
TRILHOS DO DOURO - FOTOS
TRILHOS DO DOURO – S. JOÃO DA PESQUEIRA
CAMPEONATO DE PORTUGAL DE CORRIDA EM MONTANHA – FPME
ALGUMAS FOTOS
classificações aqui
terça-feira, 18 de outubro de 2011
FORA DA CORRIDA
Mas todas as regras têm excepção, senão não eram regras!
Sempre fomos avisando que aqui poderia haver algumas excepções.
Hoje vamos fazer um dessas excepções, para fugir às regras, porque nos apetece (e ainda não nos roubam mais nos impostos por esse tipo de apetites) e porque um caso desta gravidade e importância merece ser aqui confrontado com o público que lê este blogue (quase que íamos dizer: com os desgraçados que têm a paciência de nos aturar!).
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Recebemos por mail um resumo diário dos jornais diários com as capas das respectivas edições e algumas notícias resumidas.
Trata-se de uma forma económica de nos mantermos informados (ou desinformados porque muito, ou quase tudo, do que verdadeiramente se passa neste país não se lê em praticamente nenhum jornal).
Ontem uma notícia de um matutino (também já não há vespertinos em Portugal) chamou-nos a atenção. Dizia a mesma assim:
João F. Expulso de Casa.
A primeira ideia que nos veio a cabeça era que se trataria de algum desempregado que não conseguia pagar a prestação da casa, de um trabalhador com salários em atraso, ou mesmo algum jovem apanhado nas malhas da precariedade laboral.
Depois acordámos para a realidade do país em que vivemos e pensámos que nenhuma dessas notícias seria publicada numa página de um jornal, pois eles escamoteiam a dura realidade em que vivemos e para além disso se publicassem noticias destas não haveria, infelizmente, páginas que chegassem!
Também começámos a falar com os nossos botões: se o tal João F. foi expulso de casa não foi desalojado que são coisas diferentes, quem não paga a renda é desalojado de casa e não é expulso, são coisas diferentes, embora não o parecendo e os nossos jornalistas cada vez metem mais os pés pelas mãos.
Num aparte, já ouvi numa rádio local, ao relatarem um incêndio, dizerem que um aviário de porcos estava em risco de arder! Ninguém me contou, ouvi eu mesmo! Caramba se pocilga não é “fino” digam exploração pecuária, de suínos, mas porcos a voar ainda nunca vi (por enquanto). Mas se as galinhas não voam e vivem em aviários porque é que os porcos não podem poder viver lá também?
Mas voltemos ao João F e à sua expulsão de casa!
Depois de muito matutar pensei: só podia ser uma daquelas figuras muito mediáticas e queridas de certas revistas cor-de-rosa (a pantera da mesma cor que me desculpe. Não é minha intenção ofende-la!) que teria sido expulsa de casa pela namorada / esposa devido a algum deslize ou conjugal ou outro.
Lá me resolvi clicar no link da noticia e desfazer este tão grande mistério do coitado do João F. que foi expulso de casa. Mesmo não conhecendo o sujeito estava com pena dele, que arranjar (e pagar) casa nos dias de hoje não é coisa simples!
Desfeito o mistério! Afinal o João F tinha sido expulso de “casa” mas de uma “casa” de um determinado concurso televisivo!
É assim a realidade deste país tristemente colocado num abismo por quem nos desgoverna há mais de 30 anos numa sucessão de políticas completamente erradas e injustas e que tornaram os ideais e as conquistas de Abril numa miragem!
Aqui neste país a beira-mar plantado transformam-se ficções em notícias como se elas fossem realidade e esconde-se a realidade como se ela fosse ficção. Afinal é o mundo ao contrário!
Desculpem-me hoje não ter falado de corrida mas ainda se pode fazer uma ligação com a mesma: como era bom se corressem com certa gente que nos desgoverna!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
REVISTA SPIRIDON NA NET
CLIQUE AQUI!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
ÁGUA É DE TODOS E FAZ FALTA A TODOS!
Este manifesto, assinado por diversas entidades, pode ser lido clicando aqui e é uma importante denúncia da negociata que querem fazer com água, entregando a sua exploração à gula e aos interesses especulativos de entidades privadas como se um bem público e de interesse vital para toda a população fosse uma qualquer vulgar mercadoria!
Curiosamente hoje participei na 1ª Corrida da Água, prova organizada pela Xistarca, com partida em Monsanto (Lisboa) que tinha o aliciante de atravessar o Aqueduto das Águas Livres (e que alguns cada vez mais querem aprisionar).
Uma prova de 10 quilómetros em estrada já é algo que pouco me alicia, mas a passagem pelo Aqueduto fazia toda a diferença (nunca ali tinha passado nem em prova, nem em passeio).
Encarei a prova de forma descontraída, sem sequer reduzir o treino semanal que até incluiu 15 quilómetros na passada quinta-feira, e acabei por rolar um bom bocado mais rápido que a minha actual velocidade de “tartaruga pouco Ninja”.
Mas sendo esta a Corrida da Água, não poderia deixar de ter uma história em torno da mesma e da falta que faz ao ser humano esse tão precioso liquido.
Chegado ao abastecimento dos 5 quilómetros, o primeiro elemento que estava a distribuir água mal dava conta do recado, mas informava que havia mais abastecimento a seguir. Chego ao segundo elemento que distribuía água e a confusão continuava a ser muita, pois só um elemento não conseguia dar vazão a tantos atletas juntos. Enfim pensei que haveria mais alguém a dar água um pouco mais a frente. Não estou habituado a ver tão poucos elementos nos abastecimentos (se havia mais não os vi!) e ainda para mais a terem de arrancar as garrafas das embalagens de plástico, à medida que os atletas passavam!
Enfim, com tudo isto, e com alguma burrice da minha parte, acabei por falhar o abastecimento. Devia ter parado, mas é daquelas coisas, quebra o ritmo, depois custa a arrancar e aquilo não era uma prova de montanha em que se tem “tempo para tudo”.
Enfim lá segui e pensei para comigo que eram só 10 quilómetros e eu até faço treinos bem mais longos (mas nunca com aquele calor) sem abastecimento.
As pernas iam bem, a respiração controlada, mas a garganta começou a secar cada vez mais.
Já não havia saliva que me valesse, parecia-me que a boca se ia colar a qualquer momento, que ia “entupir” de vez!
Eu até já fui um corredor que aguentava bem o calor, pois já fui!...
Lá ataco a subida da Rua de Campolide cada vez mais aflito com a secura, em busca de alguma solução, milagrosa, para o problema!
Quando chego quase ao cimo da mesma e viramos para a direita na direcção do Aqueduto vejo um café e, para grande espanto da simpática população de Campolide (um abraço Orlando Duarte) que incentivava os corredores, desligo o GPS e entro pelo café a dentro que nem um raio!
Oh amigo! Desculpe não me arranja um copo de água? (tive muito medo de não conseguir pronunciar está frase de tão seca que estava a garganta) O senhor podia não ser muito sorridente, mas atendeu o meu pedido prontamente e foi um autêntico oásis no deserto.
Copo de água bebido, agradecimento feito, “salto” para a rua, ligo o GPS e aí vou que até parecia que tinha tomado aquela bebida que anunciam na televisão e diz dar asas (não acredito, para mim as asas “ganham-se” no treino árduo!).
Entro no Aqueduto, desfruto a vista, vou fresco que nem uma alface (eu até sou alfacinha, embora exilado noutras paragens) e lá acabo a prova muito feliz, com o meu tempo de GPS de 1:02:08, numa média de 6’14’’, para 9,970 km que a “maquineta” indicava.
Para esta minha “segunda vida” de corredor (a primeira foi no século XX!), este é um bom tempo ainda para mais numa prova descontraída, com abastecimento num café e numa distância que nunca foi a minha “praia”!
Gostei da organização e do pormenor das camisolas estarem separadas por tamanhos (com a “engorda”, se apanho uma S não me serve para nada e eu ainda sou daqueles que aproveita as camisolas das provas para se vestir! É pena não começarem a dar calças!),
O meu reparo vai apenas para os abastecimentos, mas bem sei a escassez de colaboradores que há para estas coisas.
Enfim talvez tenha chegado o tempo de eu começar a levar o meu auto-abastecimento, mesmo para provas de 10 quilómetros! Cada vez o “radiador” me pede mais água, senão gripa de vez.
*FOTO MAFALDA LIMA*
domingo, 2 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
I TRILHOS DO DOURO (23 de Outubro de 2011) - Campeonato de Portugal de Corrida em Montanha (FPME)

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O evento consta de um trail em montanha, na distância de 20,6 km, e uma marcha pedestre na distância aproximada de 10 km, tendo partida e chegada no Complexo Desportivo do Parque da Mata do Cabo, centro nevrálgico dos I TRILHOS DO DOURO, estando nele localizado o secretariado da actividade para lá de oferecer condições aos participantes e seus acompanhantes para pernoitarem, caso assim o desejem, na véspera da actividade, em acampamento ou dormida em pavilhão e onde de igual modo será servido o almoço volante, após a actividade, numa oferta da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, ou a cerimónia de entrega de prémios.
O percurso competitivo, desenhado tendo em vista o aproveitamento do relevo montanhoso e a rara beleza do nosso concelho, nomeadamente nas áreas adjacentes ao rio Douro, oferece uma alternância de descidas e subidas de declive mais ou menos acentuado, utilizando os caminhos rurais e trilhos que percorrem parte das vinhas e áreas florestais do nosso concelho passando, entre outros pontos de interesse paisagístico e arquitectónico, no centro histórico de S. João da Pesqueira, Moinho de Vento (ponto mais alto do percurso - 710 metros de altitude), Aveleira, Vale de Vila, Ferradosa (ponto mais baixo do percurso -107 metros de altitude), Vale do Carvalho e Santuário de S. Salvador do Mundo..
Por tudo isto aqui fica o convite para, no próximo dia 23 DE OUTUBRO DE 2011, nos honrarem com a vossa presença.
Câmara Municipal de S. João da Pesqueira - Desporto.
*CONSULTE O REGULAMENTO DO EVENTO AQUI*