quarta-feira, 29 de outubro de 2014

I TRAIL FESTA DA MONTANHA

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

DESPIPEI-ME”!

Vai um sujeito muito feliz na sua corridinha matinal quando, de repente, lhe “agarram” o pé direito e “catrapuz”, pimba, “despipa-se”(*) dando uma grande “palhaça”(*), ficando sentado no chão!
Antes de mais vamos lá desfazer o mistério! Quem anda por ai a agarrar os pés de corredores madrugadores? A culpada foi uma silva caprichosamente em forma de laço e tão rasteirinha e discreta que nem se deu por ela, ou quanto se deu já “a coisa” estava “feita”.
É norma sempre que tenho algum contacto mais “caloroso” com o chão em plena corrida parar quase instintivamente o GPS. Desta vez o tombo deve ter dessincronizado o meu já fraco cérebro e nos primeiros instantes que me vi sentado num belo e arenoso carreiro ribatejano não sabia qual era o botão que parava o GPS !!!!!
Ao achar o dito botão fui ao item seguinte do manual de procedimentos neste tipo de situações ou seja avaliar os estragos no “equipamento”.
Fui “agarrado” pelo pé direito e caí sobre o cotovelo e joelho esquerdos. “Óptimo”, que o joelho direito anda meio desafinado e não necessita de mais “pancada”!
Estragos: no joelho esquerdo nem chegou a arranhar-se o “cromado”, excelente! Zona do cotovelo esquerdo é que tem uma boa arranhadela mas como o cotovelo nem me faz falta para correr o estrago também só serviu para constatar, novamente, que felizmente não tenho uma pinga de sangue azul, mas sim de sangue bem vermelho, está tudo nos conformes!
Também constatei à posteriori que a Dona Silva não se contentou em me agarrar o pé mas também me “mordeu” o tornozelo. Uma arranhadela de silva em forma circular não é para todos, que chique!
Normalmente quando “vou ao tapete” não fico muito tempo por lá e a reacção é levantar quase imediatamente e seguir mas confesso que desta vez fiquei mais uma bocado sentado no chão, felizmente não havia ninguém para ver a triste figura tirando as silvas que se riam baixinho!
Sim, esta foi uma das idas “ao tapete” em que fiquei mais baralhado, embora os estragos fossem insignificantes.
Enfim, se não vou há alguns anos à praia a areia veio ter comigo! Embora de efeito visual pior preferia ter ido à lama, que não é abrasiva e até afirmam que faz bem para a pele!
Quando cheguei a casa disse para a melhor “enfermeira” do mundo, a minha mulher: tive um acidente de trabalho, e ela perguntou-me: caíste, ao que respondi: não caí, DESPIPEI-ME!
Não tarda aí vem ela com o algodão e o frasco do mercurocromo.
(*Despipa-se de despipar - retirar ou perder o pipo. Expressão usada aqui nesta região do Ribatejo quando se cai. Dar uma palhaça, dar uma queda, talvez relacionada com as cambalhotas, “palhaças” que os palhaços dão no circo. Expressão também usada nesta região do Ribatejo)


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

OMELETES

Antigamente havia uma expressão muito usada pelos corredores em Portugal: correr a pisar ovos!
Dizia-se correr a pisar ovos quando se ia num andamento muito lento
Era o andamento usado antes das provas ou em treinos de recuperação das mesmas.
Era uma expressão tão banalizada que mesmo um treinador dizia a um corredor na semana antes da maratona: esta semana já se sabe que é a pisar ovos!
Confesso que não sei se esta expressão ainda faz parte do léxico das gerações de corredores mais novos, sei sim que ela está muito presente nas gerações mais velhas, naqueles que já têm muito sol e muita chuva nas pernas.
Pessoalmente na actualidade adquiri um belo andamento de lesma em permanência nas minhas corridas por isso a expressão correr a pisar ovos já não faz qualquer sentido para mim, é o meu estado natural!
Mas mesmo a pisar ovos sou muito feliz nas minhas corridas e faço umas belas “omeletes”. E antes uma saborosas “omeletes” que algum “leite” azedo que por aí anda...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

terça-feira, 14 de outubro de 2014

AUTOMOBILISMO E CORRIDA (A PÉ) PARA TODOS

Imaginemos uma corrida de automobilismo, na pista de um autódromo com apenas dois carros.
Lado a lado vai estar um Ferrari e um Renault Clio.
Ambos os pilotos treinaram afincadamente para esta prova e ambos os carros estão muito bem afinados.
A não ser que algo de muito anormal aconteça todos sabemos qual o vencedor desta, bizarra, competição tal é a diferença entre a mecânica das máquinas envolvidas.
É claro que no automobilismo não há competições assim e os carros evolvidos numa prova têm características muito semelhantes.
Já na corrida a situação é completamente diferente.
Imaginemos uma grande maratona internacional: lá frente estará a elite dos maratonistas com “máquinas topo de gama” a correm para os primeiros lugares e até para baterem recordes do mundo, cá atrás estarão corredores a correrem com modestos “carros utilitários”.
Esta grande diferença entre máquinas não é mais na verdade que as diferenças genéticas entre cada indivíduo
Por mais que se treine só se consegue evoluir até onde a nossa genética permite. Como disse alguém para se ser campeão o melhor é escolher muito bem os nossos pais!
Claro que não basta ser um predestinado geneticamente falando para correr a maratona em tempos fabulosos, tem que se treinar, e muito, para isso.
Mas voltando a tal grande maratona internacional pode parecer absolutamente desinteressante uma competição em que se misturam atletas de elite mundial com modestíssimos corredores de pelotão. No fundo seria como no exemplo da bizarra competição de automobilismo onde colocaríamos lado a lado um Ferrari e um Renault Clio mas na verdade não é assim.
Nessa tal grande maratona internacional decorrem “duas” provas em simultâneo: lá na frente os atletas profissionais que correm para vencer, para fazerem grandes marcas, para serem os melhores do mundo, cá para trás correm os atletas amadores em busca da sua superação pessoal das suas marcas, das “vitórias” que os seus modestos “motores” de “carros utilitários” lhes permitem alcançar!
Estes corredores mais lentos passaram meses a afinar os “motores” com dedicação e afinco, não terão os melhores “mecânicos” do mundo, não são atletas profissionais e têm de gerir toda a sua vida profissional e familiar de modo a encaixar com o treino e, sobretudo por mais “afinações” que façam os seus motores não têm mais “potência” mas no dia da corrida dão tudo o que têm é cortam a meta com orgulho.
É isto a magia da corrida para todos! Por isso vemos aquele maratonista que chegou mais de 3 horas depois do primeiro a cortar a meta de braços levantados como se tivesse ganho a prova! E ganhou, ganhou a “sua” prova, o seu objectivo pessoal seja ele qual fosse.
É por isto que a Corrida Para Todos é talvez o mais democrático desporto porque permite ter um mar de “vencedores” numa mesma competição.
E foi para isto, para que pudessem correr na mesma provas “Ferraris” e “Renault Clios” que o Movimento Spiridon lutou.
Foi uma luta árdua mas vitoriosa!
Hoje ninguém concebe uma grande maratona internacional apenas aberta a uma pequena minoria de atletas de elite.
E até podemos afirmar que o desenvolvimento das grandes marcas em torno da corrida não seria o mesmo sem a imensa multidão de corredores de pelotão que participa nas provas.
O que faz cair recordes é, felizmente ou infelizmente, o dinheiro e prestigio que alcança quem consegue essas marcas. Sem a mole imensa de corredores amadores que envolvem as grandes provas nunca haveria um retorno financeiro que permitisse pagar as verbas principesca com que são obsequiados os recordistas munidas!
Pois quando o “Manuel Joaquim” acaba a sua maratona mais de 3 depois do primeiro cortar a meta e festeja como se tivesse ganho a prova esteve também a contribuir durante mais de 5 horas para que grandes atletas continuem a correr para grandes marcas, esteve também a contribuir para a grande festa que é a corrida. Mas o “Manuel Joaquim” é também um grande atleta, um grande maratonista, porque consegui levar o seu “Clio” a cortar a linha de meta com todas as limitações que o mesmo tem mas extremamente bem treinado e afinado!
(Texto dedicado a um grande amigo meu, amante de atletismo e automobilista e que se encontra em plena fase de afinação do seu “Clio” para correr na maratona do Porto).

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MARATONA – A OPINIÃO DO PROF. MÁRIO MACHADO

Sobre a polémica lançada pelo arquitecto Luís Leite que afirmou no Facebook que quem corre a maratona acima das três horas não é maratonista (mais sobre este assunto pode ser lido aqui) publicamos um texto que nos foi enviado pelo Professor Mário Machado, director da Revista Spiridon, ao qual desde já agradecemos a colaboração.


Ao ler as críticas do Arq. Luís Leite sorrio, sorrio e vem-me à memória o longínquo ano de 1974, escassos meses antes do 25 de Abril. Nessa altura uma revista desportiva lançou a questão se a MARATONA ERA DESPORTO.
Pois bem 3 dos mais conceituados treinadores portugueses da altura disseram (e está escrito...) frases como estas: "A Maratona devida ser banida dos Jogos Olímpicos"... "É uma distância desumana, não há é coragem para acabar com essa prova"... "Mais do que 10 km já não é Desporto!"
O único entrevistado, dos vários intervenientes, que defendeu a Maratona fui eu, colocando a questão de outra maneira: "O problema não está em ser 42 km Desporto ou não o problema é apenas de preparação para a prova".
Em 1974 o problema para certas mentes era a distância... estilo até 10 km é bom mais é mau!
Agora, 40 anos depois o Arq. Luís Leite vem com a questão não da distância (atenção Sr. Arquiteto já há Campeonato do Mundo de 100 km devidamente reconhecido pela IAAF) mas sim com o tempo que se demora a percorrer o trajecto.
Ele menciona que acima de 3 h já ninguém é Maratonista! 
Fantástico como chegou a esse número redondo das 3 horinhas?
Porque não 2 h 48 ou seja um ritmo de 4 minutos por km?
Por que raio de luz escolheu 3 horas?
Como eu gostava de saber como chegou a esse número, bem vistas as coisas talvez pelo mesmo raio de luz que 3 dos melhores treinadores do nosso Atletismo, há 40 anos atrás estipulavam que acima de 10 km já não é Desporto.
Amigos MARATONISTAS das 2:02,57 até... até aos que demoram um pouco mais de tempo VAI AQUELE ABRAÇO e já agora BONS KM!
Mário Machado



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

RECORDE DO MUNDO DA ESTUPIDEZ!

Há quem talvez frustrado por não conseguir bater o recorde do mundo da maratona tente o recorde do mundo da estupidez. E consegue uma grande “marca” diga-se em abono da verdade!